12 Abril 2021
"A pandemia expôs profundas desigualdades e injustiças, e escancarou medos e ressentimentos. É difícil argumentar que o livre mercado está funcionando. É hora de desconstruir o nosso pensamento tradicional sobre economia e substituí-lo por uma abordagem baseada em valores?".
A opinião é de Ruth Kelly, membro inglesa do Conselho para a Economia, que supervisiona as finanças do Vaticano. Ela foi correspondente de Economia do jornal The Guardian por quatro anos nos anos 1990 e ocupou vários cargos nos governos trabalhistas de Tony Blair e Gordon Brown, chefiando os departamentos de Educação, Transportes, e Comunidades e Governo Local. Nesta última função, também foi ministra da Mulher aos 36 anos, sendo a mulher mais jovem a fazer parte do gabinete britânico. Entre 2015 e 2020, foi pró-vice-reitora de pesquisa e empreendimento na St Mary’s University, em Twickenham, Inglaterra. O artigo foi publicado por The Tablet, 04-08-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Ao longo do ano passado, muitos de nós tiveram as nossas crenças fundamentalmente desafiadas. Se a crise financeira em 2008 se mostrou insuficiente como um gatilho para a mudança, as principais divisões sociais expostas pelo Brexit e a fragilidade de um sistema global desnudado pela crise do coronavírus transformaram a forma como pensamos o mundo.
Em vez de serem relegados para o fundo da hierarquia social, os trabalhadores nos nossos hospitais e lares de idosos, nas nossas ruas e nos nossos supermercados tornaram-se os heróis da linha de frente, lutando contra uma ameaça existencial.
Começamos a valorizar muito mais a resiliência – no serviço de saúde, no nosso mercado de trabalho e nas nossas vidas – à medida que lutávamos para lidar com demandas novas e imprevisíveis. Valorizamos mais os nossos vizinhos e as nossas comunidades.
Também na economia, aquilo que valorizamos, o modo como o medimos e as metas econômicas que almejamos como sociedade passaram, de repente, para o primeiro plano do debate, popularizados por economistas como Kate Raworth e Mariana Mazzucato.
De fato, o conceito de “valor” formava a peça central da recente série de Conferências Reith proferidas pelo ex-governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, e parece ter chegado tão longe quanto ao Vaticano.
O Papa Francisco, em seu recente livro “Vamos sonhar juntos” (Ed. Instrínseca, 2020), cita Raworth e Mazzucato como vozes que são “sinais dos tempos”, nos chamando a usar o atual momento de crise para “pensar grande, repensar as nossas prioridades – aquilo que nós valorizamos, aquilo que queremos, aquilo que buscamos – e nos comprometermos a agir em nossa vida diária de acordo com aquilo com que sonhamos (...) e com uma nova abordagem da economia, que coloque ‘os pobres e o planeta no centro de um novo pensamento’”.
Então, será que chegou a hora de desconstruir o nosso pensamento tradicional sobre a economia e substituí-lo por uma abordagem econômica baseada em valores naquilo que está se tornando conhecido como “capitalismo do bem comum”?
Certamente, é difícil argumentar que as coisas estão bem do modo como estão. A nossa experiência da pandemia expôs profundas desigualdades, não apenas em renda e riqueza, mas também em saúde, educação, acesso digital e entre diferentes grupos raciais. A experiência do dia a dia de muitos daqueles que mais valorizamos no mercado de trabalho foi vista como imprevisível, insegura e mal paga.
Assim, Raworth e Mazzucato chegam a este debate com um claro apelo à ação: reformar o capitalismo e rejeitar o conceito do homo economicus como ator economicamente racional, preocupado apenas em maximizar o seu próprio lucro, estabelecido em livros básicos de economia.
À primeira vista, Raworth e Mazzucato parecem ter muito em comum. Ambas defendem uma reforma fundamental das finanças, rejeitam a visão de curto prazo nos negócios e pedem um papel maior para os bancos de investimento regionais e nacionais financiados pelo governo para investir em infraestrutura de longo prazo.
