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Laudato si’ e o novo documento do Papa Francisco sobre ecologia. Artigo de Daniel Horan

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13 Setembro 2023

Não sei o que especificamente conterá a nova exortação sobre o meio ambiente, e até agora foram divulgados poucos detalhes sobre seu conteúdo, mas há algumas pistas sobre o que esperar a partir dos comentários públicos do papa nas últimas semanas.

A opinião é de Daniel P. Horan, frei franciscano, diretor do Centro de Espiritualidade e professor de Filosofia, Estudos Religiosos e Teologia no Saint Mary’s College, nos Estados Unidos.

O artigo foi publicado por National Catholic Repórter, 07-09-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Daqui a cerca de um mês, o Papa Francisco deverá lançar uma nova exortação apostólica sobre o meio ambiente, que está sendo descrita como uma continuação da sua carta encíclica de 2015, Laudato si’, sobre o cuidado da casa comum. A publicação desse documento no dia 4 de outubro coincide tanto com a celebração litúrgica da festa de São Francisco de Assis quanto com a conclusão do Tempo da Criação deste ano.

A data também marcará a abertura da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, mais conhecida como Sínodo sobre a Sinodalidade. Obviamente, a primeira semana de outubro será um período muito movimentado.

Não sei o que especificamente conterá a nova exortação sobre o meio ambiente, e até agora foram divulgados poucos detalhes sobre seu conteúdo, mas há algumas pistas sobre o que esperar a partir dos comentários públicos do papa nas últimas semanas.

Por exemplo, na semana passada Francisco referiu-se à condição da relação da humanidade com o ambiente em termos de uma violência semelhante à guerra.

Guerra mundial

Referindo-se ao início do Tempo da Criação e aludindo a seu próximo documento, o papa disse: “Unamo-nos aos nossos irmãos e irmãs cristãos no compromisso de cuidar da Criação como dom sagrado do Criador. É necessário ficar do lado das vítimas da injustiça ambiental e climática, esforçando-nos para pôr fim à insensata guerra contra a nossa casa comum, que é uma terrível guerra mundial. Exorto todos a trabalharem e a rezarem para que ela abunde novamente de vida”.

Essa sensação de uma “terrível guerra mundial” que está sendo travada é uma descrição dura, mas adequada. O antagonista nessa guerra é, obviamente, a comunidade humana. Como espécie, continuamos infligindo um grau desproporcional de danos ao mundo mais do que humano, o que afeta não só a criação não humana, mas também os mais vulneráveis dentro da família humana.

Os impactos da crise climática contínua e crescente afetam todos e todas as criaturas que partilham a “nossa casa comum”. Essas comunidades estão interligadas. Como disse Francisco na Laudato si’, “hoje, não podemos deixar de reconhecer que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres”.

Seria útil voltar à Laudato si’ em preparação para receber o próximo ensinamento magisterial do papa. Visto que o que foi mencionado pelo papa e outros se concentrou tanto no custo humano (pensemos nos refugiados climáticos) quanto na causa humana (pensemos no capitalismo desenfreado e na vida decadente das nações ricas), parece-me sensato revisitar o capítulo 3 da Laudato si’, intitulado “A raiz humana da crise ecológica”.

Na época da publicação da encíclica, essa era a seção mais controversa do documento, pelo menos nos Estados Unidos, onde a negação climática e a polarização política estavam em ascensão.

Além do contencioso cenário político civil, que levou à politização desse ensinamento magisterial, a maioria das lideranças religiosas estadunidenses têm-se mantido vergonhosamente caladas sobre esse ensinamento nos oito anos desde a promulgação da encíclica. Não é de se admirar que Francisco sinta a necessidade de abordar mais uma vez os “sinais dos tempos” climáticos, especialmente depois do calor sem precedentes, dos incêndios florestais e das inundações em todo o mundo nestes meses.

O capítulo 3 está organizado em três partes: “A tecnologia: criatividade e poder”, “A globalização do paradigma tecnocrático” e “Crise do antropocentrismo moderno e suas consequências”. Atrevo-me a adivinhar que esses três temas voltarão a aparecer de alguma forma na “atualização” da Laudato si’ feita pelo papa.

Tecnociência

A primeira parte centra-se no papel da tecnologia humana ao longo da história, tanto para o desenvolvimento positivo quanto para a destruição catastrófica. Sobre o primeiro uso, explica o papa, “a tecnociência, bem orientada, pode produzir coisas realmente valiosas para melhorar a qualidade de vida do ser humano” [n. 103]. Mas, como ele rapidamente observa, “Não podemos, porém, ignorar que a energia nuclear, a biotecnologia, a informática, o conhecimento do nosso próprio DNA e outras potencialidades que adquirimos, nos dão um poder tremendo. (...) Nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem, sobretudo se se considera a maneira como o está a fazer” [n. 104].

