Por: Jonas | 23 Mai 2014
As revelações feitas pelo ex-analista da CIA Edward Snowden tiveram um “grave impacto na defesa nacional norte-americana”. É o que diz parte de um relatório ultrassecreto do Pentágono sobre as consequências do vazamento de informações sigilosas feitas por Snowden, divulgado nesta quinta-feira (22/05) pelo jornal britânico The Guardian.
A reportagem é publicada por Opera Mundi, 22-05-2014.
O documento de 12 páginas é uma cópia do relatório que foi solicitado pelo Ato de Liberdade de Informação (FOIA, da sigla em inglês) no começo deste ano. Segundo a publicação, a avaliação de impacto presente no relatório foi redigida protegendo informações confidenciais sob ordem presidencial.
A Agência de Espionagem da Defesa Norte-Americana descreve os danos do vazamento para o serviço de inteligência do país como “graves” e “impactantes”. O governo, no entanto, não relatou os detalhes específicos nos quais baseia sua conclusão.
O diretor do projeto sobre Sigilo Governamental da Federação de Cientistas Americanos, Steven Aftergood, questionou a decisão do governo de reter detalhes específicos. “A essência do relatório está contida na afirmação de que ‘o alcance relacionado ao conhecimento relatado compromete as capacidades de inteligência dos EUA de maneira impressionante'. Porém, toda a elaboração feita para chegar a esta declaração foi retida”, disse ele.
O relatório foi distribuído a diversos comandos militares dos EUA ao redor do mundo, em todos os quatro ramos militares.
De acordo com o material, a maior parte dos documentos revelados por Snowden diriam respeito "às operações vitais do Exército, da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e da Força Aérea dos EUA".
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje um projeto de lei que impõe limites ao armazenamento em massa de dados telefônicos feito pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) dentro do território norte-americano. É a primeira vez que o Poder Legislativo dos EUA responde às revelações de vigilância e ciberespionagem feitas em 2013 pelo ex-analista Edward Snowden. Ativistas pelos direitos civis dizem que a proposta é limitada e não vai longe o suficiente.
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Revelações feitas por Snowden são “graves e impactantes”, diz Pentágono - Instituto Humanitas Unisinos - IHU