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‘Os limites da civilidade estão sendo desconstituídos. Eles se nutrem do mal’. Entrevista com Flavio Koutzii

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11 Outubro 2018

O centro do embate entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, na campanha do segundo turno, será a defesa da democracia. E essa campanha se dará em um cenário onde o Brasil vive um processo de apodrecimento do estado de direito, que vem se dando com a conivência e cumplicidade de estruturas do Judiciário. A avaliação é de Flavio Koutzii, uma das principais lideranças do PT no Rio Grande do Sul, ao comentar o resultado da campanha eleitoral que se materializou neste domingo, com um grande avanço da extrema-direita no Brasil. Koutzii definiu o domingo como um “dia doloroso”, mas que terminou com um feito:

“Este domingo, que foi doloroso e marcado por uma enorme dose de incerteza e ansiedade, acabou resultando em uma coisa extraordinária que foi ter conseguido passar para o segundo turno. Não só ficamos mais lúcidos sobre a potência do inimigo, como também podemos nos valorizar mais por termos conseguido o que conseguimos”.

A entrevista é de Marco Weissheimer, publicada por Sul21, 08-10-2018.

Flavio Koutzii também comenta os crescentes casos de violência e agressões patrocinados por apoiadores de Bolsonaro. Com a experiência de quem enfrentou ditaduras militares no Brasil e na Argentina, ele adverte: essa violência tende a aumentar, pois está sendo estimulada e o Judiciário não está fazendo nada. “Eles se nutrem do mal. A boçalidade tornou-se um estado de espírito”. E recomenda:

“Precisamos criar alguns mecanismos mínimos de autodefesa e sair de uma posição um pouco ingênua sobre o que está acontecendo. Isso não era necessário. Passou a ser. Estou falando de coisas mínimas como andar agrupado e não ficar sozinho em certas circunstâncias. As situações estão ficando mais perigosas e os limites da civilidade e do respeito estão sendo desconstituídos”.

Eis a entrevista.

Na tua avaliação, o que representa o resultado da eleição deste domingo e, em especial, o segundo turno que será disputado no dia 28 de outubro?

Sem querer dar uma de profeta depois do fato, mas, nas últimas 48 horas eu estava percebendo alguns sinais do que acabou se configurando neste domingo. Bolsonaro seguia crescendo e a hipótese dele ganhar no primeiro turno era crescentemente ameaçadora. Somava-se a isso, na minha percepção, o fato de que a militância altamente motivada das igrejas evangélicas tinha uma presença nacional e horizontalizada. Não há nenhuma pequena cidade, praticamente, que não tenha um templo deles. Eles têm vasos comunicantes impressionantes, o que ajuda a explicar o ritmo de crescimento que seus aliados tiveram nos últimos dias, fulminando até, em vários casos, as previsões dos institutos de pesquisa.

Esse domingo foi um dia histórico e nem todo dia histórico é, necessariamente, um dia de glória. Também pode ser um dia de tragédias. Quanto mais olharmos para essa ascensão do Terceiro Reich no Brasil, mais entenderemos a dimensão extraordinária, quase épica, de termos chegado para o segundo turno e o valor do que conseguimos. Nas últimas semanas, a ofensiva da direita se materializou em uma sequência diabólica. O “Fuhrer” de Curitiba rapidamente puxa o processo do Palocci. Alguns dias depois, o Ministério Público de São Paulo retoma o tema Lula. Os caras proíbem o Lula de falar, o que é a metáfora da metáfora. Se ele falasse uma vez, isso já seria insuportável para eles, evidenciando o temor que têm dele. E tivemos também o fato extraordinário que foi Bolsonaro ter a oportunidade de fazer sua entrevista solo na Record, enquanto os demais candidatos debatiam na Globo. Isso acabou soldando uma aliança estratégica, não só com Edir Macedo, mas com a esfera das igrejas evangélicas. Esse, na minha avaliação, é um fato crucial que representou uma vantagem estratégica decisiva.

Acredita, então, que essa entrevista é um dos principais fatores para entender a velocidade com que se deu o crescimento dele e de seus aliados na última semana?

Não se trata apenas da velocidade com que isso se propagou nas redes. Essa velocidade foi alimentada por uma central de fake news e de deformações potentíssima, com um centro financeiro. Isso, mais a potência dos evangélicos fizeram com que ficássemos, de certa maneira, bloqueados por uma espécie de muro que foi constituído rapidamente por esses movimentos. Passou a ser um certo muro de contenção acompanhado por um processo de reação permanente aos nossos movimentos. A expressão superior disso foi a extraordinária marcha das mulheres naquele sábado. Foi uma mobilização maravilhosa e inesquecível, mas, ao mesmo tempo, provocou as reações que provocou, o que dá a dimensão macabra do que essa direita fascista pode fazer.