Aqui encontramos a advertência de Francisco de que adotar a tecnologia de forma acrítica é problemático tanto no front prático quanto no moral. De fato, há muitas coisas positivas pelas quais o desenvolvimento tecnológico é responsável, mas nunca devemos perder de vista o lado sombrio da tecnologia descontrolada.

O papa aponta alguns dos exemplos mais flagrantes, incluindo a utilização de bombas nucleares pelos Estados Unidos e a tecnologia utilizada pelos nazistas e comunistas para exterminar milhões de pessoas.

O mesmo impulso para criar tais avanços, que têm efeitos deletérios sobre a família humana, também levou a nossa espécie a adotar cegamente tecnologias e atividades que prejudicaram e continuam prejudicando o ambiente. A advertência que Francisco apresentou há oito anos ainda soa verdadeira hoje: “O imenso crescimento tecnológico não foi acompanhado por um desenvolvimento do ser humano quanto à responsabilidade, aos valores, à consciência” [n. 105].

Tecnocracia

A segunda seção do capítulo baseia-se na primeira, destacando o modo como os desenvolvimentos tecnológicos deram forma a uma ideologia global generalizada motivada por lucros financeiros.

Uma das consequências ocultas desse “paradigma tecnocrático” é a crença de que “a economia atual e a tecnologia resolverão todos os problemas ambientais, do mesmo modo que se afirma, com linguagens não acadêmicas, que os problemas da fome e da miséria no mundo serão resolvidos simplesmente com o crescimento do mercado” [n. 109]. Tal como ocorre com os pobres e os vulneráveis da família humana, também o restante da criação sofre as consequências de políticas econômicas e tecnológicas imprudentes.

Francisco chama-nos a “ampliar a nossa visão”, a expandir a nossa forma de pensar para além das limitações do desenvolvimento econômico e tecnológico a todo o custo.

“Deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático” [n. 111], diz o papa antes de acrescentar: “Buscar apenas um remédio técnico para cada problema ambiental que aparece, é isolar coisas que, na realidade, estão interligadas e esconder os problemas verdadeiros e mais profundos do sistema mundial”.

Aqui reside um dos principais problemas que persistem desde a promulgação da Laudato si’. Não fizemos o suficiente para “ampliar a nossa visão” ou para investir em outro paradigma como a “ecologia integral” que Francisco tem defendido. Em vez disso, a maioria das pessoas no poder tratou cada obstáculo ecológico como um problema discreto com uma potencial solução tecnológica ou econômica. E as coisas só estão piorando.

Antropocentrismo

Por fim, a última seção, a maior das três, foca-se no “antropocentrismo moderno”, aquela forma errônea de pensar que coloca a espécie humana no coração do universo e sugere que a única coisa que importa é o nosso conforto, segurança, sucesso e futuro.

Francisco observa: “Se o ser humano se declara autônomo da realidade e se constitui dominador absoluto, desmorona a própria base da sua existência” [n. 11].

De fato, iludimo-nos ao pensar que somos tudo o que realmente importa, e as consequências foram devastadoras não só para o mundo não humano, mas também para a família humana.

Francisco descreve essa cosmovisão antropocêntrica como uma forma de relativismo. “Quando o ser humano se coloca no centro, acaba por dar prioridade absoluta aos seus interesses contingentes, e tudo o mais se torna relativo. Por isso, não deveria surpreender que, juntamente com a onipresença do paradigma tecnocrático e a adoração do poder humano sem limites, se desenvolva nos indivíduos este relativismo no qual tudo o que não serve os próprios interesses imediatos se torna irrelevante” [n. 122].

Esse é um tipo de “cultura do relativismo” que é mais realista e relevante do que aquilo que os guerreiros culturais criticam em sua batalha contra a modernidade e o progresso social. É uma atitude que surge do antropocentrismo e resulta na alienação da humanidade em relação a si mesma, ao restante da criação e a Deus.

Assim como muitos outros, aguardo ansiosamente esta nova exortação, esperando que o papa desenvolva esses temas e os expanda, a fim de abordar a atual catástrofe climática pós-pandemia.

No cerne de qualquer formato específico que o documento possa assumir, ele certamente conterá um forte apelo a uma nova forma de pensar e de viver, enraizada no apelo à “ecologia integral”. Enquanto isso, seria bom que todos revisitássemos a Laudato si’ para nos prepararmos para aquilo que está por vir.

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