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''A corrida nuclear inquieta o papa. O risco são as exibições de força de Trump''

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01 Fevereiro 2018

O Vaticano escutou com grande atenção o discurso sobre o Estado da União proferido por Donald Trump. O risco de uma escalada nuclear e o tema dos Dreamers são as questões que a Santa Sé e o Papa Francisco, em particular, observam com maior interesse.

A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada por L’HuffingtonPost.it, 31-01-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Quem os explica é o arcebispo Silvano Maria Tomasi, diplomata vaticano de longa data, número dois do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.

Eis a entrevista.

Donald Trump afirmou que, como parte da sua defesa, os Estados Unidos devem modernizar e reconstruir seu arsenal nuclear. O Papa Francisco, em vez disso, interveio várias vezes para alertar contra a corrida nuclear que envolve riscos para toda a humanidade. Como o senhor avalia essa parte do discurso de Trump?

A segurança e a paz estão intimamente ligadas à justiça e à participação de todos nos benefícios que a tecnologia e os novos conhecimento proveem

As notícias que dizem respeito à modernização e à ampliação dos arsenais nucleares existentes são uma fonte de grande inquietação, venham de onde vierem. Devo repetir a mensagem que o Papa Francisco reiterou repetidamente, também em visita a nós no Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral: “A humanidade corre o risco do suicídio!”. Trata-se de um anúncio, o de Trump, que confirma a vontade de insistir na doutrina da dissuasão nuclear, um aparato ideológico que se esperava que podia ser um simples legado da Guerra Fria.

Pessoalmente, considero que essa posição do presidente estadunidense fundamenta as relações entre Estados na demonstração de força, em vez do diálogo, do respeito pelos direitos humanos e do desenvolvimento integral dos indivíduos e dos povos. Além disso, temo que ela possa desencadear novamente a corrida armamentista entre potenciais perseguidores. O certo é que todo investimento em instrumentos mortais e inaceitáveis, como as armas de destruição em massa, dilapida a riqueza das nações, desestabiliza o debate internacional e lança no desespero a humanidade sofredora.

Em meados de janeiro, quando o Papa Francisco distribuiu a foto do menino de Hiroshima no avião, de partida para a América do Sul, todos nos perguntamos por que o papa, pela segunda vez (isso tinha acontecido na noite de 30 de dezembro, às 21h15, em uma data e em um horário muito incomuns), distribuiu essa foto. O que levou o Santo Padre a essa forte “insistência”?

Francisco afirmou firmemente que é preciso condenar não só o uso de armas nucleares, mas também a ameaça de seu uso, assim como a sua própria posse: trata-se de uma rejeição explícita da doutrina da dissuasão!

A ameaça de uma explosão atômica não é um monstro hipotético, mas uma possibilidade concreta. Por cálculo ou por acidente, se explodir uma das 15 mil ogivas nucleares existentes, corre-se o risco de que a corrente de reações que se seguirá destrua o planeta. Desde Pio XII, primeiro papa da era nuclear, a Santa Sé analisou de maneira realista, até chegar a condenar a doutrina da dissuasão nuclear como inaceitável, por estar fundamentada em uma lógica do medo. O auge dessa evolução foi tocado com o Papa Francisco, que, por ocasião da mensagem aos participantes da Conferência Vaticana sobre o Desarmamento Integral, de 10 de novembro de 2017, afirmou firmemente que é preciso condenar não só o uso de armas nucleares, mas também a ameaça de seu uso, assim como a sua própria posse: trata-se de uma rejeição explícita da doutrina da dissuasão! O Santo Padre assume os sofrimentos e os medos da humanidade e, por isso, confiou-se à poderosa mensagem da imagem daquele menino.

O senhor retornou há alguns dias dos Estados Unidos e, no sábado passado, foi recebido em audiência pelo papa. Qual é a situação que encontrou nos Estados Unidos?

A imprensa estadunidense quis relatar toda uma série de exercícios militares em curso, interpretando-os como uma preparação para uma suposta invasão de um país hostil. Para um dicastério com o mandato de promover a paz, a estratégia desejável é a do diálogo. Um grande país como os Estados Unidos pode servir de abre-alas para um tipo de relações internacionais baseadas na confiança recíproca e na solidariedade. Experiências muito recentes mostram que o uso da força aumenta enormemente os sofrimentos humanos e as dificuldades políticas.

Se um passo novo deve ser dado, é o fortalecimento das estruturas que a comunidade internacional possui justamente para resolver os problemas que transcendem cada vez mais a capacidade de um Estado individual. A segurança e a paz estão intimamente ligadas à justiça e à participação de todos nos benefícios que a tecnologia e os novos conhecimento proveem. A Europa, os Estados Unidos e os países avançados não podem esquecer sua responsabilidade para com o resto da família humana. Além disso, os emigrantes que batem nas suas portas são um contínuo lembrete dessa responsabilidade.

Justamente nos últimos dias, a Associação Americana de Cientistas Nucleares lançou um relatório aproximando em mais 30 segundos os ponteiros do relógio à meia-noite virtual de um apocalipse atômico (apenas para saber, faltam poucos minutos), afirmando que 2017 foi o pior ano da história desse ponto de vista, listando uma série de fatores. O presidente Trump, por outro lado, disse que o “momento mágico” do desarmamento ainda não chegou.

