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Covid-19 e 30 milhões a mais de pobres na América Latina e Caribe

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08 Julho 2020

“Os cenários são pessimistas: o aumento da taxa de desemprego, o aprofundamento da desigualdade de gênero e a saturação do trabalho não remunerado, isolamento social, aglomerações, implementação de instrumentos de controle e geolocalização, polarização política, bem como toques de recolher, repressão e militarização (Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador) e aproximadamente 30 milhões de pessoas mais pobres em um horizonte que não vê recuperação no curto prazo”, escreve Ximena Roncal Vattuno, economista, doutora em Economia Política do Desenvolvimento, em artigo publicado por Alai, 07-07-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

O impacto da covid-19 nas economias da região deixou de lado os cenários positivos de recuperação projetada do crescimento em 2020, mudando de maneira radical o cenário das atividades econômicas e inclusive da acumulação de riqueza.

No relatório sobre o impacto econômico na América Latina e Caribe pela pandemia de coronavírus, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), calcula que na América do Sul a atividade econômica terá uma queda de 5,3% do PIB, enquanto o desemprego aumentará em 3,4% e incidirá de maneira negativa sobre a renda das famílias, dificultando as suas possibilidades de contar com os recursos necessários para as necessidades básicas.

A Cepal adverte um incremento de 5% na taxa de pobreza, equivalente a 28,7 milhões de pessoas a mais que viverão em situação de pobreza, enquanto que à pobreza extrema se acrescentará 2,5%, passando de 11% a 13,5%, em relação a 2019, o que representa 16 milhões de pessoas nesta precária situação. No Caribe, embora a projeção seja de uma queda de 2,5% do PIB, a taxa de desemprego será muito mais elevada e inclusive a falta de emprego será mais grave que a registrada durante a crise financeira mundial, a queda da demanda de serviços do setor turismo, intensivos em trabalho e principal fonte de empregos terá um impacto negativo de quase 50%.

Essas cifras refletem um contexto devastado e de paralisia econômica, de crise pandêmica com elevados custos humanos, de precários sistemas sanitários colapsados e onde foram os Estados os principais atores e responsáveis em aplicar uma série de medidas de política econômica e políticas em saúde para defender a renda, conter a propagação do vírus e da profunda crise que cai sobre a região.

Deve se agregar a esse cenário a queda da atividade econômica mundial e seu deteriorado funcionamento, de maneira particular nos Estados Unidos, uma conflituosa Europa e a reduzida demanda chinesa, que reduziu em 25% as exportações regionais ao país, neste ano. Do mesmo modo, na região existem setores produtivos de países inseridos em cadeias globais de valor nas quais o país asiático exerce um papel fundamental. “Os países mais expostos são a Argentina, Brasil, Chile e Peru”, os maiores exportadores de produtos como minério de ferro, minério de cobre, zinco, alumínio, soja, azeite de soja à China.

Branko Milanović defende que a crise da economia mundial é de longo prazo e suas origens remontam “mais além do crash financeiro de 2008 e do mal-estar criado pela globalização. É provável que sua origem seja o êxito impressionante e algo inesperado da introdução de relações capitalistas em todos os âmbitos da vida, inclusive nossas vidas privadas e, significativamente, a política”.

O impacto sobre o comércio na América Latina e no Caribe se reflete em termos de volume e preço, especialmente matérias-primas, que são mais vulneráveis a preços mais baixos. Nesse novo panorama, destaca a Cepal, o valor das exportações da região cairá 15%, acompanhado por uma redução de preço de 8,8% e uma contração em volume de 6%, em decorrência da forte contração na demanda mundial.

Em termos de fluxos de remessas, a queda está sendo dramática, com efeitos significativos sobre a atividade econômica, mas especialmente para as famílias. O Banco Mundial previu a maior queda nos fluxos de remessas para a América Latina e o Caribe e para o mundo. A Cepal, por sua vez, indica que entre 80% e 90% das remessas são usadas para cobrir as necessidades básicas de receber famílias, como alimentação, saúde e moradia, para que sua contração tenha impacto no consumo e na incidência de pobreza. Além disso, o México e a América Central estão expostos à contração da economia dos Estados Unidos principalmente pela redução das remessas de migrantes. No caso do México, a queda no preço do petróleo é adicionada.

Além dessa situação, o crescimento do endividamento global e a reativação do dispositivo da dívida na América Latina e no Caribe, por meio de empréstimos concedidos por organizações financeiras internacionais, particularmente o Fundo Monetário Internacional, que com a garantia dos Estados Unidos, mais uma vez exerce controle econômico e político sobre a região. Até a presente data, o Fundo aprovou 14,78 bilhões de dólares, destinados a 13 dos 17 países que solicitaram os recursos para enfrentar a pandemia.

A covid-19 acelerou as mudanças que já estavam em andamento na geopolítica mundial nas últimas décadas: o declínio da hegemonia do capitalismo de mercado dos EUA e a queda em seu crescimento, além da incapacidade do governo Trump e sua renúncia a assumir a liderança no controle da pandemia. A ascensão do capitalismo de estado chinês, seu nível de avanço científico e tecnológico e o papel assumido no controle e combate da epidemia, sua maior presença no hemisfério latino-americano e seu objetivo visando a recuperação de seu espaço econômico como potência global.

Os cenários são pessimistas: o aumento da taxa de desemprego, o aprofundamento da desigualdade de gênero e a saturação do trabalho não remunerado, isolamento social, aglomerações, implementação de instrumentos de controle e geolocalização, polarização política, bem como toques de recolher, repressão e militarização (Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador) e aproximadamente 30 milhões de pessoas mais pobres em um horizonte que não vê recuperação no curto prazo.

 

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