Nesse sentido, ambas parecem estar na corrente principal do pensamento econômico de esquerda. Mas elas têm objetivos fundamentalmente diferentes: Raworth defende que a economia ocidental desenvolvida abandone o crescimento econômico como uma meta e viva dentro dos limites ambientais; Mazzucato, ao destacar o papel do Estado na inovação, pede-nos para reimaginar o Estado como o motor do crescimento econômico.
Raworth, em seu livro ambicioso e bem escrito, “Economia Donut” (Ed. Zahar, 2019), provavelmente é a mais radical, seguindo o turbilhão de economistas ambientalistas como George Monbiot. Entendendo o poder das imagens e das narrativas para moldar o pensamento, ela capta a ideia de um “espaço justo” no qual as pessoas vivam de forma sustentável e bem, por meio da imagem de um donut [rosquinha]: quem vive nesse espaço justo fica entre o anel interno, representando o “fundamento social do bem-estar abaixo do qual ninguém deve cair”, e o anel externo, que é o “teto ecológico da pressão planetária que a economia não deve ultrapassar”. Ela se inspira em dois importantes economistas heterodoxos.
O primeiro, Hyman Minsky, ficou famoso após a crise financeira, pois seu trabalho sobre como o sistema financeiro poderia gerar choques por meio da sua própria dinâmica interna parecia ser capaz de explicar o desenvolvimento e a mecânica do crash.
O outro, Thomas Piketty, em seu best-seller “O capital no século XXI” (Ed. Intrínseca, 2014), distinguiu entre dois tipos de famílias: aquelas que possuem capital – como terra, habitação e ativos financeiros que geram aluguel, dividendos e juros – e aquelas famílias que possuem apenas o seu trabalho, que gera apenas salários, mostrando que, ao longo do tempo, os retornos do capital tendem a crescer mais rápido do que a economia como um todo, fazendo com que a riqueza fique cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.
Raworth usa essas análises para defender que a ênfase contínua dos governos no crescimento econômico, se não for controlada, nos mantém no caminho da degradação ambiental e das crescentes desigualdades sociais.
Raworth tem uma série de ideias-chave fascinantes. Em primeiro lugar, ela está indubitavelmente certa ao dizer que os formuladores de políticas precisam de uma compreensão muito mais completa da antropologia humana do que a fornecida por modelos econômicos simples – as necessidades e os desejos não são ilimitados, ou pelo menos não precisam ser. Qualquer indivíduo – ou mesmo sociedade – tem a capacidade de recuar e dizer “já chega”.
Ela também está certa ao criticar a medida do crescimento econômico, o PIB, tantas vezes utilizado pelos formuladores de políticas e pelos analistas como um indicador de bem-estar. Ele ignora completamente as contribuições feitas pelo trabalho não remunerado em casa, pelos nossos recursos compartilhados (como a economia digital ou os nossos espaços públicos – às vezes chamados de “bens comuns” [the commons]) e pelo Estado para o nosso bem-estar geral. Ele também não leva em conta se o crescimento é “sustentável” ou não, pois não contabilizamos a depreciação dos ativos naturais no nosso sistema de contas nacionais.
Em vez de ficar obcecada com o crescimento do PIB, Raworth argumenta que devemos procurar criar uma matriz de indicadores diferentes para monitorar o bem-estar da nossa nação e do mundo: mortalidade, conquistas educacionais e afins.
A análise que Raworth fornece é forte. Eu concordaria com ela se ela tivesse parado ao analisar aquilo que não funciona na sociedade e na economia hoje, e se não tivesse entrado no mundo das previsões e das prescrições. Sugerir que os países ocidentais ignorem completamente o crescimento do PIB e se concentrem em outros bens humanos, em grande parte por causa de futuras restrições ambientais, leva a uma receita desnecessariamente dura – e politicamente inconcebível.
