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“O Instagram arrasa porque soube cruzar ego e capitalismo”. Entrevista com Sarah Frier

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12 Setembro 2020

Na livraria do bairro da analista da Bloomberg, Sarah Frier, em San Francisco [Estados Unidos], os livros não estão ordenados por assuntos, nem autores, mas por cores, para que fiquem bonitas as fotos dela que os usuários postam no Instagram: sua melhor publicidade. Do mesmo modo, nossa imagem, comércio, leituras, formação, ideologia, resultados eleitorais... A vida inteira já passa pelas plataformas digitais que agora querem se tornar também nossos bancos, universidades, cinemas, teatros, igrejas... E aí o Instagram: uma feira de vaidades, mas também de marketing, que está reconvertendo nossos modos de produção. Nossa digitalização ainda não encontrou seus limites e o Instagram continua crescendo graças ao nosso ego e a nossa cobiça que não se contêm.

Sarah Frier é autora do livro “Sin filtro. La historia secreta de Instagram”.

A entrevista é de Lluís Amiguet, publicada por La Vanguardia, 11-09-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Por que o Instagram cresceu tanto e tão rápido?

Porque permite a milhões de pessoas se mostrar ao mundo como gostariam de ser.

Só cresce pelo ego?

E por ambição, já que essa aspiração dos mais de 1 bilhão de usuários do Instagram se converte em dinheiro real para muitos.

Uma combinação irresistível.

O Instagram arrasa porque soube cruzar ego e capitalismo. É uma rede aspiracional.

É como quem mostra fotos de sua última viagem, que não poderá voltar a pagar?

Como quem mostra um estilo de vida idealizado que com as fotos e os filtros que proporciona a qualquer usuário – porque é facilíssimo de usar – parece real e cotidiano.

Como nas revistas de fofoca de outrora?

Estas revistas são a cultura analógica da qual a plataforma parte. É que, além disso, no Instagram, você não precisa se imaginar uma princesa ou estrela do rock, porque nele você sempre é a protagonista. E mostra suas fotos da praia para seus amigos e acredita que é para o mundo inteiro, que aparecem ao lado das fotos dos famosos.

Se a Hola ou Hello tivesse conseguido isso, ainda seriam o grande negócio que foram.

No Instagram você mostra um estilo de vida que possa ser seguido e até invejado em muito pouco tempo por milhões de pessoas, e há milhões de usuários que postam no Instagram imagens de suas vivências, de hora em hora.

Não pode se tornar doentio?

Mas também se tornou, em apenas dez anos de existência, um dos melhores negócios da história. Tanto que Mark Zuckerberg se apropriou dele para que não fizesse sombra ao Facebook.

Referia-me a doentio para o usuário, que posta a foto de cada prato que come.

E até de cada café muito bem apresentado ou de cada exercício físico com sua roupa nova, que tanto você gosta, que custou e que acabou de comprar. Ou com o seu cachorrinho – muito fofo – com seus lacinhos.

Pode ser esgotador.

Tão esgotador como é o nosso ego quando não sabemos administrá-lo. Por isso, é importante ter a maturidade suficiente e ser capaz de se distanciar dessa competição de glamour non stop. Eu recomendo abstinência digital de vez em quando para descobrir que você pode ter vida sem que ninguém a veja.

Você está no Instagram?

Sim, mas o utilizo muito pouco.

Quantos seguidores você tem?

Só 3.800. Eu sou mais do Twitter, que oferece conteúdos e informação. O Instagram é pura imagem. Entrei nele apenas para poder escrever este livro. Interessam-me, sobretudo, as lutas de poder e dinheiro que o controle destas redes gerou.

Por quê?

Porque é a última fronteira do capitalismo mais avançado em plena ebulição.

E o que vê nela?

Mark Zuckerberg acumulando um poder imenso e acabando com todos os que lhe fazem sombra, como ao comprar o Instagram.

O capitalismo acabará com esses gigantes ou eles é que acabarão com o capitalismo?

Correm rumores nos mercados de uma rápida intervenção regulamentadora para evitar esses monopólios.

Retornará a Sherman Act que colocou fim ao monopólio da ATT e da Microsoft?

Sim, mas neste caso falamos do Facebook e Instagram: cresci, como toda a minha geração, junto a essas plataformas.

O que os mais de 1 bilhão de instagrammers ganham em troca de seu tempo?

Aceitação digital: a sensação de que o que está vivendo é bem recebido pelos outros e o sonho de que seja inclusive invejado.

E onde está o dinheiro?

Nessa intersecção entre ego e capitalismo. Porque não existe apenas ego para todos no Instagram, também se divide dinheiro. Mais de 200 milhões instagrammers tem mais de 50.000 seguidores, que é a audiência requerida para se começar a viver dela.

Como?

Como influencers, representando e recomendando marcas e avaliando tendências de consumo. Menos de um centésimo deles têm mais de um milhão de seguidores.

Quantos têm mais de um milhão?

Cerca de seis milhões de instagrammers têm essa audiência milionária ou maior.

Se nós, humanidade, somos 7,7 bilhões de pessoas, representaria um em cada sete.

Sim, são números estonteantes, mas pense que muitos seguem a muitos. E juntos formam um negócio formidável.

Sem barreiras de idioma, nem culturais?

No Instagram, a história não se explica com palavras, mas com imagens, a linguagem universal e eterna da humanidade.

E se desaparece em quatro dias e surge outro aplicativo e nos esquecemos do Instagram?

Em minha livraria favorita de San Francisco, os livros não estão ordenados por títulos, nem autores, mas por cores. E ao lado tem uma sorveteria completa, porque vende sorvetes preciosos para as fotos do Instagram. Ninguém os come. São para alimentar o ego.

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