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Ciência, poesia, vítimas e consciência no Credo cristão de Niceia, que completam 1.700 anos

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28 Fevereiro 2024

“A ciência diz-nos muito sobre a realidade mas para conhecermos o que se passa no interior da consciência temos de nos abrir à dimensão da poesia, da arte e da literatura”, afirma o padre Peter Stilwell, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (FT-UCP), a propósito de um curso por ele coordenado, sobre os 1.700 anos do Concílio de Niceia, que se assinalam em 2025, em entrevista ao programa 7MARGENS, da Antena 1.

A reportagem é de António Marujo, publicada por 7MARGENS, 27-02-2024. 

O Concílio de Niceia (atual Iznik, cidade turca 100 km a sudeste de Istambul), realizado entre maio e agosto de 325, juntou perto de 300 responsáveis do cristianismo dessa época, sobretudo da Europa Oriental e Ásia Menor. “A consciência tem esta dimensão: eu olho para fora e vejo o mundo à minha volta e tenho uma posição única, ninguém consegue ver a partir do lugar em que estou; a não ser que eu escreva poesia, música, literatura e nas entrelinhas vou intuindo o que o outro está a ver”, afirma Peter Stilwell a propósito de alguns dos temas do curso.

“É nesse nível que se deve ler o livro do Gênesis, que é um dos exercícios que vou propor”, diz Stilwell sobre a iniciativa de formação. Questões como a compreensão da mecânica quântica, que valeu o Nobel da Física ao filósofo dinamarquês Niels Bohr, em 1922, ou o papel das emoções humanas, a partir dos trabalhos do neurocientista português António Damásio, estarão também entre os temas a aprofundar.

Peter Stilwell, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. (Foto: María Solano | Flickr / JMJ Lisboa 2023)

“A realidade mudou” e hoje há “um certo desfasamento entre a vivência religiosa e a vivência cultural”, afirma o professor da FT, da qual foi já diretor durante nove anos. “Que sentido faz dizer que acreditamos em Deus?”, pergunta, para acrescentar que esse é o “desafio” que quer enfrentar no curso promovido pelo Instituto Diocesano da Formação Cristã, do Patriarcado de Lisboa, que teve início no dia 19 de fevereiro e se prolonga até 3 de junho, sempre às segundas-feiras, às 18h15, na Capela do Centro Comercial das Amoreiras, em Lisboa, podendo ser acompanhado também na transmissão online.

Niceia foi o primeiro “concílio ecumênico”, ou seja, a primeira grande assembleia de bispos do mundo cristão da época – coincidente praticamente com o Império Romano. Foi, aliás, Constantino que, tendo aceitado anos antes o cristianismo, quis dirimir a questão colocada por Ário, um padre de Alexandria, no Egito: Jesus Cristo também era Deus ou não? Ário defendia que não, a maior parte dos cristãos considerava isso uma heresia. E foi o debate conciliar que levou à enunciação do Credo e à ideia de que Jesus é “consubstancial ao Pai”, ou seja, da mesma substância de Deus-Pai.

Jesus e a mudança de paradigma

Com Jesus, há uma mudança de paradigma: a ideia do Deus vingativo e violento, que vinha de várias concepções do Antigo Testamento, é contrariada por Jesus, que “revela a bondade de Deus”, ideia que mesmo os seus discípulos não tinham percebido, recorda Peter Stilwell. Citando o livro Domínio, de Tom Holland (ed. Vogais), o entrevistado refere essa mudança trazida pelo cristianismo: passa a ver-se “o lado dos mais frágeis” e não apenas a procurar o bode expiatório.

“Olha-se o mundo a partir da vítima, muda-se o paradigma: passa-se a cuidar dos mais pobres, dos mais frágeis”, afirma, para exemplificar com a guerra que se vive na Faixa de Gaza: “Dos dois lados, [estão] tradições abraâmicas que veem Deus como estando” do seu lado. Mas “o paradigma cristão leva-nos a vibrar com os que morrem na Faixa de Gaza e, claro, com os que morreram e foram brutalmente massacrados no dia 7 de outubro”, afirma Peter Stilwell.

Na mesma lógica, o professor de Teologia pergunta: “Somos capazes de levar por diante um desenvolvimento humano com os desafios que hoje se colocam por causa da situação climática? Com o cuidado pelos que vão ser mais afetados por esta transição?”

Stilwell, que foi já vice-reitor da UCP de 2008-2012 e reitor da Universidade de São José, em Macau (2012-2020), recorda ainda que há “dois livros que contemplamos para refletir sobre Deus: o livro da natureza e o livro da Escritura”. E afirma: “Há quem se esqueça desse livro da natureza, mas é esse acreditar que Deus criou este mundo, e como dizemos no credo de Niceia, ‘Deus pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis’.” Ou seja, “nada existe fora das mãos de Deus: quer a história, quer a natureza, tudo isso deve falar-nos de Deus; se não somos capazes de ver isso, temos de olhar outra vez e aprofundar”.

Responsável do departamento do Patriarcado de Lisboa para a Promoção da Unidade dos Cristãos e do Diálogo Inter-religioso, Peter Stilwell afirma que em vez de os cristãos se digladiarem “em torno de doutrinas ou em torno de questões históricas em que [se ferem] mutuamente”, deviam “olhar para o mundo, carenciado do nosso cuidado e da nossa atenção, para termos este ecumenismo na caridade e na esperança”.

Uma perspectiva que tem a ver com o que significa hoje crer em Deus: “Implica estar sempre disposto a desmontar as nossas certezas; é uma afirmação de que aquele que é a última segurança, a última verdade, está sempre para lá daquilo que eu possa alguma vez ter no bolso”, afirma. E, citando o Papa Bento XVI, acrescenta, sobre o diálogo inter-religioso: “Ninguém se pode arrogar o direito de ter a verdade sobre Deus. O que podemos é irmo-nos aproximando; e essa aproximação faz-se através do diálogo e do diálogo no amor”.

Do Jesus histórico ao Nobel 2023

O curso terá também como referências o pensamento do teólogo luterano alemão Rudolf Bultmann, que recusava reduzir o texto bíblico sobre Jesus ao contexto histórico; ou o teólogo, filósofo e paleontólogo francês, o padre jesuíta Teilhard de Chardin, que tentou construir uma visão integrada entre ciência e religião.

No destaque que fez dos textos publicados recentemente no 7MARGENS, Peter Stilwell sugere o artigo “Quando os amigos nos morrem”, de Maria Luísa Ribeiro Ferreira.

Um texto que fala da “importância que os nossos amigos têm na nossa vida, a maneira como eles nos abrem horizontes sobre nós próprios e sobre o mundo”, comenta. E como sugestão, apresenta o livro de Jon Fosse, Nobel da Literatura de 2023, O eu é um outro (ed. Cavalo de Ferro). “Tem a ver com um dos objetivos do meu curso: tentar perceber o que é a raiz da nossa consciência”, anota sobre este livro. Uma obra de um escritor norueguês que, num país de maioria luterana, se afirma católico e, diz a sua apresentação, fala do amor, da arte, Deus, da passagem do tempo e da morte.

A entrevista pode ser ouvida na íntegra aqui. 

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