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As emoções e a nossa hierarquia: a propósito da resistência à nomeação do bispo de Osorno

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Por: André | 08 Abril 2015

“As emoções implicadas na maioria dos atores que intervieram nesta lamentável nomeação episcopal foram ignoradas ou minimizadas por nossos pastores e, especialmente, pelos que tiveram em suas mãos a ideia de propor ao Papa Francisco esta nomeação”, escreve o Pe. René Cabezón, SS.CC., em artigo publicado por Reflexión y Liberación, 07-04-2015. A tradução é de André Langer.

Eis o artigo.

De acordo com a ontologia da linguagem, as emoções são definidas como “disposições para a ação”. E as emoções comprometidas na nomeação do bispo Juan Barros como pastor de Osorno – como sempre acontece – implicam todas as partes envolvidas: os que propuseram o nome de Barros e o apóiam incondicionalmente; ele mesmo, que manteve um tom monocórdio e cara de resignado ou, às vezes, impassível; e os contrários a esta nomeação. As emoções nos afetam a todos sem exceção e sempre estão presentes em nossas ações e decisões: umas mais exteriores e outras mais discretas e implícitas.

Neste caso, as emoções e ações da maioria do povo católico não foram validadas, inclusive poderíamos dizer que foram ignoradas pela hierarquia local, assim como também pela Santa Sé e seu aparelho burocrático.

Recordemos que Jesus de Nazaré foi um homem de emoções: vimo-lo alegre e proclamando as bem-aventuranças como o máximo conselho para os seus discípulos; triste diante da morte de seu amigo Lázaro; irado com os vendedores do Templo; sentindo compaixão pelos doentes e marginalizados; temeroso diante da morte de cruz; esperançoso com o Reino de seu Pai; pedindo misericórdia e não sacrifício; pregando o amor com fatos e não com palavras ou dando a vida por seus amigos e a humanidade, entre outras emoções.

O próprio Francisco resumiu o essencial do Evangelho na emoção da alegria e convidou para desenvolver ainda outra emoção, a ternura. Ele nos chamou para mostrar um Deus amor e misericordioso e assim realizar a “revolução da ternura” (EG 88).

A filosofia da linguagem e sua vertente ontológica podem nos dar pistas para nos aproximarmos e entendermos as raízes profundas destas reações que permitem termos uma melhor empatia para com as pessoas que as estão vivendo, e não apenas julgá-las.

Apoiar-me-ei no método da chamada “Reconstrução linguística das emoções” (Julio Olalla) para expor brevemente um guia que pode enriquecer o “sujeito observador” que somos.

As emoções foram classificadas em seis grupos, dos quais comentaremos alguns.

Um grupo de quatro emoções relacionadas com a preocupação com a identidade pública ou privada que geramos em consequência de nossas ações. Elas são: arrependimento, culpa, vergonha e turbação. Poderíamos acrescentar outras, como remorso e humilhação.

A análise da reconstrução linguística utiliza a seguinte lógica, que ilumina o que estamos vivendo.

A culpa: Afirmo que fiz (ou não fiz) X. Julgo que não devia (ou devia) tê-lo feito. Julgo que violei meus próprios princípios e valores. Julgo-me como um ser humano inferior. Declaro que não posso me perdoar. Declaro que mereço ser castigado.

Esta emoção é provocada por eventos que julgaremos que afetam a nossa identidade privada. Revela padrões e valores que são criados em nossas mais antigas tradições e crenças.

No caso Karadima-Barros podemos observar esta emoção em vários atores de maneira diversa: Karadima e Barros não reconhecem nada. Eles não admitiram erros em suas ações. E, por outro lado, as vítimas foram presas da culpa e se vitimizaram durante décadas até que se atreveram a enfrentar os fatos e superar, em parte, a culpa.

A vergonha: Afirmo que fiz (ou não fiz) X. Julgo que não devia (ou devia) tê-lo feito. Julgo que violei alguns padrões desta comunidade. Julgo que isto afeta negativamente a minha identidade pública. Ofereço minhas desculpas aos afetados. Declaro meu desejo de desaparecer da face da Terra.

Aqui eu distinguiria dois tipos de predisposições para a ação:

  • Em um caso, reparar os danos causados, oferecer desculpas e encarar o juízo da comunidade.
  • No outro caso, a disposição de se esconder e não enfrentar.

Poderíamos chamá-las de vergonha responsável e de vergonha irresponsável, respectivamente. Para bom entendedor, meia palavra basta...

