03 Junho 2025
O ativista Thiago Ávila, do DF, coordena iniciativa; viagem deve durar sete dias pelo mar Mediterrâneo
A informação é publicada por Brasil de Fato, 02-06-2025.
O ativista Thiago Ávila, do Distrito Federal, participa de uma nova missão humanitária rumo a Gaza, organizada pela Coalizão Flotilha da Liberdade. A embarcação partiu da Itália neste sábado (1º) e leva alimentos, medicamentos, filtros de água e próteses infantis para palestinos afetados pelos ataques de Israel. O grupo é composto por 12 pessoas de sete nacionalidades, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg e a deputada francesa Rima Hassan.
"Flotilla de la libertad": el barco de ayuda con el que Greta Thunberg y otros activistas buscan quebrar el bloqueo de Israel a Gaza https://t.co/i6ywCKnrnE
— BBC News Mundo (@bbcmundo) June 2, 2025
“Nosso objetivo fundamental é que essa missão não precise mais existir. Que nenhum país permita mais que o povo palestino sofra contra oito décadas de genocídio, limpeza étnica, […] violações, direito à autodeterminação negado, crianças mortas de fome, hospitais bombardeados, escolas, abrigos, tudo destruído. Nossa missão é a serviço da solidariedade ao povo palestino”, disse Ávila ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato. Ele é o coordenador internacional da iniciativa e destacou que a viagem deve durar cerca de sete dias pelo mar Mediterrâneo.
A ação é uma resposta direta ao bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Desde 2008, a coalizão tenta furar esse cerco por via marítima. Nos últimos anos, as missões têm sido barradas ou atacadas pelas forças israelenses. Em maio, uma embarcação maior da organização foi bombardeada em águas internacionais, sem deixar feridos. Ainda assim, o grupo aposta na mobilização internacional e no apoio popular como forma de garantir a chegada dos suprimentos a Gaza.
“Eles tomam o controle dos barcos, prendem, às vezes torturam as pessoas, sequestram, levam para o porto de Ashdod, em Israel, depois para uma unidade prisional, onde depois de alguns dias as pessoas são liberadas gradativamente, dependendo do papel que cumpriram na missão. Então a interceptação é uma realidade ou pode acontecer ainda pior. […] Nos preparamos para esses cenários, mas esperamos que cheguemos de fato e consigamos ver esse corredor humano para os povos e que continuemos nessa ação direta não violenta”, revela Ávila.
Na visão do ativista, “o mundo cansou de de aceitar esse genocídio e as pessoas, de fato, estão dispostas a fazer mais em solidariedade ao povo palestino”. “Estamos aqui junto com quem está nas ruas, quem faz boicote, quem trava fábricas de armas e quem quebra o bloqueio da imprensa imperialista. É a união de todos esses esforços que pode ajudar a romper esse ciclo”, destaca.
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