Não é um exagero de nossa parte afirmar isso. O lado fascistoide vem se acentuando a cada 24 horas. Não é uma adjetivação a mais. Significa que o conteúdo substantivo desses procedimentos e das armas com as quais vão se sustentando têm uma potência impressionante. Este domingo, que foi doloroso e marcado por uma enorme dose de incerteza e ansiedade, acabou resultando em uma coisa extraordinária que foi ter conseguido passar para o segundo turno. É preciso lembrar que o inimigo teve, na reta final, uma potência e uma soma de recursos espantosa. Gostaria de sublinhar isso. Não só ficamos mais lúcidos sobre a potência do inimigo, como também podemos nos valorizar mais por termos conseguido o que conseguimos. Eles se nutrem do mal. Pode parecer uma expressão meio estranha, mas é exatamente isso que quero dizer. Hoje mesmo ouvi uma narrativa de uma moça que estava no ônibus e que teve arrancado de suas mãos o livro que estava lendo por um cara. Arrancou e rasgou. Há muitos outros exemplos emblemáticos como este. A boçalidade se transformou em um estado de espírito.

O apodrecimento do estado de direito vem se dando com a conivência e cumplicidade de estruturas do Judiciário. O episódio da entrevista na Record, que já mencionei, é emblemático. A justiça eleitoral não fez absolutamente nada. Se a justiça eleitoral é para cuidar que ninguém atire papelzinho na rua, pode fechar e se dissolver. Ela não teve peito para intervir minimamente. Estou falando do mínimo do mínimo do mínimo. Além da conivência, temos um acovardamento absoluto. Isso está produzindo um cenário de desconstituição de processos elementares da democracia com o qual seguiremos tendo que lidar neste segundo turno.

Aí surge a pergunta clássica e inevitável: o que fazer neste segundo turno?

Há uma possibilidade que pode parecer contraditória neste embate que vamos enfrentar no segundo turno. O centro desse embate é a defesa da democracia. No primeiro turno, nós não entramos no bate-boca – e acho que não tínhamos que entrar mesmo –, mas também não conseguimos fazer uma discussão mais programática. Esse é um tema que deverá ser melhor elaborado agora: como é que podemos valorizar mais o que nós fizemos? Senão o único assunto fica sendo que tem muito bandido na rua, o que é verdade, mas teve muitas outras coisas na rua: teve casa construída, Bolsa Família, acesso à universidade e tantas outras coisas.

Outro tema que está em jogo envolve valores humanitários e democráticos básicos que estão sendo absolutamente desconstituídos. Esse é o leito sobre o qual vamos nos mover. Será um desafio gigantesco até porque teremos muito pouco tempo. Tenho a impressão de que Bolsonaro e sua turma já tem excelentes estrategistas. Esse período final da campanha foi fantástico para ele. O episódio da facada fez com que ele ficasse no hospital e não precisasse falar nem ir a debates. Não sei como eles vão operar, mas certamente ele vai fazer o mínimo possível e será monitorado a cada passo. Tenho certeza que adotarão uma estratégia de baixo perfil.

Enfim, para concluir, temos um cenário extremamente desafiador que se coloca a partir de hoje, um cenário que ameaça solapar e destruir a sociedade democrática, com voto e tudo. Esse é o núcleo da situação que viveremos e precisamos ter isso em mente a cada passo nesta caminhada. Temos que fazer a campanha com essa consciência. Pode ser uma metáfora de mau gosto, mas teremos um tanque na esquina, uma mentira na outra e a democracia absolutamente acuada, com um processo eleitoral no horizonte. Será nestes mares que estaremos navegando.

Além da disputa eleitoral, há um processo de crescente violência nas ruas envolvendo grupos organizados ou não de apoiadores de Bolsonaro. Os casos e tipos de agressão se multiplicam a cada dia. Você citou um deles. Neste domingo tivemos, entre outras coisas, homem votando com revólveres e pistolas exibidas junto às urnas. Como enfrentar esse cenário?

Acho que é algo gravíssimo e que tende se ampliar. Não haverá muito tempo, mas precisamos criar alguns mecanismos mínimos de autodefesa e sair de uma posição um pouco ingênua sobre o que está acontecendo. Isso não era necessário. Passou a ser. Estou falando de coisas mínimas como andar agrupado e não ficar sozinho em certas circunstâncias. As situações estão ficando mais perigosas e os limites da civilidade e do respeito estão sendo desconstituídos.

A nossa campanha no primeiro turno, tal como aconteceu, ajudou a preservar um pouco esses limites, mas a exasperação deles por não terem conseguido nos liquidar completamente tende a aumentar essa tensão na dinâmica da campanha. Recomendo ter isso em conta. Às vezes a gente tem inquietudes envolvendo nossa segurança e olha para os lados antes de abrir a porta do carro. Essa preocupação deve acompanhar daqui em diante os nossos movimentos. A violência deles tende a aumentar por que está sendo estimulada. Ela não está sendo julgada, o Judiciário não intervém, as polícias, às vezes, intervém e, às vezes, intervém a favor deles. Precisamos ter isso em mente na campanha agora para vencer o segundo turno.

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