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22 Fevereiro 2016

Um papa pode se irritar e responder, de cara feia, "pare de ser egoísta?" a um fiel exaltado que quase o derruba no chão? Há católicos que pensam que não, e, muito menos o papa Francisco, cujo nome evoca valores de mansidão. "Só faltou falar um palavrão", disse um homem ironicamente nas redes sociais. E por que não?

A reportagem é de Juan Arias, publicado por El País, 19-02-2016.

Desta vez, a raiva do Papa não tinha nada a ver com a indignação contra a violência ou a corrupção. A irritação de Francisco no México, cujas imagens têm percorrido o mundo, é mais banal, mas igualmente emblemática.

É evidente em seu rosto, entre a dor e a raiva, que aquele devoto que o arrastava o estava incomodando. E é possível notar que o reprovava com cara de poucos amigos. Francisco não foi delicado. Foi contundente: "Pare de ser egoísta". E parecia acrescentar: "Chega, me solte".

Por que a explosão do papa Francisco incomodou e até chocou? Talvez porque existe a ideia de que um papa não é feito de carne e osso, não sente ou não deve sentir, apenas aguentar, sofrer estoicamente, como se fosse um anjo ou um robô.  É essa imagem estereotipada dos papas santos ou impassíveis que foi quebrada por Francisco, com seu gesto de raiva e desgosto.

Francisco começou seu pontificado já de forma atípica, apresentando-se desde o primeiro dia como é, com suas qualidades e defeitos, seus altos e baixos, seus sucessos e vitórias, sempre sem escondê-los. E com humor.

Antes de Francisco, nunca um papa havia concedido, por exemplo, entrevistas à mídia sem a preocupação de ser mal interpretado. Seus antecessores, já na idade moderna, só liam o que lhes era escrito; e, se escrevesse, tinha de passar por uma revisão caso deixasse escapar o que o Vaticano considerava inconveniente ou pouco teológico na boca de um papa.

Lembro-me que o Papa João XXIII, que talvez seja o que mais se pareça em seus gestos inesperados e em seu humor com o papa Francisco, quando visitava as paróquias de Roma, costumava falar com as pessoas espontaneamente, de improviso. Depois, olhando para os repórteres que o acompanhavam, dizia: "Melhor tomarem nota, pois é possível que o L'Osservatore Romano me censure amanhã".

Em outra ocasião, o papa João Paulo I, cuja morte, depois de apenas 33 dias de pontificado, continua envolta em mistério, teve a ideia de dizer publicamente, na Praça de São Pedro, que Deus "não era apenas pai, mas também mãe". Como já havia dito o profeta Isaías há milhares de anos, mas, aos ouvidos dos teólogos do Vaticano, soava como heresia. Foi repreendido.

Era assim até a chegada de Francisco, que se recusou a viver prisioneiro nos palácios do Vaticano, preferindo um quarto de uma pensão para sacerdotes, onde é possível vê-lo chegar no corredor com um euro na mão para comprar um café na máquina automática. É o primeiro papa livre, em seus gestos pessoais, das férreas liturgias e teologias dos papados tradicionais.

Se Francisco ganhou a simpatia até mesmo de muitos ateus, é também pela franqueza que o caracteriza, por não esconder o que é, fingindo ser outra pessoa. Com sua espontaneidade, oferece aos outros mais proximidade.

A santidade não tem necessidade das asas puras dos anjos ou dos super-heróis. O cristianismo traz, em sua essência, a encarnação do divino no humano e está sempre permeado de fraquezas. O Deus cristão não é um deus do Olimpo, distante da realidade da vida. E a vida é um mosaico de ações com todas suas tonalidades.

Dar exemplo de vida, como se espera de um papa que carrega nos ombros a responsabilidade de uma Igreja com milhões de fiéis e dois mil anos de história, não significa se transformar em uma estátua de cera. Melhor um papa capaz de controlar todos os seus sentimentos, ou a espontaneidade natural que não esconde nem a dor nem a raiva?

Um papa como Francisco, que luta para defender os necessitados e oprimidos pelo capitalismo selvagem; um papa capaz de compaixão e compreensão com os que escorregam na vida, que vive em harmonia com o que prega, embora mereça a liberdade de se irritar quando pisam em seus pés.

Talvez, então, se pareça menos a um deus para alguns, porém mais capaz de compreender não só o lado sublime dos virtuosos, mas também os erros dos pobres mortais. 

Jesus de Nazaré chamou a si mesmo de "o filho do Homem", nunca "o filho de Deus".


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