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Fonte: Religión Digital

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10 Setembro 2021

 

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Marcos 8,27-35, que corresponde ao 24º domingo do Tempo Comum, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

 

Eis o texto.

 

Também no novo milênio continua a ressoar a pergunta de Jesus: «E vós, quem dizes que sou?». Não é para levar a cabo uma sondagem de opinião. É uma pergunta que coloca cada um de nós a um nível mais profundo: quem é hoje Cristo para mim? Que sentido tem realmente na minha vida? As respostas podem ser muito diversas:

«Não me interessa. Assim simplesmente. Não me diz nada; não conto com ele. Sei que há alguns a quem ainda interessa; eu interesso-me por coisas mais práticas e imediatas». Cristo desapareceu do horizonte real dessas pessoas.

«Não tenho tempo para isso. Já faço bastante ao enfrentar-me com os problemas de cada dia; vivo ocupado, com pouco tempo e humor para pensar em muito mais». Nestas pessoas não há lugar para Cristo. Não chegam a suspeitar do estímulo e da força que Ele poderia trazer às suas vidas.

«Acho muito exigente. Não quero complicar a minha vida. É-me desconfortável pensar em Cristo. E, além disso, vem tudo isso de evitar o pecado, exigindo uma vida virtuosa, as práticas religiosas. É demasiado». Estas pessoas desconhecem Cristo; não sabem que poderiam introduzir uma nova liberdade na sua existência.

«Sinto-o muito longe. Tudo o que se refere a Deus e à religião me parece teórico e distante; são coisas de que não se pode saber nada com certeza. Além disso, o que posso fazer para conhecê-lo melhor e entender como vão as coisas?». Estas pessoas precisam encontrar um caminho que as leve a uma adesão mais viva com Cristo.

Esses tipos de reações não são algo «inventado»: já as ouvi eu próprio em mais de uma ocasião. Também conheço respostas aparentemente mais firmes: «Sou agnóstico»; «Adoto sempre posições progressistas»; «Só acredito na ciência». Estas afirmações resultam, para mim, inevitavelmente artificiais, quando não são o resultado de uma busca pessoal e sincera.

Jesus continua a ser um desconhecido. Muitos já não conseguem intuir o que é entender e viver a vida a partir Dele. Entretanto, o que nós seguidores estamos fazendo? Falamos a alguém de Jesus? Tornamo-lo credível com as nossas vidas? Deixamos de ser suas testemunhas?

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