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Um fundo global para resolver os problemas do planeta. Artigo de Carlo Rovelli

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15 Dezembro 2021

 

"O planeta é pequeno, a humanidade é frágil e enfrenta sérios riscos. Só podemos enfrentá-los trabalhando juntos, apesar das nossas diferenças. Tudo o que foi conquistado ao longo dos séculos pela humanidade, foi obtido graças à colaboração", escreve o físico italiano Carlo Rovelli, professor no Centro de Física Teórica da Universidade de Marseille, na França, e diretor do grupo de pesquisa em gravidade quântica do Centro de Física Teórica de Luminy, em artigo publicado por Corriere della Sera, 14-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Cinquenta ganhadores do prêmio Nobel e vários presidentes de Academias Nacionais de Ciências assinaram um apelo com uma proposta simples e concreta dirigida a toda a humanidade. Entre os apoiadores da proposta também o Dalai Lama, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

A observação subjacente à proposta é que existe um consenso de que a humanidade deve enfrentar graves desafios comuns, como epidemias, aquecimento global e pobreza extrema, mas para enfrentá-los são necessários recursos que são difíceis de encontrar. No último congresso mundial sobre aquecimento climático isso ficou evidente: todos concordam com a urgência, mas como financiar as etapas necessárias? A proposta dos cinquenta prêmios Nobel indica uma direção para encontrar uma vasta quantidade de recursos, baseada em uma ideia simples de colaboração.

Os gastos militares mundiais dobraram desde o 2000, estão em forte aumento em quase todos os países do mundo e se aproximam a 2 trilhões de dólares ao ano. Cada governo é obrigado a aumentar seus gastos militares porque outros, percebidos como adversários, aumentam os seus. O mecanismo de feedback alimenta uma corrida armamentista, com um custo imenso. No pior dos cenários, é um percurso que leva a conflitos devastadores. No melhor cenário, é um desperdício colossal de recursos que pode ser usado com mais sabedoria.

A proposta dos 50 Prêmios Nobel simplesmente convida os governos a negociar um acordo global para uma redução equilibrada dos gastos militares em 2% ao ano durante cinco anos.

Do ponto de vista de cada país, a segurança não só não diminui, mas de fato aumenta, porque os países percebidos como adversários reduzem sua capacidade militar. A dissuasão e o equilíbrio são mantidos. Um similar acordo contribuiria para reduzir a animosidade, diminuindo ainda mais o risco de guerra. A história mostra que acordos para limitar as armas são viáveis. Por exemplo, os tratados Salt e Start entre os Estados Unidos e a União Soviética reduziram o número de ogivas nucleares em 90%. Essas negociações podem ter sucesso porque são racionais: cada ator se beneficia com a redução dos armamentos de seus adversários. E o mesmo acontece com a humanidade como um todo. A colaboração compensa.

Dado o enorme valor de gastos militares globais, os recursos liberados inclusive por uma pequena redução de 2% disponibilizam vastos recursos. Esses representam um "dividendo de paz" que alcançaria um trilhão de dólares até 2030. Trata-se de um valor bastante superior ao total que os países atualmente destinam para todos os programas de cooperação, incluindo as Nações Unidas e suas agências.

A proposta dos 50 prêmios Nobel é que metade dos recursos liberados por esse acordo seja destinada a um fundo global, sob a supervisão das Nações Unidas, a ser utilizado para enfrentar os problemas comuns urgentes do planeta: pandemias, mudanças climáticas, pobreza extrema. Um "Fundo Global” desse tipo, menor, já existe, que funciona de maneira excelente na luta contra as doenças.

A outra metade dos enormes recursos liberados pelo acordo permaneceria à disposição de cada governo.

Todos os países poderiam dispor, portanto, de novos recursos. Parte deles poderia ser usada na conversão para aplicações pacíficas das capacidades de pesquisa e de produção das indústrias militares. A pesquisa científica militar produziu repercussões importantes para a vida pacífica: essa mesma pesquisa obviamente seria ainda mais eficaz se redirecionada diretamente para aplicações pacíficas.

Evidentemente, existem complicações técnicas, políticas e ideológicas que se interpõem como obstáculos para um acordo deste tipo. Mas os obstáculos podem ser superados quando a vantagem comum é tão grande. Os signatários da proposta estão seriamente preocupados com a crescente belicosidade do planeta, com a crescente demonização recíproca dos antagonistas, e acreditam que seja essencial recolocar no centro do debate político a urgência dos problemas comuns da humanidade e, sobretudo, a racionalidade, além da moralidade, para trabalhar pela paz e a colaboração.

O planeta é pequeno, a humanidade é frágil e enfrenta sérios riscos. Só podemos enfrentá-los trabalhando juntos, apesar das nossas diferenças. Tudo o que foi conquistado ao longo dos séculos pela humanidade, foi obtido graças à colaboração.

As cidades italianas são cercadas por muros porque por séculos havia guerras. Desde que não estão mais armadas umas contra as outras, a vida no país se tornou melhor. É o momento para a humanidade tentar fazer o mesmo no planeta. O recente crescimento da globalização pode ter custos e criar problemas, mas também abre uma oportunidade extraordinária: a colaboração global. É hora que o debate público se desloque do tema da competição de nós contra os outros, para o tema das imensas vantagens que só podem advir da colaboração. Fazemos votos que a política saiba escutar e tomar iniciativas que nos levem nessa direção.

 

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