O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acessou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE referentes à estimativa populacional de 2013 a 2015 para os territórios do país, estado e municípios.
As estimativas populacionais são, sobretudo, referenciais para o controle e planejamento das políticas públicas. Para esta sistematização, o IBGE adota a relação entre a população atual, o número de nascimentos e óbitos ocorridos no território em determinado período e o número de imigrantes e emigrantes.
A tabela 01 apresenta as estimativas populacionais para diversos territórios de 2013 a 2015. Há, também, a relação de aumento populacional de um ano para o outro. Todas as estimativas populacionais apresentadas se referem ao dia 1° de julho de cada ano.
Nota-se que nos quatro territórios, o aumento de 2014-2015 foi menor em relação ao de 2013-2014. Isto afirma que neste período, apesar de haver aumento populacional, há decréscimo do crescimento.
O Brasil obteve o maior aumento percentual em ambos os períodos analisados, com 0,83% de 2014 a 2015.
O Rio Grande do Sul, por sua vez, obteve o menor aumento em ambos os períodos. De 2014 a 2015, o crescimento populacional foi de apenas 0,36%. Segundo o último censo demográfico (2010) do IBGE, a população gaúcha é a que menos cresce dentre todas as unidades da federação. Deste modo, espera-se que o crescimento gaúcho continue baixo nas próximas décadas.
A Região Metropolitana de Porto Alegre obteve crescimento populacional de 0,44% de 2014 a 2015. Com isso, surge, também, o debate acerca do envelhecimento da população, que gera a necessidade de se abordarem novas políticas públicas que possam garantir os direitos básicos de vida à população e que geram a alocação máxima dos recursos dos quais o estado disponibiliza.
Por fim, o Vale do Sinos, composto por 14 municípios, registrou aumento de 0,50% em sua população de 2014 a 2015, ou seja, aumento superior ao da região metropolitana e também ao do estado.
A tabela 02 mostra as estimativas populacionais nos 34 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre de 2013 a 2015 e o aumento percentual dentre os períodos de 2013 a 2014 e de 2014 a 2015. A maior parte dos municípios teve variação positiva próxima a 1% em ambos os períodos analisados.
Nota-se que os únicos municípios que possuem variações mais significantes são os municípios vizinhos de Capela de Santana e São Sebastião do Caí. O primeiro apresentou um decréscimo populacional de 9,13% de 2013 a 2014, enquanto o segundo apresentou aumento de 6,01% no mesmo período. Além disso, Capela de Santana foi o único município que obteve aumento no crescimento populacional do primeiro ao segundo períodos analisados. Esta variação ocorreu, segundo o IBGE, porque o município de Capela de Santana cedeu uma parte de seu território para São Sebastião do Caí por força de alteração de limites territoriais em 2014.
O município de Nova Santa Rita apresentou o segundo maior aumento percentual no período, de 1,61% de 2014 a 2015. Além disso, o município também se destacou em outros períodos como o município com o maior aumento percentual quanto ao crescimento populacional.