Francisco e Bartolomeu concordaram em que seus sucessores se encontrarão em Niceia em 2025

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Por: André | 30 Mai 2014

Niceia, ano 325. O primeiro concílio ecumênico da história assentou as bases da Igreja. Niceia, 2025. 1.700 anos depois, ortodoxos e católicos assinarão o retorno à unidade entre os cristãos? Este parece ser o desejo de Francisco e Bartolomeu, que se encontraram no último fim de semana no Santo Sepulcro, e que concordaram em se encontrar – eles ou seus sucessores – na cidade turca.

 
Fonte: http://bit.ly/1nypBhY  

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 29-05-2014. A tradução é de André Langer.

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, ao voltar de Jerusalém e do histórico encontro com o Papa Francisco no Santo Sepulcro, revelou um importante encontro para a unidade entre católicos e ortodoxos: encontrar-se juntos em 2025 em Niceia, lugar onde aconteceu o primeiro verdadeiro concílio ecumênico da Igreja indivisa.

Falando à agência de notícias AsiaNews, Bartolomeu disse que junto com o Papa Francisco “concordamos em deixar como herança para nós mesmos e os nossos sucessores de encontrar-se em Niceia em 2025, para celebrar todos juntos, após 17 séculos, o primeiro sínodo verdadeiramente ecumênico, de onde saiu o Credo”.

O Concílio de Niceia (atual Iznik, a 130 quilômetros de Istambul) reuniu, em 325, mais de 300 bispos do oriente e do ocidente e é considerado o primeiro verdadeiro concílio ecumênico. Neste concílio foi elaborado o Credo, similar àquele que se recita ainda hoje durante a liturgia, afirmando que Jesus compartilha “a mesma substância do Pai”, contra a ideologia ariana.

Bartolomeu encontrou Francisco 50 anos depois do abraço entre Paulo VI e Atenágoras. O encontro de 1964 rompeu o longo silêncio de séculos entre oriente e ocidente cristãos, com todas as consequências sócio-políticas que surgiram e das quais a Europa ainda se ressente.

O encontro no Santo Sepulcro nestes dias dá um novo impulso ao diálogo entre católicos e ortodoxos, a duas visões cristãs que, não obstante alguma divergências, têm uma visão comum dos sacramentos e da tradição apostólica.

 
Fonte: http://bit.ly/1nypBhY  

“O diálogo pela unidade entre católicos e ortodoxos – disse o Patriarca à AsiaNews – parte de Jerusalém. Nesta cidade, no próximo outono, se realizará um encontro da Comissão Mista Católica-Ortodoxa, acolhido pelo Patriarca greco-ortodoxo Teófilo III. É um caminho longo no qual todos devem comprometer-se sem hipocrisias”.

Jerusalém – continuou – é o lugar, a terra do diálogo entre Deus e o homem, o lugar onde se encarnou o Logos de Deus. Nossos predecessores, Atenágoras e Paulo VI, escolheram este lugar para quebrar o silêncio de séculos entre as duas Igrejas irmãs”.

“Caminhei com meu irmão Francisco nessa Terra Santa não com o medo ou o temor de Cléofas e Lucas no caminho para Emaús, mas inspirado pela viva esperança como nos ensina Nosso Senhor”.