Eu acho que ela está errada em sua conclusão de que a economia mundial é um jogo de soma zero: o crescimento econômico nos países em desenvolvimento não significa necessariamente uma diminuição do crescimento nos desenvolvidos.
O que importa é o tipo de crescimento que buscamos: é muito mais fácil imaginar um crescimento sustentável baseado no uso de TI e big data do que baseado na manufatura. Ela também desconsidera muito o poder da economia e a possibilidade de que a tecnologia seja capaz de fazer uma diferença real para lidar com problemas ambientais como as mudanças climáticas, já que os preços mudam com o passar do tempo para refletir a escassez de recursos naturais e para incentivar a inovação. “O crescimento verde em países de alta renda absolutamente não está no horizonte: em vez disso, é hora de ‘virar verde’ sem crescimento”, afirma ela.
Nisso, ela segue uma linha de pensamento que pode ser rastreada através dos debates sobre o relatório do Clube de Roma de 1972, “Os limites do crescimento”, até se chegar a Thomas Malthus, que previu que o crescimento populacional do mundo inevitavelmente seria limitado pela disponibilidade de alimentos.
Raworth é otimista quanto ao futuro, pedindo que a economia seja reformada por meio de uma perspectiva de sistemas e que as atividades dos negócios, desde o seu início, sejam projetadas para serem distributivas e regenerativas. Ela se baseia em um grande número de exemplos do que isso significa – de sistemas monetários alternativos em assentamentos informais na África oriental até bancos de tempo suíços para uma economia compartilhada.
Por mais impressionantes que possam ser, no entanto, eles parecem ser de uma escala muito pequena e peculiares aos seus contextos a ponto de fornecerem um modelo para uma reformulação total da economia mundial.
Mazzucato, por sua vez, também ataca o PIB, como definido atualmente, mas a partir de um ângulo diferente. Assim como Raworth, ela critica a suposição implícita de que o valor não pode ser criado por cuidadores, por bens que são comercializados mas não precificados e, em particular, o fato de que a medida não captura qualquer criação de valor por parte do Estado. Ela pede que abramos o debate sobre o que se entende por “valor” econômico, para além daquilo que se vê no preço de bens e serviços.
Ao contrário das teorias de Aristóteles, Adam Smith, David Ricardo ou Karl Marx, observa ela, os economistas neoclássicos modernos tendem a se apoiar em uma teoria do valor subjetiva e não objetiva. O valor está nos olhos de quem vê, não no suor do trabalhador, ou, como ela diz, o preço é igual ao valor.
Para Mazzucato, em uma medida melhor da riqueza da nação, os serviços financeiros sairiam da nossa medida do bem-estar de uma nação, e entraria uma parcela significativa dos gastos do governo.
Em muitos aspectos, Mazzucato está certa. Não importa que o PIB seja um indicador pobre do bem-estar; ele é uma medida pobre da riqueza gerada na economia. Todas as transações incluídas na nossa definição do PIB são medidas como os preços pagos por elas no mercado, quando disponíveis, ou como uma soma das rendas de todos na economia.
Seu pesadelo particular sobre o PIB, porém, é de que, nas definições-padrão, o valor do governo é simplesmente a soma dos salários do setor público – nem mais, nem menos. Grande parte do trabalho dela tenta mostrar que o Estado é de fundamental importância para impulsionar a inovação e a riqueza, enfatizando, por exemplo, o papel do apoio do governo dos Estados Unidos no sucesso das grandes empresas estadunidenses de tecnologia, como a Apple, ao lado da iniciativa privada.
Em um retorno ao grande governo, ela argumenta que o Estado deve ser ativo no objetivo de criar “valor público” na sociedade e na economia.
Em “Mission Economy: A Moonshot Guide to Changing Capitalism”, ela nos encoraja a aplicar “o mesmo nível de ousadia e experimentação aos maiores problemas do nosso tempo” em comparação com aquele aplicado pelos Estados Unidos em 1962, quando se propôs a enviar um homem à Lua antes do fim da década.
