Desmatamento na Amazônia avança em março e registra recorde dos últimos dois anos, aponta Imazon

Desmatamento na Amazônia. | Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

16 Abril 2020

De acordo com o sistema de monitoramento do Instituto, a floresta perdeu 254 km² de área verde. Amazonas é o estado responsável pela maior parte do desmatamento.

A reportagem é de Stefânia Costa, publicada por EcoDebate, 15-04-2020.

O desmatamento na Amazônia cresceu 279% em março de 2020, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o SAD, Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon, 254 km² de floresta foram derrubados no último mês. Esse é o número mais alto registrado nos últimos dois anos. Na avaliação dos pesquisadores do Instituto, uma parcela desse aumento pode estar ligado ao avanço de áreas ilegais de garimpo e ainda à intensa atuação de grileiros.

No acumulado do calendário do desmatamento, de agosto de 2019 a março deste ano, os índices de devastação da floresta também registram aumento de 72% em comparação com o mesmo período do calendário anterior. No topo do ranking dos estados que mais desmatam está o Amazonas. A última vez que o estado liderou o ranking havia sido em junho de 2019. Em seguida vem Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia e Acre. O município que registrou a maior área devastada foi Apuí, no Amazonas. A lista segue com Rorainópolis, em Roraima, e São Félix do Xingu, no Pará, também nas primeiras colocações.

Outro dado trazido pelo boletim é o índice de desmatamento em Terras Indígenas. As TI’s que mais perderam área de floresta foram TI Yanomami (AM/RR), Alto Rio Negro (AM) e Évare I (AM). Além do alerta com a devastação da floresta nessas áreas, também existe a preocupação pela saúde das populações tradicionais que estão mais vulneráveis à contaminação pelo novo coronavírus quando entram em contato com grileiros e garimpeiros, que certamente contribuem para esse desmatamento.

Sistema de Alerta de Desmatamento - Março de 2020. (Fonte: SAD)

 

Leia mais