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Celibato: tensões entre o Vaticano e os padres brasileiros

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01 Julho 2011

A situação é delicada sobretudo depois do "caso Recife", de 2009, mas não só por isso.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 01-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A preocupação da Santa Sé está concentrada sobre a crise da disciplina eclesiástica, o crescimento das Igrejas evangélicas e a influência da teologia da libertação entre os jovens religiosos.

Os documentos do Wikileaks revelam que o Vaticano estava preocupado com a conduta dos sacerdotes brasileiros sobre o celibato. E assim se reabre uma questão de extrema delicadeza para a Santa Sé, sobretudo por causa do espinhoso tema do clero brasileiro (e sul-americano) próximos da teologia da libertação e das tensões com Roma, das quais uma prova gritante é o "caso Recife", ou seja, a controvérsia sobre o aborto da mãe-menina.

De acordo com os documentos revelados pelo Wikileaks, o Vaticano manifestou sua profunda preocupação com o comportamento dos sacerdotes brasileiros, especialmente pela sua inobservância e indiferença com respeito à regra do celibato eclesiástico. A fonte citada pelo diplomata norte-americano no relatório é um prelado brasileiro, autoridade da Secretaria de Estado, Dom Stefano Migliorelli, estreito colaborador do cardeal Tarcisio Bertone, que informava ao embaixador dos EUA, Francis Rooney, que a viagem de Bento XVI ao Brasil em 2007 nascia do alerta devido à situação da Igreja Católica local.

"Dom Migliorelli lamenta que o nível de preparação dos sacerdotes brasileiros é muito baixo, e, em muitos casos, não são respeitados os fundamentos da disciplina clerical (por exemplo, o celibato eclesiástico etc...)", evidencia o documento preparado pelo diplomata Francis Rooney para o governo norte-americano.

Em outra passagem do documento, elaborado em 2007, afirma-se que a crise sacerdotal, a queda nas vocações e a indisciplina do clero na América Latina são piores do que nos Estados Unidos.

A Santa Sé, de acordo com o comunicado norte-americano, dá voz ao seu próprio alerta perante o crescimento das Igrejas evangélicas no Brasil, na região sul-americana. Segundo a Secretaria de Estado do Vaticano, o Brasil e a América Latina devem ser consideradas como "terra de missão", na qual é necessário "recomeçar do zero", e "o clero deve ser novamente formado" para frear o avanço das Igrejas evangélicas . Uma situação preocupante, portanto, que é denunciada pelo eclesiástico Migliorelli ao diplomata norte-americano Rooney.

O caso Recife

Dois anos e meio atrás, entre a Santa Sé e o episcopado brasileiro, a crise atingiu um nível de alerta. O que provocou a tensão foi o "caso Recife". A Igreja deve respeitar o profissionalismo dos médicos mesmo quando eles fazem intervenções que parecem violar a lei eclesial, como no caso da menina de nove anos, estuprada e obrigada a abortar no Brasil porque corria risco de morte.

A excomunhão para a mãe e os médicos é "um julgamento que pesa como uma guilhotina e faz com que a Igreja pareça insensível". No dia 14 de março de 2009, no L`Osservatore Romano, o então presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Rino Fisichella, estigmatizou a posição assumida pelo arcebispo de Recife, José Cardoso Sobrinho, que, uma semana antes, havia anunciado a grave sanção canônica contra aqueles que provocaram a interrupção da gravidez, apesar de a criança, grávida de gêmeos, correr o risco de morrer.

Um caso que causou comoção em todo o mundo e um duro protesto por parte do presidente do Brasil, Lula, contra a "Igreja menos correta do que a medicina". "Antes de pensar na excomunhão, era necessário e urgente proteger a vida inocente da criança e levá-la novamente a um nível de humanidade da qual nós, homens de Igreja, devemos ser anunciadores e mestres especialistas", argumentava o arcebispo Fisichella.

Devido à abordagem equivocada do arcebispo brasileiro, acrescenta o ministro vaticano para a bioética, "infelizmente quem sofre é a credibilidade do nosso ensinamento, que parece ser, aos olhos de muitos, insensível, incompreensível e sem misericórdia". É verdade que "a pequena Carmen trazia dentro de si outras vidas inocentes como a sua, mesmo que fruto da violência, e foram suprimidas. Isso, porém, não é suficiente para fazer um julgamento que pesa como uma guilhotina".

Além disso, reconheceu o ministro vaticano Fisichella, "por causa da pouca idade e das condições de saúde precárias, a sua vida corria sério perigo devido à gravidez em curso, e ninguém chega a uma decisão desse tipo com desenvoltura. É injusto e ofensivo só o fato de pensá-lo". Porém, poucas horas depois da excomunhão, a Cúria havia definido como "justa a excomunhão àqueles que provocaram o aborto".

