A direção geral das Obras Dom Bosco (salesianos) afirma em nota que os processos penal e civil em que ela está envolvida referem-se diretamente à Fundação Eclesiástica Marchesi Teresa, Gerino e Lippo Gerini.

A reportagem é do sítio Vatican Insider, 13-11-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Em 2007 – continua a nota publicada pela agência de informação dos salesianos ANS (Agenzia Info Salesiana) –, a Fundação, para concluir uma longa disputa legal com os que exigiam os direitos de herança, legalmente recebida e reconhecida pelo marquês Alessandro Gerini, falecido em 1990, chegaram a um acordo que a comprometia a dar 15% do valor da herança aos requerentes.

A direção geral das Obras Dom Bosco interveio como fiadora para a Fundação impossibilitada de gerir a soma necessária em dinheiro como proprietária unicamente de imóveis. O valor estimado da herança recebida pela Fundação vê os dois disputantes em desacordo: para a Fundação, o valor total, nas estimativas atuais de mercado, é de cerca de 180 milhões de euros; a contrapartida a avalia em mais de 600 milhões.

A disputa legal – conclui a nota – é, portanto, entre a Fundação Eclesiástica Marchesi Teresa, Gerino e Lippo Gerini e aqueles que reivindicam os direitos de herança do marquês Alessandro Gerini.

"O tesouro dos salesianos em risco": o artigo publicado nessa terça-feira, 13, nas colunas do jornal Corriere della Sera indicava que a decisão era esperada para esse dia, e que "a ordem religiosa fundada por Dom Bosco corre o risco de falência pela apreensão de bens em 130 milhões [de euros]".

No artigo, destaca-se também a existência de uma carta ao juiz escrita pelo cardeal Tarcisio Bertone, salesiano e secretário de Estado vaticano, para evitar esse resultado.