Há outro grupo de emoções que estão conectadas com a nossa preocupação pelo destino ou sorte de outras pessoas ou por ações que realizam e que não necessariamente nos afetam de forma direta. Estas são: solidariedade, inveja, admiração, desprezo, compaixão e pena são algumas delas.

A compaixão: Afirmo que a P lhe ocorreu X. Julgo que em consequência de X, P está sofrendo. Aceito que todos estejam sujeitos a tais riscos como parte da vida. Declaro que sofro com o sofrimento de P. Declaro minha disposição de ajudar.

Esta emoção esteve muito presente em leigos e agentes consagrados (padres, diáconos, religiosas), quando se manifestam de maneira aberta e atrevida contra a nomeação do bispo Barros.

Outras emoções têm a ver com a nossa preocupação com a defesa do que consideramos nossa independência, autonomia e dignidade: dos zelos, da raiva e da indignação.

A raiva: Afirmo que X aconteceu. Julgo que “alguém” (ou algo) é responsável por isso. Julgo que X prejudicou minhas possibilidades. Julgo que X é injusto (abusivo, descuidado). Declaro que desejo castigar este “alguém”.

Esta emoção é a que foi mais sentida muitos crentes e não crentes com a nomeação de Barros. Só assim se explica a virulenta reação na catedral de Osorno quando este tomava posse da diocese.

A raiva se transforma em indignação quando fica a sensação de que se rompe uma “promessa”, neste caso, quando a Igreja se compromete com a tolerância zero diante do abuso, em acreditar nas vítimas e castigar severamente os culpados. Estas promessas não são compreensíveis para a opinião pública quando se transfere o bispo Barros para a diocese de Osorno.

Por último, destacamos aquelas emoções que são provocadas por nossas próprias ações: orgulho, arrogância e satisfação.

A arrogância: Afirmo que fiz X. Julgo que o fiz porque normalmente sei como as coisas funcionam. Declaro que é raro que eu não saiba algo. Julgo que a maioria das pessoas é menos inteligente que eu. Julgo que as pessoas geralmente não sabem nada. Declaro não estar disposto a ouvir ninguém.

Animo-me a fazer algumas afirmações preliminares que devemos ter em conta em nossa vida pessoal e pastoral e, sobretudo, quando exercemos papéis de autoridade.

Ao olhar as notícias de televisão e sintonizar com as próprias emoções que senti nestas semanas, diante da nomeação do bispo Juan Barros como pastor de Osorno, com o conhecido rechaço transversal de um importante número de pessoas dessa cidade e em nível nacional (nestes últimos dias também em nível internacional), estamos confrontados, além das razões pastorais, sociais, teológicas e morais, com uma dimensão tão humana, embora pouco considerada no momento da tomada de decisões e na sua manutenção: o mundo das emoções.

  • Claramente, as emoções implicadas na maioria dos atores que intervieram nesta lamentável nomeação episcopal foram ignoradas ou minimizadas por nossos pastores e, especialmente, pelos que tiveram em suas mãos a ideia de propor ao Papa Francisco esta nomeação.
  • Parece que se cumpre o refrão popular que diz: Não há pior cego do que aquele que não quer enxergar. Mas neste caso se esteve cego, surdo e mudo diante de um clamor de emoções como o “medo, a raiva ou a pena”...
  • O pastor designado contra o parecer de muitos, pede racionalmente que seja escutado e se lhe dê uma oportunidade para que seja conhecido e se creia nele. Ele fez o mesmo esforço escutando e recebendo as vítimas como pede o Papa, que neste caso são seus acusadores diretos? É razoável, desde as emoções, esperar que se creia nele e se dê uma oportunidade diante de comportamento tão errado em seu polêmico vínculo com o condenado Karadima? Fez-se o mesmo exercício ao contrário? Dá a impressão de que é uma solicitação unilateral que não tem empatia com as emoções imperantes.
  • Penso que a Igreja hierárquica, seguindo o convite do Papa Francisco, deve cultivar mais profundamente a empatia com a sociedade atual, e em especial com os jovens. Aumentar a capacidade de implicar-se na dor do outro (Igreja-hospital de campanha), de pedir perdão, de se mostrar mais humana e frágil e não “sobrenatural”; maior proximidade com as vítimas, pois de outro modo, aprofundam-se os sistemas de exclusão e abuso de poder.

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