25 Setembro 2021
A combinação de cortes no valor e inflação fez com o que o auxílio emergencial perdesse até 78,7% do poder de compra da cesta básica na região metropolitana de São Paulo desde que o programa foi criado, em abril de 2020.
Na época, as famílias recebiam R$ 600 ou R$ 1.200, dependendo do caso. Com o valor mínimo (R$ 600), dava para comprar uma cesta completa de itens essenciais para a alimentação familiar (R$ 556,25), e ainda sobrava um pouco.
O auxílio sofreu cortes e, agora, paga R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. Além disso, a cesta básica subiu 16,9%.
A reportagem é de Filipe Andretta, publicada por Portal Uol, 24-09-2021.
Com o valor mínimo de R$ 150, dá para comprar só 23% de uma cesta básica (R$ 650,50), segundo os dados mais recentes, de agosto de 2021. Os valores da cesta básica são calculados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor de R$ 1.200 era pago no ano passado a mulheres que sustentam o lar sozinhas. Dava para bancar duas cestas básicas e ainda sobravam R$ 87,50. Agora, essas mulheres recebem R$ 375, o que compra 58% de uma cesta básica.
Cestas básicas (Foto: Toninho Tavares | Agência Brasília Flickr CC)
Segundo a reportagem, para manter poder, ou seja, compensar o aumento da cesta básica em São Paulo, o auxílio emergencial em agosto deveria ter sido de R$ 701,66 (contra R$ 600 anteriormente) ou, para mulheres que sustentam a casa sozinhas, R$ 1.403,33 (contra R$ 1.200 anteriormente).
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Com inflação e cortes, auxílio emergencial que comprava cesta básica hoje compra só 23% - Instituto Humanitas Unisinos - IHU