Em meio à pandemia, EUA atacam o papa

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21 Abril 2020

A imagem da oração solitária do Papa Francisco na Praça de São Pedro também irrompeu no coração dos ateus, mas, no Vaticano e nos ambientes ultracatólicos, há quem trabalhe para transmitir a mensagem de que o coronavírus é a punição divina pelas culpas de Bergoglio.

A reportagem é do jornal La Repubblica, 20-04-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O episódio do programa “Report”, de Sigfrido Ranucci, transmitido nesta segunda-feira à noite, 20, no canal Rai3, é uma viagem ao longo pela última fronteira da guerra no Vaticano.

Assista abaixo a um trecho do programa, em italiano:

John-Henry Westen, diretor do site ultracatólico Lifesitenews, que fala de “traição do papa contra nosso Senhor” e conecta diretamente o “sim” de Francisco “às comunhões sacrílegas a divorciados e recasados” com a punição da pandemia.

Sites e pregadores estadunidenses chegam a acusar Bergoglio de idolatria por ter acolhido no Vaticano, depois do Sínodo sobre a Amazônia, as estátuas da Pachamama, uma divindade inca. Teses desconcertantes que – revela o “Report” – também têm seus pontos de referência no Vaticano: no arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos, mas sobretudo no poderosíssimo cardeal Raymond Burke, membro do conclave, que não tem boas relações com Bergoglio.

Do Vaticano aos poderes fortes estadunidenses que controlam a política, o passo é curto. Burke é presidente da fundação filantrópica Sciacca (da qual Salvini é chefe do comitê científico) e ex-presidente da Dignitatis Humanae, que faz referência a Steve Bannon, estrategista de Trump.

“Chegou à Europa um bilhão de dólares das organizações ultracristãs estadunidenses para financiar movimentos e associações de extrema direita e colocar o papa em crise.”

Dinheiro que – explica o “Report” – também chega ao grupo europeu de Giorgia Meloni [política italiana que lidera o Brothers of Italy, partido conservador italiano, e ex-ministra da Juventude no quarto governo de Silvio Berlusconi].

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