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A “teoria do louco”: Nixon, Trump e Bolton

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06 Abril 2018

“A ideia de Trump e Bolton debatendo segurança nacional e o uso da força na Casa Branca é simplesmente aterradora. Ambos demonstraram ser impulsivos e explosivos até a megalomania”, escreve Melvin A. Goodman, pesquisador do Center for International Policy e professor da Johns Hopkins University.

“A utilização da “teoria do louco” na política internacional é um tema discutível, mas a ideia de ter loucos autênticos em posições de poder é aterradora”, ressalta.

O artigo é publicado por Rebelión, 05-04-2018. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

No início de sua presidência, Richard Nixon disse a seu chefe de gabinete Bob Haldeman que sua estratégia secreta para colocar fim à guerra do Vietnã era utilizar as ameaças de usar armas nucleares. Nixon acreditava que a ameaça do presidente Eisenhower, em 1953, de utilizar armas nucleares permitiu um rápido fim da Guerra da Coreia, e previu empregar o mesmo princípio de ameaçar com a máxima utilização de força. Nixon chamou isso de “teoria do louco”, cujo objetivo era conseguir que os norte-vietnamitas “acreditem... que estou disposto a tudo para cessar a guerra”.

Ironicamente, Daniel Ellsberg, que como se sabe vazou documentos do Pentágono, pode ter sido quem em suas conferências, em 1959, no seminário de Henry Kissinger, em Harvard, apresentou pela primeira vez a teoria do uso político consciente das ameaças militares irracionais. Ellsberg chamou esta teoria de “uso político da loucura”, e destacou que qualquer ameaça extrema seria mais credível se a pessoa que ameaça é percebida como não totalmente racional. Ellsberg não podia imaginar que, em algum momento, um presidente estadunidense considerasse a possibilidade de utilizar uma estratégia deste tipo, mas acreditava que o comportamento irracional poderia ser uma ferramenta útil de negociação.

É de se destacar que Kissinger, que se tornou assessor de segurança nacional de Nixon dez anos mais tarde, dissesse que “aprendi mais de Dan Ellsberg que de qualquer outra pessoa sobre negociação”. E em seu livro “As armas nucleares e a política exterior”, defendeu uma “estratégia da ambiguidade” em qualquer discussão sobre o uso de armas nucleares táticas. Por outro lado, os escritos de Kissinger, nos anos 1950, sugerem que a “teoria do louco” de Nixon era uma versão da tese de Kissinger de que o poder não é tal, caso não se esteja disposto a utilizá-lo.

É claro, não foram utilizadas armas nucleares no Vietnã, mas a guerra secreta em Camboja e os bombardeios massivos no Vietnã foram planejados para obrigar Hanói a fazer concessões aos Estados Unidos. Estas táticas não arrancaram concessões de Hanói e não restringiram a capacidade operacional das forças do Vietnã do Norte, mas Kissinger ficava encantado em “lançar os bombardeios” junto com seu ajudante militar, general Alexander Haig. Era apaixonado por acompanhar a campanha de bombardeios aéreos e navais e exigia estar atualizado com os informes de inteligência sobre suas consequências. Kissinger e Nixon acreditavam na lógica da escalada, ainda que os resultados indicassem sua futilidade e fracasso.

Avancemos agora várias décadas até a situação atual. Os Estados Unidos têm um presidente autoritário que se sente atraído pelo poder e se cercou de conselheiros bajuladores. Recentemente, Trump nomeou como nova diretora da CIA Gina Haspel, que foi central no uso de torturas e abusos sádicos nas prisões secretas. Nomeou um novo secretário de Estado, Mike Pompeo, que defende o uso da tortura e dos maus-tratos, e apoia uma mudança de regime no Irã e Coreia do Norte. E, agora, o novo assessor de segurança nacional, John Bolton, também recomendou o uso da força e uma mudança de regime no Irã e Coreia do Norte.

No ano passado, foram acumuladas múltiplas evidências de que Donald Trump não é apto para servir como comandante-chefe. É um hedonista extremo e desenfreado, para o qual não importam as consequências de suas ações. Seu estilo de vida pessoal, suas políticas de pessoal, suas diatribes no Twitter, e suas ações políticas apontam a um ególatra que exclui qualquer tipo de preocupação. Trump não é um teórico, não estamos falando de uma utilização da “tática do louco”. Ao contrário, o que temos é um presidente que de verdade está “louco”, que nomeou outro “louco” para dirigir seu Conselho de Segurança Nacional.

A ideia de Trump e Bolton debatendo segurança nacional e o uso da força na Casa Branca é simplesmente aterradora. Ambos demonstraram ser impulsivos e explosivos até a megalomania. Os biógrafos de Nixon o descreveram como uma pessoa aguda e analítica, com uma memória notável. Os biógrafos de Trump apontam para sinais perigosos de irritabilidade e agressividade, assim como a uma tendência de conduta enganosa em sua vida pessoal e profissional. Bolton é mais extremista que Trump.

Tanto Trump como Bolton foram vistos envolvidos em discussões irresponsáveis sobre as armas nucleares. Trump disse a alguns entrevistadores que não faz sentido ter armas nucleares, caso não se esteja disposto a usá-las. Bolton segue defendendo o uso da força no Iraque e é a favor de usá-la contra o Irã e a Coreia do Norte. Bolton teve um papel chave na politização da inteligência para justificar a guerra do Iraque e, como embaixador perante a ONU, manipulou a inteligência para fazer declarações falsas na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança a respeito da Síria e de Cuba.

Dois secretários de Estado, Colin Powell e Rex Tillerson, se negaram a aceitar Bolton como secretário de estado adjunto por causa de seus pontos de vista extremistas e tratamento brutal a seus subordinados. É interessante que Bolton já tenha descrito seu trabalho como assessor de segurança nacional como levantar uma barreira para que a burocracia não bloqueie as decisões do presidente. Uma das principais tarefas do assessor de segurança nacional é ser um intermediário honesto, que apresente diferentes pontos de vista ao presidente. Isto claramente não é o modus operandi de Bolton.

Nossa democracia depende em grande medida de que os cidadãos tenham confiança no sentido comum e na sensibilidade de nossos dirigentes. Em um mundo que parece estar fora de controle, simplesmente não é possível ter fé na tomada de decisões de nossa direção atual. A utilização da “teoria do louco” na política internacional é um tema discutível, mas a ideia de ter loucos autênticos em posições de poder é aterradora. No momento de sua dissolução, em 1991, os líderes da União Soviética já não eram credíveis para seus cidadãos. O aumento do cinismo dos estadunidenses e de seus líderes de opinião mudará a natureza de nossa democracia.

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