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28 Julho 2021

 

"O diálogo e a partilha são elementos que podem consubstanciar a transformação do sistema alimentar de que necessitamos. E acrescento, que permitem alcançar os objetivos que todos devemos perseguir, não só pela salubridade do nosso sistema ambiental, mas também pela justiça social e pela convivência entre os povos. Só assim criaremos um sistema que garanta a soberania alimentar e coloque um fim ao problema da desnutrição em todas as formas; especialmente naquelas mais desumanas daqueles que ainda hoje morrem de fome", escreve Carlo Petrini, fundador do Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (Giunti e Slow Food Editore), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre a "ecologia integral” e o destino do planeta, em artigo publicado por La Stampa, 27-07-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

A transformação de todo o sistema alimentar é uma exigência inadiável. Esta é a premissa com a qual iniciou ontem em Roma a pré-cúpula da ONU sobre sistemas alimentares. Uma mudança que exige reflexões profundas e mudanças adequadas para enfrentar os desafios que temos pela frente. Desafios relativos ao sistema ambiental, à vida das nossas comunidades e à salvaguarda dos ecossistemas, que atualmente se encontram gravemente comprometidos. Deste ponto de vista, os sistemas alimentares desempenham, sem dúvida, um papel decisivo. Aproveitar uma cúpula internacional para tratar dessas questões é, sem dúvida, um sinal forte e virtuoso.

No entanto, se esse encontro não tiver a capacidade para salientar algumas prioridades absolutamente fundamentais, corre-se o risco de ser um encontro não suficientemente útil para a transformação de que necessitamos. É, portanto, importante estabelecer alguns pontos firmes para que as implicações desse encontro sejam positivas e conduzam a uma mudança concreta nas políticas alimentares globais e nos sistemas que delas dependem.

Gostaria, portanto, de me deter em três aspectos que, a meu ver, não podem mais ser adiados e que precisam encontrar espaço na agenda da cúpula.

O primeiro é a exigência de sair dos imperativos que nos impõe uma economia, a meu ver, profundamente prejudicial à qualidade do meio ambiente e das relações sociais. Uma economia baseada na hegemonia do crescimento, do lucro e do capital financeiro. Afirmar que o interesse público deve existir como ponto de referência e, com ele, a prioridade dos bens comuns e bens relacionais, é uma condição preliminar para enfrentar esses desafios. Não podemos vencê-los se não houver uma mudança radical nos paradigmas econômicos e financeiros que contribuíram para criar a dramática situação atual em que nos encontramos.

O segundo ponto é a reafirmação não apenas em princípio, mas em substância, da centralidade dos titulares dos direitos humanos. No setor alimentar ainda existem formas graves de exploração, inclusive comparáveis à escravatura, que não podem ser toleradas no século XXI. Uma centralidade que se torna fundamental para poder dar início a qualquer discussão, a ponto de ter que ser subscrita por todos como um compromisso decisivo para a transformação de todo o sistema. Nesse contexto, os titulares de direitos são, sem dúvida, as mulheres: a igualdade de gênero deve ser afirmada de forma decisiva pelo próprio papel que historicamente as mulheres tiveram e têm na produção de alimentos e na garantia da segurança alimentar e da soberania dos povos.

Esses elementos devem ser colocados no topo da agenda da mudança, porque na ausência deles desaparece a possibilidade de uma verdadeira transformação.

Concluindo, esse grande desafio só pode ser superado deixando espaços de autonomia governamental em nível local. Porque é precisamente nas realidades de proximidade que se joga a capacidade de incidir sobre a mudança, de reforçar os laços que todos devemos estabelecer com as organizações de base, as realidades do voluntariado e as pessoas que dedicam a sua vida à promoção de um sistema alimentar em harmonia com a natureza. No nível local, as políticas podem se tornar uma realidade. Isso não significa não ter uma visão global e não se sentir parte de um projeto geral, mas o projeto geral só pode ir em frente alicerçado por milhões de pessoas que realizam nos territórios onde vivem esta transição ambiciosa e útil.

Por todas estas razões, eu me coloco ao lado das mais de 300 organizações da sociedade civil de todo o mundo que nestes dias, juntamente com o início da pré-cúpula sobre os sistemas alimentares em Roma, estão realizando com coragem e grande espírito de solidariedade um evento paralelo ao oficial. Um evento que não exclui o diálogo, pelo contrário, o leva avante e o abre a todos. Para ser eficaz, de fato, o diálogo deve ser inclusivo e não dirigido aos habituais privilegiados de um sistema econômico e financeiro responsável pela atual catástrofe em que nos encontramos a viver.

O diálogo e a partilha são elementos que podem consubstanciar a transformação do sistema alimentar de que necessitamos. E acrescento, que permitem alcançar os objetivos que todos devemos perseguir, não só pela salubridade do nosso sistema ambiental, mas também pela justiça social e pela convivência entre os povos. Só assim criaremos um sistema que garanta a soberania alimentar e coloque um fim ao problema da desnutrição em todas as formas; especialmente naquelas mais desumanas daqueles que ainda hoje morrem de fome.

 

Nota do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

 

No dia 29/07, quinta-feira, o Prof. Dr. Sérgio Amadeu, da UFABC, ministrará a palestra Tecnologia e fome. A uberização do alimento e as big techs na digitalização do agronegócio. O evento será transmitido ao vivo pela página inicial do IHU, YouTube, Facebook e Twitter. Mais informações podem ser consultadas aqui.

 

Tecnologia e fome. A uberização do alimento e as big techs na digitalização do agronegócio

 

 

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