Apocalipse atômico. O risco é real, e é preciso levar a sério os alertas lançados pela comunidade científica mais informada, até porque, nesse clima de tensão renovada entre os Estados dotados com a arma nuclear, não podemos excluir erros de cálculo ou um acidente de qualquer tipo

O risco é real, e é preciso levar a sério os alertas lançados pela comunidade científica mais informada, até porque, nesse clima de tensão renovada entre os Estados dotados com a arma nuclear, não podemos excluir erros de cálculo ou um acidente de qualquer tipo. Por exemplo, em 19 de maio de 2017, faleceu Stanislav Evgrafovič Petrov, um militar soviético, tenente-coronel do Exército Vermelho durante a Guerra Fria. No dia 26 de setembro de 1983, ele identificou um falso alerta de mísseis – tomando decisões difíceis até o limite das suas prerrogativas e dos regulamentos – evitando assim a mais do que provável eclosão de um conflito nuclear mundial. O último episódio em ordem de tempo foi outro alarme falso para um míssil que desencadeou o pânico no Havaí no dia 13 de janeiro passado, deixando os habitantes no desconforto mais angustiante por nada menos do que 38 minutos!

Depois, é preciso considerar que, como tais, os seres humanos muitas vezes agem tomados pelo orgulho, pelo desespero, pelo rancor, pelo medo que beira a loucura ou com base em convicções dogmáticas. Em suma, há uma dança macabra em torno do átomo e os ponteiros da história correm rapidamente.

Há a necessidade de passar rapidamente do equilíbrio da dissuasão para a ética da responsabilidade! A paz deve ser construída sobre o desenvolvimento humano integral dos povos e dos indivíduos, e não ser confiada à ameaça recíproca típica da ostentação da supremacia militar ou simplesmente econômica e geopolítica. De acordo com as análises do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) Yearbook 2017, em 2016, tais despesas atingiram o valor de 1,676 bilhões de dólares, equivalente a 2,2% do PIB mundial ou a 227 dólares por pessoa. O gasto total em termos reais é superior a 0,4% em comparação com 2015, enquanto que, citando a Global Humanitarian Overview 2017 do Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA), para as ajudas humanitárias não se chega ao valor de 23,5 bilhões de dólares, que seria suficiente para responder às necessidades de 141,5 milhões de pessoas em 37 países do mundo em estado de emergência.

Em seu discurso, Trump também reiterou o anúncio feito pela Casa Branca há alguns dias, de querer oferecer cidadania a 1,8 milhões de Dreamers, isto é, ilegais levados aos Estados Unidos pelos pais quando eram crianças, mas, em troca, pediu a construção do muro ao longo da fronteira com o México, a eliminação da loteria para a concessão dos green cards e a “chain migration”, ou seja, a possibilidade de que os imigrantes legais patrocinem seus familiares. O senhor acha que se trata de um desenvolvimento significativo em relação à questão dos migrantes, muitas vezes sob a atenção da Santa Sé durante e depois a campanha eleitoral estadunidense?

É preciso passar rapidamente do equilíbrio da dissuasão para a ética da responsabilidade!

Visto individualmente, o procedimento governamental que permite a naturalização das pessoas que chegaram irregularmente aos Estados Unidos em menor idade, sem dúvida, é um passo à frente em relação à integração completa dessas pessoas na sociedade estadunidense: ele tornaria cidadãos de facto em cidadãos de jure. Sendo um país construído pelas várias ondas de imigrantes que acolheu, o ethos estadunidense considera a imigração como uma força positiva e enriquecedora.

No entanto, para cada nova onda que chega, renovam-se regularmente as polêmicas, os medos, os estereótipos e os preconceitos, que, depois, o tempo dissipa gradualmente. Esperamos que a experiência histórica não seja esquecida nas circunstâncias atuais. Trata-se de pessoas que viveram nos Estados Unidos por pelo menos 10 anos consecutivos.

A insistência das Igrejas e das associações da sociedade civil em uma política de imigração mais humana nasce da convicção de que, no interesse do país e dos migrantes, incluindo os Dreamers, devem emergir da penumbra legal, literalmente, milhões de pessoas que, de fato, fazem parte da sociedade estadunidense, mas estão expostas ao risco de exploração e de recurso à criminalidade por causa da sua condição legal irregular. A tendência da melhor tradição estadunidense é a de buscar uma forma de regularizar as pessoas que já se encontram no país, porque elas também contribuem para o bem comum.

Esse novo plano do governo Trump vai acompanhar a normalização dos canais legais de imigração nos Estados Unidos, mas também a construção do muro com o México.

A prevenção da imigração clandestina é muito mais complexa do que a construção de muros que, na história, nunca pararam o movimento dos povos

A prevenção da imigração clandestina é muito mais complexa do que a construção de muros que, na história, nunca pararam o movimento dos povos. É preciso enfrentar as causas na raiz dos movimentos populacionais. Políticas econômicas e militares que levam à exploração e ao conflito, e ampliam o fosso entre os países e os grupos de bem estar e os da pobreza devem ser revisadas e é preciso oferecer alternativas à emigração. O primeiro direito é o de viver dignamente no próprio país. Dito isso, as migrações, fenômeno estrutural e não excepcional, permanecerão conosco por um longo tempo, e é prudente geri-las com inteligência e solidariedade: é o nosso futuro comum.

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