De acordo com Mazzucato, em vez de começar com a presunção de que as preferências da sociedade (por exemplo, uma redução na desigualdade, um aumento na resiliência do sistema de saúde ou um desejo de enfrentar as mudanças climáticas) serão reveladas no mercado, ela quer que invertamos a fórmula tradicional, com o Estado criando aquilo que ela chama de “missões” para uma ação mais ampla do setor privado. Uma missão poderia envolver muitos desafios diferentes: no caso, digamos, de “saúde e bem-estar do cidadão”, eles poderiam variar da qualidade do ar à saúde dos adolescentes, à solidão e ao combate à demência. Parece difícil argumentar contra o desejo de que o governo se concentre em desafios difíceis e complexos que afetam a essência do nosso bem-estar.
Mas, como observou o economista italiano Alberto Mingardi, a visão de Mazzucato é muito ousada ao afirmar que a intervenção governamental não é apenas “propícia”, mas de fato “necessária” para que a inovação emerja.
Uma das fraquezas de Mazzucato é que a sua evidência empírica da importância do Estado na promoção da inovação é fraca. Como destacou Mingardi, é difícil estabelecer o papel do Estado olhando para as evidências, como ela faz, apenas dos últimos 50 anos – um período durante o qual os gastos do governo cresceram de cerca de 10% do PIB para mais de 40% em praticamente todas as democracias ocidentais.
Em muitos aspectos, seria surpreendente se essa escala de investimento público não tivesse produzido alguns empreendimentos inovadores ao longo do caminho. O que não está claro é como Mazzucato pode explicar a Revolução Industrial durante o século XIX, em relação à qual seria difícil afirmar que foi alimentada pelos gastos do governo.
Ela também ignora o papel que os consumidores desempenham em uma economia de mercado, negligenciando o fato de que a inovação não tem a ver apenas com o progresso tecnológico em si mesmo, mas sim ao atendimento das necessidades dos indivíduos na sociedade.
Uma pergunta melhor talvez seria se o governo é o “melhor” estimulador da inovação, ou se as empresas e os indivíduos privados poderiam se sair melhor com a mesma quantidade de dinheiro disponível.
Mas Mazzucato está certa em abrir o debate sobre o valor e sobre como o valor é expressado e medido – tanto no mercado quanto na esfera pública. Até mesmo economistas tradicionais estão questionando agora se o boom nos serviços financeiros, por exemplo, no período que antecedeu a 2008 realmente contribuiu para o crescimento econômico.
Na minha opinião, o problema com a economia surge, na realidade, quando os economistas ultrapassam o limite, ou quando as deliberações econômicas são aplicadas acriticamente, sem referência às instituições, cultura e normas predominantes.
Em termos simples, os problemas surgem quando nos tornamos uma “sociedade de mercado” em vez de uma “economia de mercado”, e quando o preço de um produto ou serviço passa a ser equiparado ao seu valor.
Tanto Raworth quanto Mazzucato fazem questão de enfatizar que os mercados estão necessariamente “embutidos” nas instituições e na sociedade, moldados tanto pela regulamentação, quanto pelas normas e pela cultura. A importância das normas sociais é um ponto destacado por Mark Carney em suas conferências e em seu novo livro, “Value(s): Building a Better World for All”.
Uma leitura mais nuançada de Adam Smith e Milton Friedman do que às vezes retratada pelos críticos do livre mercado sugere que eles entenderam esse ponto com clareza. Carney cita o elogio de Friedman ao valor para o acionista, que, observa ele, inclui uma advertência frequentemente esquecida: “A responsabilidade de um executivo corporativo é ganhar o máximo de dinheiro possível, conformando-se às regras básicas da sociedade, tanto aquelas incorporadas na lei quanto nos costumes éticos”.
Embora Raworth e Mazzucato sejam suaves em relação ao modo como a “ética” e a “moral” devem ser restauradas ao pensamento econômico, Carney argumenta que elas são fundamentais para fazer o capitalismo servir à sociedade.
