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Capitalismo criminoso. Artigo de Raúl Zibechi

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11 Janeiro 2024

"O capitalismo mafioso causa enormes danos ambientais e sociais, como poluição e desflorestamento, homicídios e desaparecimentos, violações e feminicídios, perpetrados por máfias. Uma das suas consequências é o tráfico de pessoas para diversos fins: exploração sexual e laboral, venda de crianças e tráfico de órgãos. No capitalismo mafioso, as pessoas são apenas mais uma mercadoria, que pode ser destruída com total impunidade devido à cumplicidade do Estado", escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 30-12-2023.

Eis o artigo. 

Na América Latina, o capitalismo criminoso ou mafioso está se expandindo geometricamente, em cujas práticas se dissolvem as diferenças entre formalidade, informalidade e crime, como sustenta o pesquisador peruano Francisco Durand e como o argentino Marcelo Colussi já analisou anteriormente.

Temos cada vez mais dados e estudos que mostram as formas como opera esse capitalismo predatório e criminoso, que, evidentemente, é a forma que o sistema assume neste período. A revista Que Hace, número 10, do centro Desco de Lima, destaca em sua edição de julho que a mineração ilegal de ouro exportou nada menos que 3,9 bilhões de dólares em 2020, superando o tráfico de drogas.

Paralelamente, o senador boliviano Rodrigo Paz aponta que seu país está assediado por máfias de ouro, contrabando e tráfico de drogas, que somam uma cifra esmagadora de 7,5 bilhões de dólares. O tráfico de drogas contribui com 2,5 mil milhões de dólares por ano, o contrabando com 2 bilhões e o ouro com 3 bilhões. O governo, não tendo acesso a empréstimos externos, deixa fluir esses recursos porque movimentam a economia nacional, tuitou.

Para se ter uma ideia da importância destes números, os 7,5 bilhões de dólares das economias ilegais devem ser comparados com os 9 bilhões das exportações totais do país. Uma proporção incrível que revela a importância das economias mafiosas. O ouro ilegal substituiu o tráfico de drogas em ambos os países, embora o Peru seja o segundo maior produtor mundial de coca e cocaína.

O mais significativo, porém, é como funciona o circuito do ouro ilegal até se tornar ouro legal. Só no Peru existem 250 mil mineiros informais ou artesanais que vivem em péssimas condições, são extorquidos e violados por intermediários, até chegarem aos catadores. Os mineiros legais e ilegais participam no processo de extração e comercialização, existindo uma linha divisória tênue entre os dois, uma vez que muitas vezes o mesmo coletor compra em ambos os mercados.

As fábricas de processamento geralmente têm contabilidade dupla, para acessar minerais legais e ilegais. O ouro convertido em barras ou joias parte para os dois destinos finais mais importantes: Suíça e Estados Unidos. O primeiro importa 70% do ouro mundial. Bolívia e Peru produzem quase 30% do ouro ilegalmente, parcela que chega a 77% no Equador, 80% na Colômbia e 91% na Venezuela, segundo o livro Mineração não formal no Peru.

Este livro reproduz um fragmento da obra do criminologista suíço Mark Pieth, que destaca o contraste entre La Rinconada, em Puno, a mais de 5 mil metros de altura e com temperaturas de 22 graus negativos, onde 60 mil garimpeiros se espremem em uma cidade que há 25 anos abrigava apenas 25 famílias.

Naquela cidade há um cheiro insuportável de urina e fezes humanas e as condições de vida e de trabalho são horríveis. Esta realidade contrasta com o glamour do ouro na Suíça, onde a empresa relojoeira Swatch “gasta anualmente, só para apresentar os seus novos relógios de ouro, 50 milhões de francos suíços e belas modelos apresentam joias para o usufruto de quem pode comprá-las” (p. 73).

O capitalismo mafioso causa enormes danos ambientais e sociais, como poluição e desflorestamento, homicídios e desaparecimentos, violações e feminicídios, perpetrados por máfias. Uma das suas consequências é o tráfico de pessoas para diversos fins: exploração sexual e laboral, venda de crianças e tráfico de órgãos. No capitalismo mafioso, as pessoas são apenas mais uma mercadoria, que pode ser destruída com total impunidade devido à cumplicidade do Estado.

Para terminar, teríamos que responder a uma questão que nos permite completar o quadro, que os investigadores em geral não colocam: qual é o Estado que corresponde a este capitalismo mafioso, que destrói tudo para acumular cada vez mais capital?

É um Estado para a guerra, para a pilhagem contra os que estão abaixo. Mas tem uma particularidade que a diferencia das ditaduras que devastaram a nossa região: pinta-se com cores democráticas, convoca eleições embora haja cada vez menos liberdades, uma vez que os monopólios bloqueiam a liberdade de informação e de expressão. Em suma: um Estado criminoso-eleitoral.

Quem pretende ser governo deve saber que administrará um capitalismo criminoso e predatório, impossível de regular. É por isso que os governantes progressistas continuam com o extrativismo e as grandes obras de infraestruturas, e olham para o outro lado quando ocorrem os assassinatos de líderes sociais.

Olhar para os lados é uma forma de deixar as coisas acontecerem, como faz a Suíça quando importa ouro banhado em sangue e morte. Questionado sobre a razão pela qual a Suíça continua a importar este ouro, Mark Pieth conclui: eles querem fazer comércio, fazer uma ilha de piratas (p. 74).

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