As chaves do Pontificado na lente do jornal cubano Granma

Foto: Christoph Wagener

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19 Março 2018

“Ser o primeiro Sumo Pontífice latino-americano não é o que mais identifica o argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco dos católicos. No quinto aniversário de sua eleição, do repouso que o tempo permite às ideias, pode-se dizer que a característica mais própria de Sua Santidade é a espontaneidade e a intensa projeção para os mais despossuídos”. É assim que começa a homenagem que o jornal do Partido Comunista de Cuba faz ao Papa Francisco no quinto aniversário do seu pontificado. Apresentada na primeira página, fato incomum a este jornal, o Granma indica em seguida os cinco momentos que considera chaves, entre os muitos que enchem as análises desses anos.

A reportagem é de Osvaldo Betancourt Arias, publicada por Tierras de América, 17-03-2018. A tradução é de André Langer.

Primeiro: 13 de março de 2013: o 266º Papa começou sua gestão escolhendo um nome de santo, e escolheu chamar-se Francisco, pobre entre os pobres. “Como gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres”, disse durante a sua primeira aparição pública como Papa. Sem tempo a perder, em 11 de junho desse mesmo ano, ele aprovou, através de um motu proprio (documento pontifício), uma reforma do código penal que amplia a definição de crimes contra menores.

Segundo: 18 de junho de 2015: O Pontífice publica a encíclica Laudato Si’, dedicada ao meio ambiente – com especial atenção às mudanças climáticas – e à qualidade de vida das pessoas.

Terceiro: 9 de julho de 2015: Aos movimentos populares em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o Papa Francisco pediu “humildemente perdão”, “não apenas pelas ofensas da própria Igreja, mas também pelos crimes contra os povos originários” durante o período da colonização da América Latina.

Quarto: 13 de fevereiro de 2016: muitas razões fazem da sua segunda visita a Cuba um fato histórico: aqui se encontraram o Papa Francisco e o patriarca russo Kirill. Trata-se do primeiro e único encontro pessoal entre um chefe da Igreja Católica Romana e um patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, dois dos principais ramos do cristianismo desde que se separaram em 1054.

Quinto: 06 de setembro de 2017: Em uma apertada agenda de cinco dias na Colômbia, o Papa Francisco visitou as cidades de Bogotá, Medellín, Villavicencio e Cartagena, onde dedicou espaços de reflexão a diferentes setores da sociedade colombiana: representantes da sociedade civil, líderes e dirigentes políticos, empresários, crianças, jovens e vítimas da violência. Uma de suas frases nesse país foi: “Todo esforço de paz, sem um compromisso sincero de reconciliação, será um fracasso; reconciliar-nos não significa ignorar as diferenças ou legitimar as injustiças; o ódio não tem a última palavra”.

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