“Histórica (ou não tanto) primeira votação no Sínodo com a participação de mulheres e leigos”

Foto: Reprodução | Vatican Media

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11 Outubro 2023

  • Os padres (e as madres) sinodais escolhem os encarregados da Comissão de Síntese e de Informação.

  • A sensação foi agridoce. A revolução ficou incompleta: nenhuma mulher foi eleita para as comissões na votação do plenário da Assembleia, e apenas três deles não são bispos: Clarence Sandanaraj Davedasan, padre da Malásia; Antonio Spadaro e Khalil Alwan, do Líbano, para a Comissão de Informação.

  • Haverá três mulheres com alguma responsabilidade, uma vez que Nathalie Becquart é membro nato da Comissão de Informação.

A informação é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 10-10-2023.

Uma semana depois, ocorreu o primeiro momento histórico no Sínodo da Sinodalidade: pela primeira vez na história, leigos e mulheres participaram, com seu voto, de uma eleição na Assembleia. Em dois assuntos de grande importância, que podem marcar um antes e um depois no decorrer dos debates: a Comissão do Relatório de Síntese e a Comissão de Informação.

No entanto, a sensação foi agridoce. A revolução ficou incompleta: nenhuma mulher foi eleita para as comissões na votação do plenário da Assembleia, e apenas três deles (um para a comissão de síntese e outros dois para a de informação) não são bispos: Clarence Sandanaraj Davedasan, padre da Malásia (para a síntese); Antonio Spadaro, SJ, e Khalil Alwan, do Líbano, para a Comissão de Informação.

O Papa, mais "sinodal" que a Assembleia

Por outro lado, o Papa, que também tem o poder de nomear parte da comissão, escolheu para a Comissão de Síntese um bispo, uma religiosa e um sacerdote: o cardeal Marengo, a irmã Patricia Murray e o padre Giuseppe Bonfrate, e para a Comissão de Informação, uma mulher, a única leiga de toda a lista, Sheila Leocádia, como secretária. No total, serão três mulheres com alguma responsabilidade, já que Nathalie Becquart é membro nato da Comissão de Informação. Nenhum leigo (homem ou mulher), aliás, nas comissões eleitas pela Assembleia (Ruffini e Leocadia são membros natos, e Matteo Bruni e Thierry Bonaventura fazem parte do grupo sem terem sido votados).

Entre os prelados, destacam-se a presença, na Comissão de Síntese, dos cardeais Ambongo, Aveline ou Lacroix, enquanto a parte hispânica estará a cargo de José Luis Azuaje. Surpreende que o cardeal Víctor Manuel Fernández tenha sido eleito pela Assembleia para a Comissão de Informação, e não para a de Síntese, juntamente com o cardeal Tobin.

Como enfatizado em um comunicado de imprensa pelo Vaticano, "a tarefa da Comissão do Relatório de Síntese não é redigir, mas supervisionar, emendar e aprovar periodicamente a preparação do projeto do Relatório de Síntese a ser apresentado à Assembleia", enquanto "a Comissão de Informação tem a tarefa de lidar com a comunicação sobre o desenvolvimento da Assembleia sinodal", de acordo com o Dicastério para a Comunicação e a Secretaria Geral do Sínodo, que a assistem com seu pessoal.

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