Um total apoio no Vaticano ao arcebispo de Recife, que acabou na mira das autoridades civis devido à excomunhão, havia chegado, ao contrário, do cardeal Giovanni Battista Re. "É um caso lamentável, mas o verdadeiro problema é que os gêmeos concebidos eram pessoas inocentes, tinham o direito de viver e não podiam ser suprimidos", havia comentado no calor do momento o então ministro vaticano para os bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. "A vida sempre deve ser protegida. Portanto, o ataque à Igreja brasileira é injustificado".

A interrupção voluntária da gravidez "é sempre supressão de uma vida inocente", havia especificado Re, e, "para o Código de Direito Canônico, quem pratica ou colabora diretamente com o aborto cai ipso facto na excomunhão. A Igreja sempre defendeu a vida e deve continuar a fazê-lo, sem se adaptar aos humores do momento ou à oportunidade política".

Para corrigir a rota, porém, interveio o presidente da Pontifícia Academia para a Vida. "O debate dessas questões – explicou o arcebispo Fisichella – se torna muitas vezes intenso, e as diferentes perspectivas nem sempre permitem considerar a grandeza do que está em jogo. É o momento de olhar para o essencial e de fixar Carmen nos olhos, estuprada pelo padrasto". Assim, não havia necessidade de que o bispo brasileiro usasse de "tanta urgência e publicidade ao declarar um fato (a excomunhão) que ocorre de maneira automática".

Carmen "devia ser, em primeiro lugar, defendida, abraçada, acariciada com doçura, para fazê-la sentir que estávamos todos com ela. Todos, sem distinção alguma". Fisichella destacou que "o aborto provocado sempre foi condenado pela lei moral como um ato intrinsecamente mau, e esse ensinamento permanece inalterado até os nossos dias desde os primórdios da Igreja" e, tecnicamente, o Código de Direito Canônico usa a expressão "latae sententiae" para indicar que a excomunhão se atualiza justamente no momento mesmo em que o fato ocorre.

Portanto, advertiu o arcebispo Fisichella, não havia nenhuma necessidade de reforçar publicamente a excomunhão. A urgência que se sentia era, antes, "a proximidade a quem sofre e um ato de misericórdia".

Dois dias depois da clamorosa decisão, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil voltou atrás, defendendo que a menina e os médicos não havia sido excomungados, na realidade, porque haviam agido para salvar uma vida. "O respeito devido ao profissionalismo do médico – escreveu Fisichella – é uma regra que deve envolver a todos e não pode permitir que se chegue a um julgamento negativo sem antes ter considerado o conflito que se criado em seu interior".

Certamente, alguns "se acostumam às situações, de forma que não sentem mais nem a emoção": nesses casos, no entanto, "a escolha de ser médico é degradada apenas a um ofício vivido sem entusiasmo e sofrido passivamente. Generalizar, porém, além de incorreto, seria injusto".

A teologia da libertação e a "normalização" do jesuíta Jon Sobrino

Outro nervo exposto nas relações entre a Santa Sé e a América Latina é a relação com a Teologia da libertação, uma escola de pensamento teológico que se desenvolveu sobretudo na América Latina e que, ao longo dos anos, assumiu cada vez mais uma conotação de ativismo político, muitas vezes de inspiração revolucionária socialista. Um "compromisso histórico" entre o cristianismo e o marxismo, orientado para os pobres, ao qual a Santa Sé jamais deixou faltar críticas e tentativas de normalização.

Em março de 2007, a Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) definiu como contrárias à doutrina católica duas obras de Jon Sobrino, jesuíta salvadorenho considerado um dos pais da teologia da libertação. Os livros sob acusação são Jesus Cristo Libertador: Leitura histórico-teológica de Jesus de Nazaré, de 1991, e A fé em Jesus Cristo, de 1999. Tratava-se do primeiro procedimento desse tipo da Congregação desde a eleição de Bento XVI.

Quando Joseph Ratzinger era bispo de Munique, ele financiou a tradução em alemão da tese de doutorado de Sobrino. A decisão de examinar os escritos do teólogo jesuíta, que, com Leonardo Boff e com o bispo Pedro Casaldáliga, é um dos maiores expoentes da teologia da libertação, foi tomada em 2001 (quando era justamente Ratzinger quem dirigia a Congregação).

Entre as afirmações de Sobrino julgadas como "perigosas" estão aquelas que colocam em dúvidas pontos cruciais da fé, como a divindade de Jesus Cristo, a encarnação do Filho de Deus, a relação de Jesus com o Reino de Deus, a sua autoconsciência e o valor salvífico da sua morte. Os destaques críticos do Vaticano a Sobrino são por ter valorizado muito a componente histórica da figura de Jesus, separando-a da sua dimensão divina.

"Sobrino é um homem que viveu de perto a experiência dramática do seu povo. Por isso, tendeu a desenvolver uma `cristologia de baixo` e cultivou uma sintonia espiritual profunda com a humanidade de Cristo", comentou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, a respeito da notificação da Congregação para a Doutrina da Fé. "No entanto, a insistência de Sobrino sobre a solidariedade entre Cristo e o homem não deve ser levada ao ponto de deixar na sombra ou de subestimar a dimensão que une Cristo a Deus".


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