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“Iremos competir por recursos decrescentes”. Entrevista com Antonio Turiel

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14 Setembro 2022

 

O físico e matemático Antonio Turiel, pesquisador do Conselho Superior de Investigações Científicas – CSIC, da Espanha, e autor do blog The Oil Crash, acaba de publicar, com Juan Bordera, El otoño de la civilización, onde fala sobre os relatórios vazados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que lançam uma perspectiva pessimista.

 

A entrevista é de Enrique Carballo, publicada por EPE, 11-09-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Não temos mais tempo?

 

As perspectivas são muito ruins. Que por volta do final do século haja um aumento de três graus é um cenário realista, e uma catástrofe. A temperatura em relação à era pré-industrial subiu 1,1 grau, na Espanha 1,7, e estamos notando muito isso.

 

Na Península, as temperaturas típicas do verão para 2050 ficarão em torno dos 50 graus. Foi vazado que todas as usinas de carvão e gás teriam que ser fechadas, antes de 2030, para evitar um aquecimento catastrófico, e nesta crise energética a União Europeia aprovou um aumento do uso de carvão.

 

Em que situação estamos para realizar a transição energética e como ela afeta a falta de abastecimento?

 

As pessoas foram levadas a acreditar que era fácil, e eu diria que inclusive possível, fazer uma transição em que substituímos a energia fóssil por energias renováveis. E isto é falso. Possuem limitações, ente elas, materiais. São uma ajuda, mas não permitem uma substituição completa.

 

Não temos nenhuma tecnologia que nos permita manter as coisas como estão. Temos que aceitar que precisaremos reduzir o consumo. Os combustíveis fósseis chegaram ao seu pico de extração.

 

 

Todos?

 

A produção de petróleo já está caindo, a de urânio também, a de carvão mais ou menos e a de gás cairá em breve. Não temos mais tempo antes que isso comece a decair. É um processo lento, que se alongará por décadas, mas o mundo competirá por recursos cada vez mais escassos. Preços altos, problemas entre países, guerras.

 

Antes da Rússia invadir a Ucrânia, já tínhamos preços altos de energia e combustíveis. Isto era inevitável. Há duas questões. Uma é o encarecimento e outra é que os recursos nem mesmo estejam disponíveis.

 

Há uma panaceia, ainda teórica, a fusão comercial do hidrogênio.

 

Não, não, não, isso é uma bobagem. Há razões teóricas para pensar que é um projeto impossível, há questões fundamentais que não foram resolvidas. É um autoengano pensar que isso acontecerá simplesmente porque nos conviria.

 

Nossas sociedades estão preparadas para um decrescimento ordenado, social e politicamente?

 

Não. Mas é preciso entender que não é uma escolha, pensar assim favorece a ideia de que é possível esperar. Estamos em descenso, estão chegando menos petróleo e carvão, independentemente do que se faça. Neste inverno, serão vistas quedas bastante bruscas.

 

A sociedade não está conscientizada, não fomos sincero com ela. Há muito tempo sabíamos que isso aconteceria, mas se esperou alguma tecnologia milagrosa que resolveria o abacaxi. O fato de você mencionar a fusão demonstra qual é o pensamento dessa sociedade.

 

E o que acontecerá?

 

Haverá um choque cultural muito grande. As pessoas vão entender que lhes são impostas restrições, dentro de uma agenda ambientalista, e não vão entender por que não há recursos. Penso que haverá muita contestação social, inclusive revoltas.

 

E o que acontecerá com o Ocidente e outros países que precisam de altas taxas de crescimento para manter a estabilidade, como a China?

 

Cada um terá que buscar a vida. Iremos competir por recursos decrescentes. A Europa está perdendo relevância e não está se dando conta. Praticamente não tem recursos e se deparará com o fato de que não serão vendidos para ela.

 

A China tem recursos e caso os dirija às necessidades reais de sua população, pode suportar mais. Os Estados Unidos também. Veremos um crescente protecionismo de recursos e produtos. A Europa, caso não caminhe com cuidado, em poucos anos sofrerá um retrocesso muito forte.

 

Historicamente, tem buscado controlar politicamente os países pobres produtores de recursos.

 

Terá que ser militarmente, e está considerando isto. O atual rearmamento, teoricamente para lutar contra a Rússia, é uma preparação para as guerras por recursos.

 

A Europa não tem capacidade política para a apropriação dos recursos naturais. Ela caminha para a irrelevância e sua única capacidade de manter certa hegemonia é militarmente.

 

Receberemos mais migrantes?

 

A curto prazo, com certeza. A longo prazo, quando a Europa empobrecer sensivelmente, haverá outros focos de atração, como a China. Mas haverá muita mobilidade e conflito.

 

O que a Europa deve fazer?

 

O primeiro passo é entender a situação. Haverá realocação [na Europa] da atividade, porque será muito caro trazer coisas de fora. E somos muito mais vulneráveis do ponto de vista alimentar do que acreditamos, e estamos em uma crise alimentar global.

 

Das fábricas de fertilizantes da Europa, 70% fecharam devido aos preços do gás. É preciso criar uma agricultura resiliente e adaptada à mudança climática, capaz de alimentar a população europeia. Na Espanha, é factível, em outros países é mais complicado. Também garantir a água.

 

Como recuperar a produção?

 

É necessário recuperar comércios e empregos próximos, reduzindo as redes de distribuição, que consomem muita energia. E é fundamental o reaproveitamento de materiais. E há aspectos de mobilidade e urbanismo.

 

Na Galícia, grande parte da população depende do carro. Em dez, quinze anos, isso não será sustentável?

 

Não será em dez anos. Temos o problema acima. A curto prazo, a concentração de pessoas será favorecida. A médio, outros modelos de mobilidade, transporte público, aluguel de veículos. Não é simples.

 

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