Após mais de oito horas reunidos com índios da
Reserva Estiva, em
Viamão, na Região Metropolitana, representantes da
Fundação Nacional do Índio (Funai) foram autorizados a deixar o local, por volta de 1h30min, após a assinatura de um documento com todas as reivindicações da aldeia, afirmou no início da madrugada desta terça-feira o cacique
Eloir de Oliveira.
A informação é do portal do jornal
Zero Hora, 04-10-2011.
A cúpula da
Funai chegou ao local no final da tarde de segunda para o lançamento de um programa do governo federal para a construção de casas na reserva e foi impedida de sair pelos moradores do local.
— Foi uma reunião tranquila. Não houve nenhum problema de pressão por parte dos indígenas. Vamos levar esse acordo a uma comissão em Brasília - disse o presidente nacional do órgão à Rádio Gaúcha,
Márcio Augusto Freitas de Meira.
Já o cacique da aldeia garantiu que a conversa com os 14 funcionários da entidade não se tratou de uma detenção. Conforme ele, a negociação consistia em um "momento histórico".
— Esperamos que cumpram com o acordado. Quero que fique claro que é uma manifestação pacífica. Ninguém brigou com ninguém. A
Funai teve a oportunidade de ver a realidade das aldeias guaranis no Estado. Pedimos desculpas pelo ato, mas esperamos mais empenho — disse
Eloir ao presidente da
Funai após a assinatura do documento.
— As nossas reivindicações não estavam chegando a Brasília, quando mandavam somente alguns representantes. Então temos que aproveitar ao máximo essa oportunidade — acrescentou.
Além da questão da demarcação de terras, considerada prioridade pelos índios, eles exigem melhorias nas habitações e no fortalecimento da cultura, explicou
Eloir.
A reserva existe há 13 anos na cidade e possui 7 hectares de extensão, onde moram 164 índios em 32 famílias.
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Após oito horas de negociações, cúpula da Funai é liberada pelos índios em Viamão - Instituto Humanitas Unisinos - IHU