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25 Mai 2023

"A edificação do movimento cristão se encontra refletida na gênese dos escritos do Novo Testamento que o narram, mapeiam e promovem. E nós chegamos assim àquele pensador imprescindível que é Paulo de Tarso", escreve José Tolentino Mendonça, cardeal português e prefeito do Dicastério do Vaticano para a Cultura e a Educação, em artigo publicado por Avvenire, 20-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Pode parecer estranho que Paulo de Tarso seja lembrado como um dos homens que mais trouxe inovações e ideias ao mundo. Uma preguiçosa percepção cultural que hoje prevalece não imagina que seja possível associar ao campo religioso a responsabilidade de ideias que objetivamente fizeram o mundo progredir, nem que um autor como Paulo possa ser considerado relevante para além do círculo confessional. E acredito que tal retrato surpreende não só aqueles que se colocam fora do cristianismo, mas também muitos entre os próprios cristãos.

A falta de reconhecimento do impacto civilizacional que uma visão religiosa da vida pode exercer é uma questão que afeta a todos (o analfabetismo representa hoje um problema transversal), muito mais do que comumente se considera. Pelo contrário, a qualidade do nosso futuro comum passa pela valorização mútua das nossas fontes de inspiração, pela curiosidade de conhecer o mundo a que pertencemos e pela audácia de tecer intersecções com o mundo dos outros. Um pensador como Paulo de Tarso interessa a todos, no mínimo porque sem ele seria impossível entender a história do Ocidente [...] independentemente do impacto de sua palavra. Por isso, conhecer São Paulo equivale também a nos conhecermos melhor.

Onde começa o cristianismo? Quando seu desenvolvimento chega ao ponto de amadurecimento histórico que permite designá-lo como um movimento religioso autônomo, com uma segura consciência de si e do seu significado? Quais são os limites temporais do que convencionamos chamar de Cristianismo “primitivo” ou “das origens”? Entrando sem hesitações no debate, podemos dizer que a resposta é simples e complexa ao mesmo tempo. É simples, porque na origem do cristianismo está, com todas as evidências, aquele Jesus de Nazaré reconhecido pelos seus seguidores como "o Cristo" [...]. Todas as tentativas de separar Jesus do movimento cristão subsequente acabaram se revelando artificiais.

Mas é igualmente verdade que a resposta também é complexa. Para além, é claro, do enraizamento em Cristo, que o evento do Pentecostes acentua, existe um conjunto de eventos decisivos para as comunidades das primeiras décadas a serem levadas em consideração, pois nelas vem se esclarecendo a concreta direção a ser seguida.

É o caso do que se chama genericamente de Concílio de Jerusalém, nos anos 48-49 d.C., que desempenha um papel fundamental na configuração posteriormente assumida pelo cristianismo.

Ao reconhecer uma espécie de matriz dupla na futura construção das comunidades, que previa tanto a componente judaica quanto a gentia, ou pagã, aquela primeira assembleia deliberativa dos apóstolos reforçou uma visão universalista e integradora da proposta cristã.

O mesmo vale para a crise política que culminou na trágica destruição do Templo, no contexto da chamada Guerra Judaica (66-70 d.C.). O judaísmo que ressurgiu daquele momento histórico visava um esclarecimento em relação aos cristãos, mostrando-se menos hesitante em relação a uma ruptura que trouxesse à tona as divergências entre as duas partes.

Esses dois eventos aceleraram o processo de autocompreensão do cristianismo, como aliás pode ser visto em várias passagens do Evangelho. Igualmente determinante foi o desaparecimento quase simultâneo, mesmo antes da declaração da Guerra Judaica, de três figuras de referência do movimento cristão primitivo: Tiago, irmão do Senhor, martirizado em Jerusalém; Paulo e Pedro, martirizados em Roma. A sua morte representou para o cristianismo uma autêntica cesura simbólica. Mas permitiu, ao mesmo tempo, o surgimento de um novo fator que se revelará decisivo: em vez de depender da atividade pessoal dos apóstolos, a expansão do cristianismo encontrará seu fermento na intensa produção literária a eles diretamente vinculada, o indiretamente ligada ao seu testemunho. Nesse sentido, a composição de escritos teológicos de Paulo e a redação dos Evangelhos na forma de relatos narrativos dão corpo a uma tomada de consciência teológica e histórica, e inauguram a forma do cristianismo que chegou até os dias de hoje.

Escrevendo, o cristianismo se escreve.

A edificação do movimento cristão se encontra refletida na gênese dos escritos do Novo Testamento que o narram, mapeiam e promovem. E nós chegamos assim àquele pensador imprescindível que é Paulo de Tarso [...].

O Evangelho é, segundo Paulo, o meio pelo qual os crentes são gerados; e se trata de uma verdadeira gestação. Estamos inscritos entre o ser e o devir, ou seja, somos essa “tensão entre o já e o ainda não que se reflete nas imagens da família: é verdade que podemos ser chamados de ‘família de Deus’ em sentido estrito, mas também é verdade que ainda não recebemos a plenitude de filiação” (Daniel von Allmen, La famille de Dieu). Para isso precisamos ser gerados.

Parece-me pertinente, partindo dessa premissa tipicamente paulina, citar o que afirma André Fossion sobre o presente histórico da Igreja: “A fé cristã encontra-se hoje num estado generalizado de início ou recomeço. Quem fala ‘recomeço’ fala ao mesmo tempo de processo de morte e de renascimento. De fato, hoje estamos assistindo tanto ao fim de um mundo quanto ao fim de um certo Cristianismo. No entanto, não é o fim do mundo nem o fim do cristianismo. Aliás, é um tempo de germinação, com toda a saudade – e também o alívio – que isso pode comportar por aquele que morre, assim como as incertezas e a esperança por aquilo que nasce. Trata-se, portanto, de uma perda, mas também de reencontros noutros lugares e noutras formas” (André Fossion, Que anúncio do Evangelho para o nosso tempo?). Se esse é o quadro histórico do nosso cristianismo, como favorecer nele os começos da fé? É uma pergunta que Fossion se faz e à qual ele próprio responde: desaprendendo, e reconstruindo um conjunto de representações. A começar pelo desafio de reaprender o significado da criação, núcleo vital da teologia paulina.

A criação não é o Big Bang inicial, algo que deixamos no passado. A criação não está apenas atrás de nós: está também no presente e, sobretudo, à nossa frente, no futuro. De fato, Deus não criou o homem. Ele o cria e continuará a criá-lo. Nesse sentido, encontramo-nos sempre na situação de ser criados e de criar: “Toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até hoje” (Rm 8, 22). Não somos simplesmente testemunhas de um passado. Cada pessoa é chamada a ser – e já é – um documento do futuro.

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