10 Outubro 2018
Acaba de ser publicado Tender un puente (Grupo Comunicação Loyola), o livro de James Martin, sj. Estou verdadeiramente feliz por ver a luz em castelhano.
O comentário é de José María Rodríguez Olaizola, jesuíta e sociólogo, atualmente trabalha na pastoral com universitários em Valladolid e é membro do conselho de redação da revista Sal Terrae, publicado por Religión Digital, 09-10-2018. A tradução é do Cepat.
Sobre este livro, há mais barulho que conhecimento. Porque muitos quiseram o converter pouco menos que em uma heresia, quando na realidade conta com a aprovação eclesial daqueles que têm que revisar se está ou não de acordo com o magistério (e está).
Porque é uma reflexão pastoral, sobretudo, sobre atitudes, assuntos pendentes, e a constatação de situações que não são teóricas, mas reais na vida de muitas pessoas.
Porque a realidade das pessoas LGBTI dentro da Igreja é complexa, e há muitas histórias, sofrimento, perplexidades e incompreensões que se basearam, muitas vezes, no desconhecimento ou no preconceito.
Há também muitas pessoas que para não se deparar com a insegurança de pensar que puderam se equivocar em algo, preferem rotular rapidamente qualquer reflexão que tenha a ver com homossexualidade e igreja como “ideologia de gênero”, e falar de “lobby gay”, evocando conspirações e campanhas, para cavar com maior comodidade trincheiras.
Contudo, a realidade é infinitamente mais complexa, delicada e o respeito é muito mais que necessário. Muitas pessoas só desejam encontrar seu lugar e sentem que algo falha no modo como até agora tal lugar foi descrito – ou silenciado – e apresentado.
Não se deve ter medo de buscar a verdade neste mundo em que o espírito continua nos falando e ajudando a descobrir que Deus é sempre maior.
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“Há muitas pessoas que falam de ‘lobby gay’ para cavar com maior comodidade trincheiras” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU