A revista Fortune desmente o mito das “grandes riquezas” do Vaticano

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Por: André | 16 Setembro 2014

A revista norte-americana Fortune, especializada em temas econômicos, desmentiu o mito das “grandes riquezas” do Vaticano, e informou que se a Santa Sé fosse uma corporação, nem sequer chegaria perto das 500 mais ricas da sua famosa lista Fortune 500.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 14-09-2014. A tradução é de André Langer.

Em seu artigo intitulado “This Pope means business” (“Este Papa é sério”), a Fortune indicou que “frequentemente é assumido que o Vaticano é rico, mas se fosse uma companhia, não chegaria nem perto da lista Fortune 500”.

A lista da Fortune 500 é encabeçada este ano pela multinacional Wal-Mart, com receita de 476,3 bilhões de dólares, e com a gigante da tecnologia Apple em quinto lugar, com receita de 179,9 bilhões.

O último lugar da sua lista é ocupado pela empresa United Rentals, com receita de 4,9 bilhões de dólares.

A Fortune assinalou que o orçamento operacional do Vaticano é de apenas 700 milhões de dólares, e “em 2013 registrou um pequeno superávit global de 11,5 milhões de dólares”.

A revista estadunidense assinalou, além disso, que a maioria dos ativos mais valiosos do Vaticano, “alguns dos maiores tesouros de arte do mundo, são praticamente sem avaliação e não estão à venda”.

“A Igreja católica é altamente descentralizada financeiramente. Em termos de dinheiro, o Vaticano basicamente está por conta. Essa é uma importante razão pela qual suas finanças são muito mais frágeis e sua situação econômica é muito mais modesta que sua imagem de luxuosa riqueza”.

O Vaticano, indicou a revista econômica, não tem acesso ao dinheiro nem das dioceses nem das ordens religiosas.

Explicou que “cada diocese”, em termos econômicos, “é uma corporação separada, com seus próprios investimentos e orçamentos, incluindo as arquidioceses metropolitanas”.

A Fortune assinalou que as dioceses de todo o mundo “mandam somas consideráveis de dinheiro para o Vaticano cada ano, mas a maior parte deste dinheiro é destinada ao trabalho missionário ou às doações de caridade do Papa”.

O Vaticano, informa a matéria da Fortune, “paga salários relativamente baixos, mas oferece benefícios generosos de saúde e aposentadoria”.

“Os cardeais e bispos das congregações e dos conselhos muitas vezes recebem o equivalente a 46 mil dólares ao ano”.

“Os soldados rasos, incluindo irmãs e sacerdotes, também recebem salários menores aos de mercado”, publicou a revista, mas destacou que “os empregados do Vaticano não pagam imposto de renda”.

“Os empregados leigos do Vaticano têm emprego vitalício e, virtualmente, ninguém sai antes da idade da aposentadoria”, assinalou.