O mercado formal de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA criou 3.850 postos de trabalho no mês de fevereiro. Um aumento no número de trabalhadores e trabalhadoras mais expressivo que os 2.744 postos criados em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged.
O Observatório das realidades e políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acompanha a questão do trabalho na Região do Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre e mensalmente publica notas abrangendo as movimentações do mercado formal de trabalho.
Dos 31 municípios da RMPA, apenas cinco tiveram saldo negativo na criação de postos de trabalho. São eles: Nova Santa Rita (-51), Eldorado do Sul (-26), Novo Hamburgo (-7), Parobé (-6) e Cachoeirinha (-2). Os demais municípios apresentaram saldos positivos na região, em destaque: Porto Alegre (676), Gravataí (409), Esteio (318), Montenegro (312) e Sapiranga (241).
Os setores que tiveram saldo positivo foram a indústria de transformação (2.300), o setor de serviços (1.599), construção civil (628), administração pública (53) e serviços industriais de utilidade pública (15). O setor que obteve o pior desempenho no mês de fevereiro foi o comércio (-746).
Infográfico: Saldo entre admitidos e desligados por setor na RMPA em fevereiro de 2018
A Região Metropolitana de Porto Alegre representou 38,64% dos admitidos no mês de fevereiro no Rio Grande do Sul; o município de Porto Alegre representou 17,26%.
Sobre o grau de instrução dos trabalhadores e trabalhadoras: 0,15% são analfabetos, 1,54% têm até 5º incompleto, 1,50% têm 5º fundamental completo, 8,40% têm 6º a 9º fundamental, 12,10% têm até o fundamental completo, 12% têm ensino médio incompleto, 48,40% têm ensino médio completo, 5,42% têm superior incompleto e 10,50% têm superior completo.
Infográfico: Grau de instrução dos trabalhadores admitidos em fevereiro de 2018 na RMPA
A desigualdade entre os sexos no mercado de trabalho da RMPA na questão renda apresentou uma melhora para as mulheres em relação ao mês anterior. Na faixa salarial de 4,01 a 5,0 salários mínimos as mulheres são maioria das contratadas neste mês, ainda assim nas demais faixas salariais acima de 1,01 salário mínimo continuam sendo minoria perante os homens.
Infográfico: Percentual de homens e mulheres em cada faixa salarial entre os admitidos em fev/18 na RMPA
Os jovens representaram 49,08% dos trabalhadores e trabalhadoras admitidos no mês de fevereiro na RMPA, divididos em faixas: até 17 anos (5,29%), de 18 a 24 anos (26,73%), de 25 a 29 anos (17,06%).
Infográfico: Quantidade de admitidos em fev/18 na RMPA de acordo com faixa etária
Analisando os jovens e sua inserção nos setores da economia: 51,59% dos trabalhadores e trabalhadoras de até 17 anos que foram contratados em fevereiro estão no setor da indústria de transformação e 45,86% estão no comércio e serviços.
As ocupações em que há mais jovens de até 17 anos inseridos são Auxiliar de Escritório, em Geral (29,25%); Mecânico de Manutenção de Máquinas, em Geral (11,33%); Trabalhador Polivalente da Confecção de Calçados (11,24%); Assistente Administrativo (8,88%); Embalador, a Mão (8,35%).
Na faixa dos 18 aos 24 anos, 70,43% dos trabalhadores e trabalhadoras admitidos em fevereiro estão inseridos no setor do comércio e dos serviços e apenas 23,07% estão inseridos na indústria de transformação.
As ocupações em que há mais jovens de 18 a 24 anos são: Vendedor de Comércio Varejista (7,13%); Auxiliar de Escritório, em Geral (6,39%); Operador de caixa (5,25%); Alimentador de Linha de Produção (4,83%) e Trabalhador Polivalente da Confecção de Calçados (4,12%)
Dos trabalhadores e trabalhadoras de 25 a 29 anos, 71,49% foram contratados no comércio e serviços enquanto apenas 18% foram contratados no setor da indústria de transformação.
As ocupações em que há mais jovens de 25 a 29 anos são: Vendedor de Comércio Varejista (5,94%), Faxineiro (4,88%), Auxiliar de Escritório, em Geral (3,50%), Alimentador de Linha de Produção (3,29%) e Assistente Administrativo (2,14%).
No gráfico abaixo podemos notar que o trabalhador e a trabalhadora mais jovem está se colocando na indústria enquanto o mais próximo dos 30 anos está predominantemente no setor de serviços.
Infográfico: Percentual de jovens admitidos nos setores de serviços e indústria da transformação por faixa etária