Na opinião de Carney, a resposta para o debate preço/valor não está em se livrar dos mercados, mas em criar as instituições certas nas quais eles possam prosperar e os valores humanos certos para apoiar a sua operação eficiente.
Carney concentra sua crítica ao capitalismo naquilo que ele descreve como a “tragédia do horizonte”, particularmente crítica em relação ao combate contra as mudanças climáticas, uma batalha na qual ele se colocou à frente agora.
Essa “tragédia do horizonte” significa que as pessoas subestimam o impacto das suas ações no futuro – dito de modo mais simples, elas tendem a não se preocupar com o futuro, até que ele as atinja. Como os impactos catastróficos das mudanças climáticas recairão amplamente sobre as gerações futuras, a única maneira de seguir em frente é começar a se comportar de forma diferente, valorizando o futuro com mais força hoje.
Mas há uma nota de otimismo. Carney argumenta que, durante a crise da pandemia, os valores mais profundos das pessoas foram revelados, valores que não se refletiram nas economias de mercado até o momento. “Os valores do dinamismo e da eficiência econômicos se somaram aos da solidariedade, da justiça, da responsabilidade e da compaixão”, afirma. E, para quem se preocupa com as perspectivas de ação contra as mudanças climáticas, ele defende que a sociedade está começando a valorizar mais a sustentabilidade, que é “uma pré-condição para a solução da crise climática”.
Carney tenta lidar com essa “tragédia do horizonte” trazendo para a mesa a obra do jurista Cass Sunstein e dos economistas Tim Besley e Torsten Persson. A obra deles, diz ele, mostra que o recente aumento no apoio às causas verdes, especialmente entre os jovens, pode ter um efeito bola de neve, em que a demanda dos consumidores catalisará investimentos em tecnologias verdes e tornará o ambiente político mais “verde” em um ciclo de autorreforço. No fim, os preços refletiriam melhor o desejo da sociedade por produtos mais verdes e abordagens mais sustentáveis, ajudando os esforços da sociedade para enfrentar as mudanças climáticas. “É assim – afirma ele – que os valores impulsionam o valor.”
Apesar de toda a sua ênfase nos valores, Carney não faz referência à sua fé católica ou à influência dela em seu pensamento em sua série de conferências. Uma economista menos conhecida, Mary L. Hirschfeld, é mais explícita sobre a influência da teologia católica em seu pensamento no livro “Aquinas and the Market: Toward a Humane Economy” [Tomás de Aquino e o mercado: rumo a uma economia humana, em tradução livre].
Na opinião dela, o homo economicus também deve ser rejeitado por ser muito simplista e por ter uma noção muito unidimensional dos seres humanos. Em vez disso, ela defende que deveríamos retornar a um mundo de duas camadas, como pintado por Aquino, em que os humanos podem ser guiados pelas suas emoções e paixões, mas também são capaz de guiar essas paixões à luz da apreensão da razão sobre o verdadeiro e o bom.
Por isso, o homo economicus e modelos econômicos simples são úteis para analisar escolhas básicas, mas têm pouca relevância em situações em que os humanos escolhem agir de acordo com a sua razão superior.
Nessa compreensão mais sofisticada do mundo, a questão sobre como pensar a natureza de duas camadas da razão humana é central, assim como a preocupação com o impacto que a cultura tem sobre o equilíbrio entre as duas camadas e a nossa capacidade de pensar sobre como a cultura molda a nossa capacidade de buscar o genuíno florescimento humano.
E, finalmente, embora a pesquisa empírica molde a economia, ela nunca poderia substituir as discussões filosóficas e teológicas sobre o bem e a felicidade humanos.
Em suma, o capitalismo pode precisar ser reformado, mas, em última análise, somos nós, as partes interessadas, os criadores e os tomadores, que devemos mudar, se quisermos avançar na direção de uma economia mais justa e sustentável.
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Por uma economia humana e radical: agregando valor ao capitalismo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU