Região Metropolitana de Porto Alegre apresenta aumento de 0,03% nos postos formais de emprego no mês de agosto de 2016, mas redução nos últimos 12 meses já chega a 3,32%, o que representa uma diminuição de 39.208 postos. Apenas os setores da Administração Pública e da Agropecuária mantêm saldo positivo nos últimos 12 meses na região.
O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publica, abaixo, a “Carta do Mercado de Trabalho”, elaborada pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, tendo como referência os dados do mês de agosto de 2016.
Eis a carta.
A carta do mercado de trabalho produzida pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, apresenta os dados do mês de agosto de 2016 divulgados no dia 23 setembro de 2016, do mercado de trabalho formal no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e no município de Canoas, e tem como fonte os registros administrativos do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os setores econômicos são aqueles definidos pelo IBGE. O conceito de admitidos engloba o início de vínculo empregatício por motivo de primeiro emprego, reemprego início de contrato por prazo determinado, reintegração ou transferência. A noção de desligados indica o fim do vínculo empregatício por motivo de dispensa com justa causa, dispensa sem justa causa, dispensa espontânea, fim de contrato por prazo determinado, término de contrato, aposentadoria, morte, ou transferência. A diferença entre os admitidos e desligados é o saldo, que sendo positivo indica a criação de novos postos de trabalho e quando negativo indica a extinção de postos de trabalho. Estas definições e conceitos são definidos pelo MTE e são aplicadas as tabelas 01, 02, 03 e 04.
Verifica-se na tabela 01 que o mercado de trabalho formal brasileiro registrou, entre admissões e demissões, saldo negativo no mês de agosto de 2016, com 33.953 postos de trabalho com carteira assinada o que representa uma queda de 0,09% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Indústria de Transformação (6.294) foi o setor que mais abriu postos de trabalho enquanto o setor da Construção Civil (22.113) foi o setor que mais fechou postos de trabalho. No ano foram fechados 651.288 postos de trabalho com carteira assinada.
Observa-se na tabela 02 que o mercado de trabalho formal rio-grandense no mês de agosto de 2016 registrou saldo negativo, resultado entre as admissões e demissões, de 1.690 postos de trabalho o que representa uma queda de 0,07% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor de Serviços (2.396) foi o que mais abriu postos de trabalho e a Indústria de Transformação (3.376) foi o setor que mais fechou vagas no mercado formal de trabalho. No estado este ano foi fechado 26.950 vagas com carteira assinada.
Percebe-se na tabela 03 que o mercado de trabalho formal na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) no mês de agosto de 2016 apresentou um acréscimo de 391 postos de trabalho com carteira assinada, uma ampliação de
0,03% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor de Serviços (1.809) foi o que mais ampliou os postos de trabalho ao mesmo tempo em que o setor do Comércio (897) no mês foi o setor que mais fechou postos de trabalho com carteira assinada. No ano foram fechadas 14.669 vagas de trabalho com carteira assinada.
Nota-se na tabela 04 que o mercado de trabalho formal no município de Canoas registrou saldo líquido negativo, entre admissões e demissões, no mês de agosto de 2016, com a redução de 45 postos de trabalho com carteira assinada. O setor de Serviços (108) foi o que mais abriu postos de trabalho e a Construção Civil (66) e o Comércio (66) foram os que mais fecharam vagas. No ano o município reduziu em 654 as vagas de trabalho com carteira assinada.