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23 Novembro 2023

“Devemos ter presente que o Mediterrâneo, o nosso Mediterrâneo, é o último elo entre dois mundos, há tanto tempo opostos, com um destino, um futuro e desafios comuns. Um mundo não sobreviverá sem o outro. Um mundo não permanecerá livre e próspero sem o outro. Somos os dois lados da mesma moeda, da mesma esperança, para o amanhã”. A reflexão é de Ania Ould Lamara Kaci, membro do Observatório do Médio Oriente e Norte de África da Fundação Jean-Jaurès, em artigo publicado por L'Obs, 20-11-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Assim como muitos de nós, hesitei durante muito tempo para me expressar durante este período que é tão cruel, tão sangrento, bárbaro e mortífero, tão angustiante para todos nós. Nós, franceses de nenhuma e de todas as confissões, de todas as origens. Nós, europeus, árabes, judeus, berberes, cristãos, muçulmanos e africanos. Nós, que formamos este emaranhado de civilizações na orla do Mediterrâneo, como tão bem descreveu Fernand Braudel. Nunca este “nós” foi tão frágil e condenado a desaparecer no meio da fragmentação, das divisões cuidadosamente fomentadas por reclusos e identitários que reduziriam o nosso “nós” a uma guerra do “eu”.

A minha geração pensava não estar, como alguns resumiram, no centro de um choque de civilizações. O dia 7 de outubro veio abalar as nossas certezas, as nossas esperanças de reaproximação, os nossos passos, ainda tímidos, de aproximação. Todos testemunhamos o horror, as atrocidades indescritíveis que ninguém pode ignorar ou justificar. Todos nós somos também testemunhas de um conflito que já dura quase um século, uma guerra sangrenta com muitas vítimas inocentes e um resultado incerto, uma guerra cujos impactos afetam não apenas dois povos, mas todos os habitantes do Mediterrâneo. Esta guerra desperta os ódios mais vis, revive os medos mais escondidos, ressuscita ansiedades que pensávamos ter abandonado ao passado.

De elo de ligação entre duas margens, o Mediterrâneo transforma-se gradualmente num imenso fosso, num cemitério de esperanças perdidas, de laços rompidos entre as populações tão próximas e agora tão distantes, quase antagônicas, adversárias, que defendem o pior e nos fazem recordar dos mais sombrios momentos desta história mediterrânica que tanto nos une.

Em ambos os lados, crianças de Gaza morrem sob as bombas, jovens israelenses que participam de uma festa são assassinados, jovens africanos que, conscientes do risco para as suas próprias vidas, tentam a travessia para o outro lado em velhos barcos. Em ambos os lados, são os nossos jovens mediterrânicos que se encontram no centro dos tormentos da nossa história.

Lutar contra os incêndios

Para a minha geração e as próximas, os desafios são imensos. Em primeiro lugar, o maior e essencial, a nossa convivência, para além das divisões. Algumas pessoas achavam que um dia, após trinta séculos de batalhas e divisões, a união entre o Oriente e o Ocidente seria finalmente bem sucedida. Isso ainda é uma miragem hoje. Confrontado com os seus demônios, o seu passado colonial, os tormentos das guerras, territoriais, étnicas, nacionalistas ou religiosas.

A minha geração também enfrenta uma corrida contra o tempo pela sua sustentabilidade. Diante de um planeta que aquece muito, muito rapidamente. A queima, em ambos os lados das suas duas margens, de campos de oliveiras milenares, o aquecimento do nosso mar e a poluição que ameaça os recursos naturais comuns. O nosso Mediterrâneo corre o risco de se tornar ao mesmo tempo um lixão e um cemitério. Cemitério daqueles que, no desespero, numa última tentativa de sobrevivência para escapar a uma guerra, a uma situação de pobreza, tentam atravessar para o outro lado, rumo à Europa, portadora de sonhos, de esperanças, de uma vida melhor, do símbolo da liberdade, tão caro a muitos de nós, mediterrâneos. Não dizemos que os berberes são “amazigh”, homens livres? Como nestes cartazes da Primavera Árabe que traziam a palavra “houria”, liberdade em árabe, entoada por milhões de jovens que aspiravam a uma vida melhor.

A paz não virá sem a reconstrução de um “nós”

Nós, mediterrânicos, somos tão próximos. Precisamos ainda fazer a memória disso?

Através da nossa cozinha, símbolo daquilo que o escritor croata Predrag Matvejevitch chamou de civilização do azeite, transportado há milênios nos dois lados deste Mar Mediterrâneo.

Com as nossas línguas, tão interligadas, ainda precisamos nos lembrar da influência do árabe nas línguas latinas e da influência do latim nos dialetos árabes?

Através dos nossos ritos, costumes e tradições, deveríamos ainda recordar a origem da palavra semita, símbolo de uma história comum, de uma cultura partilhada? Deveríamos também lembrar que tanto Vercingetórix como Jugurta conheceram as prisões romanas, que Santo Agostinho é de origem berbere, que o filósofo judeu Maimônides influenciou tanto o Islã e os árabes quanto o pensamento de Averróis inspirou vários filósofos medievais latinos e judeus?

Foi também um mediterrâneo, Averróis, que nos lembrou a armadilha que a nossa civilização deveria evitar: a da ignorância que leva ao medo, do medo que leva ao ódio, deste ódio que leva à violência.

Hoje, mais do que nunca, a minha geração não é somente francesa, europeia ou norte-africana; é mediterrânea. Ela é a herdeira desta história milenar, desta acumulação não de uma, mas de várias civilizações. Ela é esta juventude, guardiã de monumentos sagrados e lugares de história, que abrangem mais de trinta séculos, que carrega consigo a nossa história comum, a da circunferência de um mar sagrado.

Devemos ter presente que o Mediterrâneo, o nosso Mediterrâneo, é o último elo entre dois mundos, há tanto tempo opostos, com um destino, um futuro e desafios comuns. Um mundo não sobreviverá sem o outro. Um mundo não permanecerá livre e próspero sem o outro. Somos os dois lados da mesma moeda, da mesma esperança, para o amanhã.

Reconciliando as memórias

Nós, a minha geração, somos aqueles capazes de assumir e livrar-se do peso do passado, sem o negar, de conciliar as aspirações de uns com a necessidade de emancipação e segurança de outros. A minha geração é aquela que, para além dos processos políticos, necessários mas insuficientes, saberá reconciliar as memórias, construir amizades e fraternidades sólidas entre os dois lados para enfrentarmos, juntos, um destino comum.

Tenho em mente esta frase de Albert Camus: “Cada geração se sente, sem dúvida, condenada a reformar o mundo. No entanto, a minha sabe que não o reformará. Mas a sua tarefa é talvez ainda maior. Ela consiste em impedir que o mundo se desfaça”.

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