06 Outubro 2022
A reportagem é publicada por DR/Agências e reproduzida por Religión Digital, 05-10-2022.
O cardeal maltês Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, destacou que o caminho de escuta que levará à assembleia do Sínodo Mundial dos Bispos em 2023 abrirá "processos" na Igreja que "nem mesmo o Concílio Vaticano II, dos quais são 60 anos, eu poderia imaginar"
De qualquer forma, ele deixou claro que este ato eclesial, que começou em 2021, “não é uma concessão nem uma deferência a quem está à margem de um projeto”.
"Não é um gesto para ganhar alguma simpatia ou algum consenso barato; nem mesmo um relatório, mas uma forma de prestar contas a alguém que reivindica o direito de saber", disse Grech em uma conferência sobre o Concílio Vaticano II e a sinodalidade, na Pontifícia Universidade Gregoriana por ocasião do 250º aniversário de sua fundação.
"A correct reception of the Council's ecclesiology is activating such fruitful processes as to open up scenarios that not even the Council had imagined and in which the action of the Spirit that guides the Church is made manifest" @GrechMario at @unilateranense #synod pic.twitter.com/TZ6IqOktAt
— Synod.va (@Synod_va) October 5, 2022
Para o secretário geral do Sínodo, o atual processo sinodal mostra como "uma correta recepção da eclesiologia conciliar está ativando processos tão fecundos que abrem cenários que nem mesmo o Concílio havia imaginado e nos quais se manifesta a ação do Espírito, guiando uma Igreja".
"Se a dimensão profética reside no Povo de Deus, na totalidade dos batizados, e o primeiro ato da Igreja é a escuta, então é precisamente ao Povo de Deus que o resultado dessa escuta deve ser devolvido. Povo de Deus mora nas igrejas, o documento deve ser enviado para as igrejas”, revelou.
O Sínodo 2021-2023 foi convocado por Francisco e começou com uma etapa local, nas diferentes dioceses e movimentos católicos, que deu origem a um relatório nacional, enviado ao Vaticano; a segunda fase é a chamada 'fase continental', que produzirá uma nova reflexão, antes do encontro mundial presidido pelo Papa, em outubro do próximo ano.
This morning, the Presidency of Deutsche Bischofskonferenz met with @Synod_va
— Synod.va (@Synod_va) October 4, 2022
The meeting, held in an atmosphere of great cordiality, was an opportunity to present the Frascati experience during which the Document for the Continental Stage of the Synodal Process was drafted. pic.twitter.com/4i1ti62qL3
Para Grech, o Sínodo reflete na circularidade do processo a “interioridade mútua” que existe entre as Igrejas particulares e a Igreja universal. Em suma, verificou que o envio do documento da etapa continental às Igrejas é "um ato devido".
"Por último, queria que a Igreja continuasse a viver o processo sinodal na lógica da escuta de Deus e dos outros, do Espírito nos outros". "Se há uma disposição que os padres conciliares viveram e transmitiram à Igreja como herança, é ouvir uns aos outros para ouvir o que o Espírito diz à Igreja", concluiu.
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Cardeal Grech: “O Sínodo abriu processos na Igreja que nem o Concílio Vaticano II poderia imaginar” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU