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Niceia: 1700 anos de fé compartilhada. Entrevista com Chiara Curzel

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27 Setembro 2023

No ano 325 d.C., realizou-se em Niceia o primeiro evento ecumênico da história do cristianismo, do qual surgiu uma profissão de fé compartilhada que, há 1.700 anos, representa um elemento no qual os cristãos podem se identificar e encontrar a unidade. A Faculdade Teológica do Trivêneto, na Itália, está organizando um congresso sobre o tema, com aprofundamento histórico-teológico de Emanuela Prinzivalli e reflexões sobre autores e territórios da região da Aquileia.

A reportagem é de Paola Zampieri, publicada em Settimana News, 25-09-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

No limiar de um novo período histórico que, no mundo greco-romano, depois da grande perseguição, inaugurou o tempo da cristandade, a Igreja de Aquileia, Igreja-mãe do nordeste italiano, desempenhou um papel importante: pulmão entre Roma e o Oriente, foi um território onde as visões de Igrejas diferentes encontraram tensões e confrontos, mas foi também uma ponte de diálogo na corrente de transmissão da fé que se abriu, há 1.700 anos, com o Concílio de Niceia, o primeiro evento ecumênico da história da cristandade, do qual surgiu uma profissão de fé compartilhada.

Aproximando-se do aniversário (325-2025), a Faculdade Teológica do Trivêneto está organizando o congresso “Niceia, ida e volta. Trajetórias de um Concílio” (Treviso, 14-10-2023), que reunirá algumas temáticas relativas à comunicação e à recepção do Símbolo Niceno, com uma atenção especial aos autores e aos territórios da região de Aquileia.

A palestra de abertura será proferida por Emanuela Prinzivalli (Universidade La Sapienza, Pontifício Instituto Patrístico Augustinanum, Roma), que fornecerá o enquadramento histórico-teológico do Primeiro Concílio de Niceia. Seguir-se-ão as intervenções dos professores da área de Patrística da faculdade, que organizaram a parte científica do congresso e ilustrarão, em particular, as “trajetórias” desse percurso na região territorial de Aquileia (o programa do evento está disponível aqui).

A Irmã Chiara Curzel, professora de Patrologia e Patrística no Instituto Superior de Ciências Religiosas “Romano Guardini” de Trento e coordenadora do corpo docente da área de Patrística da faculdade, fala a esse respeito.

Eis a entrevista.

Professora Curzel, qual a importância do Primeiro Concílio de Niceia para a cristandade?

Acima de tudo, é o evento em si mesmo que deve ser considerado importante, pois estamos a poucos anos do fim da grande perseguição e nos encontramos no início de um novo período histórico, aquele que inaugura o tempo da cristandade, pelo menos no império greco-romano, mesmo que os cristãos também estejam fora de suas fronteiras.

Reconstituamos o evento: o que aconteceu?

O concílio foi convocado pelo imperador Constantino em 325 para dirimir uma questão de tipo teológico: a chamada questão ariana, que punha em dúvida a plena divindade do Filho em relação ao Pai, a ponto de considerá-lo a primeira das criaturas e, portanto, discutia a própria ideia de Deus e de salvação. O evento reuniu um grande número de bispos, cerca de 300, quase todos da parte oriental do império, embora também houvesse alguns representantes do Ocidente e até de algumas regiões não submetidas a Roma.

Qual é seu traço caracterizador?

Era importante que a questão debatida fosse resolvida de forma sinodal, com a reunião dos representantes oficiais das Igrejas e por meio da elaboração de uma profissão de fé comum, que se tornou, a partir desse momento, prova da reta fé e elemento de comunhão entre as Igrejas.

Quais foram as consequências desse ato ecumênico?

O Credo que daí surgiu certamente é algo novo, porque é a primeira fórmula publicada por um sínodo ecumênico e, portanto, o primeiro a poder reivindicar uma autoridade universal. Ao mesmo tempo, porém, ele é um ponto de chegada que resume as várias aquisições teológicas dos três primeiros séculos da era cristã dentro de uma fórmula compartilhada que, depois, com as aquisições do subsequente Concílio de Constantinopla em 381, permaneceria até hoje como fundamento da fé professada pelos cristãos.

A recepção desse credo foi problemática?

A recepção não foi nada automática; foi objeto de discussão na Igreja durante mais de 50 anos, com sínodos e concílios locais que questionaram sua formulação, contestando seus termos mais identificativos – acima de tudo, como se diz no Credo dominical, “da mesma substância” (o homousios) introduzido para se contrapor a Ário –, mas, apesar disso, permaneceu sempre um documento ao qual é possível recorrer e com o qual é possível se identificar, a tal ponto que logo a referência à fé dos santos Padres de Niceia foi considerada imprescindível e autorizada. A necessidade de ser explicado e compreendido, mesmo em seus silêncios e em suas dificuldades, fez do Símbolo Niceno o objeto de uma imponente produção literária do século IV, de caráter catequético, teológico, homilético, polêmico, da qual permanecem muitos testemunhos.

Qual a atualidade desse aniversário, passados 1.700 anos?

