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E se o Vaticano intermediasse as relações entre EUA e Irã?

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06 Janeiro 2020

Notoriamente, os Estados Unidos e o Irã não mantêm relações diplomáticas desde que elas foram rompidas em 1980, em meio à crise dos reféns. Oficialmente, os dois países se comunicam por meio da embaixada suíça em Teerã, e as autoridades suíças foram respeitosamente convocadas na última sexta-feira para ouvir o protesto do Irã pelo assassinato do general Qasem Soleimani, descrevendo-o como um “flagrante exemplo de terrorismo de Estado estadunidense”.

O comentário é de John L. Allen Jr., publicado por Crux, 05-01-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Com toda a honestidade, os EUA provavelmente não precisavam de um comunicado diplomático da Suíça para entender que os iranianos estavam chateados, já que isso já havia ficado abundantemente claro em praticamente todos os meios de comunicação do planeta.

Dado que é improvável que Washington e Teerã restabeleçam laços diretos neste momento, e que a comunicação entre os dois lados é absolutamente essencial para que se evite uma conflagração regional, surge a pergunta sobre qual ator no cenário global está mais bem posicionado para intermediar um diálogo que permita que as cabeças mais frias prevaleçam.

Por mais contraintuitivo que possa parecer, é possível argumentar que o Vaticano pode ser uma boa escolha.

Para começar, as relações diplomáticas do Vaticano com o Irã datam de 1954, três décadas inteiras antes do lançamento dos laços formais com os EUA com o presidente Ronald Reagan, em 1984. Os líderes iranianos pós-revolucionários estavam especialmente ansiosos para anunciar a sua entrada no Vaticano, como um modo de responder aos esforços de Washington de descrever o Irã como um Estado pária. Atualmente, o Irã tem mais diplomatas credenciados junto ao Vaticano do que qualquer outro país do mundo, exceto a República Dominicana, um sinal claro de como eles levam a sério essa relação.

Ultimamente, o Irã tem apreciado a linha vaticana em relação à Síria, que não tem como premissa a mudança de regime com a remoção do presidente Bashar al-Assad do poder. Além disso, o Vaticano vê o Irã como fundamental para qualquer solução na Síria, incluindo proteções mais fortes para a minoria cristã na Síria, e, por isso, trata o país e seus líderes com uma deferência que muitas vezes eles não recebem de outras instituições ocidentais.

Além disso, o Vaticano geralmente se opõe às sanções econômicas como uma forma de alavancagem política, temendo que suas consequências recaiam principalmente sobre civis inocentes. É por isso que o Vaticano sempre se opôs ao embargo dos EUA a Cuba, por exemplo, e é por isso que, sob o mesmo princípio, ele nunca endossou as sanções apoiadas pelos EUA sobre o Irã por violações de vários acordos nucleares ou outras disputas.

Ironicamente, com o Papa Francisco, o Vaticano pode ter mais dificuldades para ser visto como um negociador justo por Washington do que por Teerã, dado o modo como Francisco e sua equipe deixaram claro seu desagrado em relação ao tipo de conservadores religiosos estadunidenses que compõem uma parte importante da base eleitoral do presidente Donald Trump.

Por outro lado, há várias lideranças católicas dos EUA com influência no governo Trump. De todos os modos, como as sociedades islâmicas historicamente veem o Vaticano como o capelão do Ocidente, a impressão de que Francisco não está do lado da Casa Branca pode ser realmente um trunfo nessa situação.

Por fim, há uma razão subjacente pela qual o Vaticano pode se engajar com Teerã de um modo que os suíços ou outros atores diplomáticos simplesmente não podem, e isso pode ser expresso em uma palavra: Deus.

No nível de liderança, o Irã é uma teocracia e, mesmo que ele certamente seja adepto de uma obstinada realpolitik, o mundo pensante da sua classe dirigente, no entanto, está impregnado de conceitos e vocabulário religiosos. O Vaticano é o único ator global sério que pode se engajar com o Irã nesse nível e ser levado a sério.

É uma vantagem especial, pois, como já observei antes, o catolicismo e a linhagem xiita do Islã que domina o Irã gozam de um parentesco natural. Ao contrário do Islã sunita, que é uma espécie de análogo protestante no mundo muçulmano, os xiitas são liderados por uma casta clerical, reconhecem as escrituras e a tradição como fontes da revelação, têm uma forte teologia do sacrifício e da expiação, e também apresentam uma importante corrente de religiosidade popular expressada em festas, devoções e até o equivalente aos santos.

Esses paralelos dão ao Vaticano pontos naturais de entrada no estabelecimento de relação com os iranianos que nenhum outro ator diplomático poderia deter.

Como seria uma iniciativa papal neste momento de crise?

Para começar, Francisco poderia escrever pessoalmente para Trump e também para o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, assim como as cartas que Francisco enviou em 2014 ao líder cubano Raul Castro e ao então presidente dos EUA, Barack Obama, que ajudaram a pavimentar o caminho para restaurar as relações diplomáticas entre Havana e Washington.

Em suas cartas, Francisco poderia oferecer os serviços vaticanos como um intermediário entre o Irã e os EUA, ou, no mínimo, como um meio de comunicação alternativo entre as duas nações para assegurar que decisões militares potencialmente importantes não sejam tomadas com base em erros de cálculo ou em informações incompletas.

Em termos de algo mais surpreendente, Francisco poderia roubar uma página do manual de São João Paulo II e enviar emissários pessoais para Teerã e para Washington, exortando-os a mostrar contenção, assim como o papa polonês fez com Bagdá e Washington em 2003, em um esforço para evitar a guerra no Iraque. Obviamente, esse esforço fracassou, mas o fato de não ter funcionado uma vez não significa que nunca funcionará.

De um modo ainda mais ousado, Francisco poderia anunciar sua intenção de visitar o Oriente Médio, com a ideia de reunir autoridades iranianas e estadunidenses, junto com outros atores regionais, em um esforço para promover o diálogo e soluções pacíficas. Uma opção de local seria o Líbano, um país que Francisco prometeu visitar ainda em 2017 e que tem laços estreitos com o Irã, mas também uma relação de trabalho decente com os EUA. O Líbano também apresenta uma das maiores populações católicas do Oriente Médio, tornando-o uma sede natural para uma incursão papal.

Qualquer que seja o caminho que pareça mais promissor, parece haver agora um momento preciso em que uma liderança papal criativa pode ser crucial. Pode não ser o começo de 2020 que Francisco imaginou, mas, para melhor ou para pior, essas são as opções que ele tem.

 

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