Cardeal Marx reconhece que houve erros e fala sobre mudança na Igreja da Alemanha

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20 Setembro 2018

O Cardeal Reinhard Marx, chefe da conferência de bispos da Alemanha, admitiu que erros foram cometidos no tratamento da igreja alemã em relação ao abuso sexual de menores. Ele antecipa mudanças na igreja.

A reportagem é de Zita Ballinger Fletcher, publicada por Catholic News Service, 19-09-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Falando pela primeira vez depois de um bom tempo, no dia 16 de setembro, devido ao conteúdo de um documento vazado sobre os abusos sexuais na Alemanha, Marx atribuiu os casos de abuso à “falta de eficácia, de sensibilidade, por consequência da ausência de amor” da igreja.

“Deus sofre com o que negamos, com o momento em que olhamos para o outro lado, com o que não queremos acreditar que seja verdade,” disse o cardeal durante sua homilia na missa em Schoenstatt, na Alemanha.

O documento vazado continha os resultados de um estudo confidencial encomendado pela conferência de bispos da Alemanha, revelando que aproximadamente 3,700 menores de idade foram abusados na Alemanha de 1946 até 2014. A conferência não havia divulgado os resultados ao público.

“A igreja vive altos e baixos,” disse Marx. “Particularmente nos dias de hoje, estamos com o pensamento nas partes obscuras do que aconteceu e está acontecendo dentro dela.”

O cardeal definiu como chocante o fato de crianças terem experimentado tamanho sofrimento nas mãos de padres os quais elas confiavam.

“Estamos do lado das vítimas de abuso sexual. Esse é o nosso dever contínuo,” disse Marx. Ele disse que os bispos estão “profundamente depressivos, abalados e envergonhados” diante da realidade do abuso sexual de menores dentro da Igreja Católica.

Durante uma missa no dia 18 de setembro, na Arquidiocese de Munique e Freising para celebrar a vocação do sacerdócio, Marx disse que “não era fácil” discutir o abuso sexual na igreja. No entanto, contou que muitos bispos “não deveriam evitar o desafio.”

“Devemos tomar a crítica como encorajamento para cumprirmos esta tarefa,” disse Marx. Ele sustenta que o clero alemão deve examinar sua consciência atrás de sinais de “descuidos” e da “postura clerical”.

“O pecado e a violência estão presentes ao longo de toda a história da igreja,” disse ele “é triste e desconfortável que pessoas dentro da igreja experienciem o mal das pessoas que eram para estar proclamando o bem.”

O cardeal disse que a conferência de bispos iria analisar os resultados do estudo durante sua próxima assembleia plenária em Fulda e discutir os próximos passos.

“Estou convicto de que uma grande mudança está por vir,” disse Marx.

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