O Concílio de Niceia continua sendo importante para a Igreja, sob vários aspectos: ecumênico, histórico, político, cultural, pastoral, teológico, territorial... Em seu valor ecumênico, ele afirma que os cristãos encontram a unidade em torno da fé professada e compartilhada, que busca palavras para se dizer. Do ponto de vista histórico, encontra-se no momento de passagem de uma fé perseguida para uma fé reconhecida e favorecida; marca, portanto, a passagem para o tempo posterior, do qual somos filhos.

Qual seu valor político?

Toda a história começa a partir de um concílio convocado por um imperador reconhecido como chefe da Igreja. Levanta, portanto, o tema sempre atual da relação entre o poder político e o poder religioso. Além disso, culturalmente, o Credo de Niceia nasceu de fórmulas anteriores baseadas nas Escrituras, mas contém termos filosóficos de difícil compreensão: o Credo cristão se formou no interior do mundo grego helenístico e traz seus traços em sua teologia e em seus dogmas.

O que ele significou para a transmissão da fé?

O Símbolo de Niceia tem um papel importante como ato de tradição, para a conservação e a transmissão da fé na Igreja. Cada geração precisa transmitir a fé à posterior e traduzi-la, embora essa operação necessária nunca seja óbvia nem fácil. Nesta fase crucial da história cristã, a formulação de um símbolo comum foi muito importante.

Qual o valor pastoral e teológico do Credo Niceno hoje?

O Credo tem uma forma estável por sua natureza, mas depois precisa ser “contado” e explicado dentro das diversificadas comunidades cristãs. Em todos os tempos, requer ser posto no centro da vida cristã, mas também entrar em relação com as categorias culturais que mudam histórica e geograficamente. Do ponto de vista teológico, o problema central é o trinitário: como pensar Deus e suas relações? Como pensar o Filho perante o Pai? Como pensar o envolvimento do ser humano na dinâmica trinitária e, portanto, na salvação?

O aspecto territorial também tem seu peso. Qual foi o papel da Igreja de Aquileia?

A Igreja de Aquileia, liderada pelos bispos Teodoro, Fortunaciano e Cromácio, não ficou à margem do debate levantado em Niceia. Atanásio, o patriarca de Alexandria, que participou como diácono no Concílio, celebrou a Páscoa em Aquileia em 345, acolhido por Fortunaciano, que, depois, segundo uma breve menção de Jerônimo, traiu sua confiança ao confirmar a decisão imperial de seu exílio.

Aquileia, pulmão entre Roma e o Oriente, desde os tempos de Niceia foi um território onde as visões de Igrejas diferentes, as do Oriente e as do Ocidente da época, encontraram tensões e confrontos. Na Igreja mãe do nordeste italiano, partimos sempre do zero para corresponder à vocação de sermos ponte de diálogo, ora com sucessos, dos quais Cromácio foi um estrategista exemplar, ora com pesados insucessos, como foi o resultado do Concílio dos Três Capítulos no século VI.

O que o Concílio de Niceia diz hoje aos cristãos? Como ele os interpela?

A formulação do Credo certamente foi a contribuição mais importante do Concílio de Niceia – embora não a única: havia também os cânones referentes à data da Páscoa, à estrutura da Igreja, à readmissão dos hereges, algumas normas litúrgicas. A Igreja precisa hoje voltar a essa centralidade da fé compartilhada como elemento de união e de comunhão, mas também como fonte e conteúdo de evangelização e de impulso missionário. Precisa verificar seu estilo sinodal e seu caminho ecumênico, consciente de que o que une é a mesma fé em Jesus Cristo, filho de Deus. Precisa redescobrir um anúncio que gere fiéis, discípulos de Cristo, e só pode fazer isso voltando ao frescor de uma fé professada e vivida, que vai ao essencial e ao necessário, para devolver alma e significado às suas variadas formas de expressão.

A comunicação, portanto, assume um papel fundamental.

Sim, e por isso o congresso se concentra nas temáticas relativas à comunicação e à recepção do Símbolo Niceno, com particular atenção à região de Aquileia, à qual o atual Trivêneto pertence territorialmente: a nossa fé é devedora de uma corrente de transmissão que remonta àqueles tempos. Refazer uma etapa fundamental poderá ser um estímulo para uma fé mais sólida e ainda generativa.

Como o congresso “Niceia, ida e volta. Trajetórias de um Concílio” abordará esses aspectos?

O congresso nasceu de um laboratório de pesquisa comum dos professores da área de Patrística da Faculdade Teológica do Trivêneto. A conferência principal da professora Emanuela Prinzivalli, que fornecerá o enquadramento histórico-teológico do Primeiro Concílio de Niceia, será seguida por comunicações mais curtas a cargo dos próprios professores, mais atentos à área territorial e a aspectos que condicionaram a comunicação e a recepção do Credo que surgiu daquele Concílio.

Daí também o título: “Nicéia, ida e volta. Trajetórias de um Concílio”. Toda comunicação precisa não só ser emitida, mas também ser recebida, acolhida, assumida. Por isso, desejamos investigar as “trajetórias” desse percurso, que envolvem também questões de linguagem, elementos de construção do discurso, exemplos de debate e de recepção, alguns pontos nodais subsequentes significativos e a mediação de importantes personalidades locais, como Rufino, Cromácio, Zenão, Fortunaciano.

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