13 Setembro 2023
- Todos os padres e madres sinodais participarão de exercícios espirituais preliminares, e a grande maioria assistirá à entrega dos barretes cardinalícios no dia 30 de setembro, dia em que serão inaugurados os 30 dias que vão marcar futuro da Igreja mundial;
- Novos cardeais, segunda parte da Laudato Si', vigília de Taizé e Sínodo marcarão um mês de atividades;
- Além dos anúncios diários, a Sala de Imprensa organizará briefings e conferências de imprensa nas quais, em alguns casos, estarão presentes os padres/mães sinodais e os participantes na Assembleia Sinodal. Uma boa medida que vem para dissipar as suspeitas de alguns relativamente à liberdade de informação num dos maiores eventos eclesiásticos dos últimos tempos.
A reportagem é de Jesus Bastante, publicada por Religión Digital, 13-09-2023.
O próximo dia 4 de outubro é um dia marcado em vermelho em todo o mundo católico. Ao final do Tempo da Criação e da publicação da segunda parte da Laudato Si, acrescenta-se a inauguração solene do Sínodo sobre a Sinodalidade, o primeiro encontro mundial em que leigos e mulheres terão voz e voto, para debater o futuro da Igreja e das suas reformas. E abrirá com uma cerimónia solene e numerosa na Praça São Pedro, presidida pelo Papa e que servirá também para apresentar os novos cardeais (entre eles, os espanhóis Cobo e Fernández Artime), que receberão o barrete no dia 30 de setembro.
No total, serão 30 dias (de 30 de setembro a 29 de outubro, data do encerramento desta etapa sinodal que marcarão os rumos a seguir neste pontificado e, o que parece mais importante, no futuro da Igreja. Assim, no dia 30 de setembro, às 9h, os barretes cardinalícios serão entregues aos novos cardeais , que às 11h30 realizarão o tradicional 'calore' ou encontros com visitantes e fiéis. Será a primeira vez neste pontificado que os novos cardeais não farão uma visita ao Papa Emérito, falecido no dia 31 de dezembro.
À tarde, todos os participantes no Sínodo participarão na Vigília Ecumênica liderada pela Comunidade de Taizé e, de 1 a 3 de outubro, os membros do Sínodo farão um retiro em Sacrofano, orientado por Timothy Radcliffe, OP e Maria Ignazia Angelini, OSB , do Mosteiro de Viboldone (Itália).
De 4 a 29 de outubro será realizada a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, na qual os participantes trabalharão nos períodos da manhã e da tarde (das 8h45 às 12h30 e das 16h às 19h30). Nesse mesmo dia, às dez da manhã, o Papa encerrará o Sínodo em São Pedro, e aguardaremos as conclusões e um possível documento assinado pelo Pontífice.
Finalmente, e apesar de ter sido assegurado o contrário, o Sínodo não será 'vetado' à imprensa. Desta forma, além das comunicações diárias, a Sala de Imprensa organizará briefings e conferências de imprensa nas quais, em alguns casos, estarão presentes pais/mães sinodais e participantes na Assembleia Sinodal. Uma boa medida que vem acalmar as suspeitas de alguns relativamente à liberdade de informação num dos maiores eventos eclesiásticos dos últimos tempos.
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O Papa inaugurará o Sínodo com missa com os novos cardeais na Praça São Pedro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU