Papa cria comissão para tratar de abusos sexuais na Igreja

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06 Dezembro 2013

O papa Francisco anunciou nesta quinta-feira a criação de uma comissão no Vaticano para lutar contra o abuso de crianças na Igreja Católica e para oferecer ajuda às vítimas.

O anúncio, feito pelo arcebispo de Boston Sean O'Malley, ocorreu após um encontro entre o papa e seus oito cardeais conselheiros.

A criação da comissão se dá um dia após o Vaticano se negar a passar informações à ONU a respeito de abusos cometidos por padres, freiras e monges.

Uma das principais associações de vítimas na Itália disse que tem "pouca confiança" no Vaticano.

A informação é publicada por BBC Brasil, 05-12-2013.

O papa Francisco já chegou a dizer que é vital para a credibilidade da Igreja lutar contra o abuso sexual. No começo da semana, o pontífice expressou solidariedade a vítimas de abuso sexual por padres.

Escândalo

Segundo o cardeal de Boston, a comissão será composta por especialistas e deve fornecer códigos de conduta a membros do clero. O grupo também terá de dar instruções a autoridades da Igreja e cuidar para que a seleção dos seminaristas seja mais acurada.

"Até agora, tem se focado muito na questão juidicial. Mas a parte pastoral também é muito importante. O Santo Padre está preocupado", disse O'Malley.

O cardeal disse que a comissão é parte da política do papa emérito Bento 16. O ex-pontífice é fequentemente acusado de ter feito muito pouco pelo caso.

A comissão vai manter o papa informado sobre programas de proteção a crianças e vai formular sugestões para novas iniciativas, segundo o comunicado do Vaticano.

A Igreja Católica se viu nos últimos anos em meio a inúmeros escândalos de abuso sexual por parte de sacerdotes. No começo deste ano, o Vaticano reforçou suas normas contra abuso.

O Comitê da ONU para os Direitos da Criança apresentou à Santa Sé (que é um Estado independente) um amplo questionário, pedindo detalhes de casos particulares de abuso sexual notificados ao Vaticano desde 1995.

O Vaticano se recusou a responder, alegando que os casos são de responsabilidade de Justiça dos países onde os crimes foram cometidos.

Ainda assim, espera-se que autoridades do Vaticano sejam questionadas pelo tema por parte do Comitê da ONU em janeiro.