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“O Ocidente perdeu credibilidade, não existem seres humanos de segunda classe”. Entrevista com Ece Temelkuran

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19 Dezembro 2023

A escritora turca exilada em Berlim: “Três quartos do mundo estão com os palestinos. Entre os árabes está se abrindo um abismo de desconfiança pior do que aquela que se seguiu ao Iraque. As comunidades muçulmanas na Europa, os refugiados em fuga de ditaduras e guerras devastadoras, os sobreviventes dos massacres na Síria e no Iraque, olham atônitos as imagens de Gaza e se perguntam se esta França, Alemanha, este país europeu que os acolheu ainda seja a sua nova pátria, não a reconhecem mais, não se reconhecem na narrativa primitiva das mídias ocidentais, nesse novo choque de civilizações onde os árabes, os muçulmanos em geral, são seres humanos de segunda classe".

É um grito de indignação, desencanto que vem da escritora Ece Temelkuran, também exilada, em Berlim, da sua Turquia “louca e melancólica”, do regime autoritário de Recep Tayyip Erdogan.

"É também um alarme, um aviso. O outro mundo, aquele não ocidental, não entende. Está se abrindo um abismo de desconfiança, pior do que daquele que se seguiu à guerra no Iraque, às mentiras sobre as armas de destruição em massa", que alimenta o extremismo e dá fôlego às ditaduras.

A entrevista com Ece Temelkuran é de Giordano Stabile, publicada por La Stampa, 16-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Será que o mundo ocidental não está fazendo o suficiente para parar a carnificina em Gaza?

As mídias ocidentais mal cobrem as consequências da guerra, as destruições, as mortes. Mas as mídias árabe e do Oriente Médio o fazem. Criaram-se duas narrativas paralelas, e isso tem um impacto enorme nos países muçulmanos, mas também aqui na Europa. O Ocidente abriu uma caixa de Pandora, a segunda na realidade, depois daquela que se seguiu à Segunda Guerra do Golfo, mas muito maior. Corre o risco de perder a pouca credibilidade que lhe restava no Sul Global.

Mas mesmo aqui no Ocidente não se entende, por exemplo, por que não há uma condenação explícita dos crimes cometidos pelo Hamas em 7 de outubro.

Parece-me uma abordagem primitiva, uma simplificação perigosa. Esses constantes pedidos de condenação do terrorismo, de tomada de distância, não visam parar ou isolar o Hamas. Servem para evitar suspeitas, para reiterar que os imigrantes de origem muçulmana, não, não apoiam o terrorismo. Mas o que se pede é também identificar Israel com o seu governo, com o crescente autoritarismo de Benjamin Netanyahu, que até mesmo grande parte dos próprios israelenses contestava até poucas semanas atrás. Netanyahu faz o que Erdogan vem fazendo há vinte anos, um processo que conheço bem: os líderes autoritários fortalecem-se num clima de violências e guerras infinitas.

Mas haverá um depois, mais cedo ou mais tarde. Ainda é possível acreditar na solução de dois povos e dois estados?

Não creio que Netanyahu alguma vez tenha acreditado nisso. E se o massacre de civis em Gaza não tiver qualquer consequência para ele, quem poderá convencê-lo do contrário? E, além disso, existe um problema de credibilidade, como eu dizia. Os povos do Oriente Médio estão perdendo a fé no Ocidente e nas instituições como a ONU. Tudo isso torna a paz impossível.

É o problema do duplo padrão?

Vejamos o que aconteceu com a Ucrânia, a rapidez com que o Ocidente reagiu à agressão russa, justamente. E então eu me pergunto, alguns massacres são aceitos e outros não, com base na cor da pele das vítimas ou da distância da própria fronteira em relação ao país martirizado?

Você mora na Alemanha, esses sentimentos estão se desenvolvendo na comunidade turca e muçulmano em geral?

Existem dois mundos que vivem em paralelo esta guerra. Aquele da narrativa oficial, governamental alemã, e aquele das comunidades. Entre os refugiados há raiva e medo. Eles não se reconhecem mais no país que os acolheu. Entendo o governo alemão, a pesada herança do Holocausto, a necessidade de truncar todo reaparecimento do antissemitismo. Mas estamos criando um mau precedente. Não se pode ligar ao antissemitismo a crítica ao governo israelense.

É possível defender os palestinos sem suspeitas de antissemitismo?

Sim. Existe uma maneira. É referir-se aos direitos humanos universais, aqueles que nasceram da tragédia da Segunda Guerra Mundial. É o princípio básico da convivência entre os povos nos últimos oitenta anos. Mas deve valer para todos.

Você lutou pelos direitos humanos no seu país, a Turquia, contra o seu governo. E agora Erdogan ergue-se a defensor dos direitos palestinos. Você acredita nele?

Todos os líderes autoritários jogam o mesmo jogo, que é não fazer nada em benefício dos seus próprios povos e tudo para si mesmos. Erdogan não fará nada do que promete aos palestinos, mas usará essa carta para obter alguma vantagem, concessão, em nível internacional. Certo, pela primeira vez, não consigo odiar o que ele diz, como costuma acontecer. Mas são truques sujos. Já testou a coerência da Europa em matéria de direitos humanos, no caso dos refugiados, e sabe o que é muito fraca.

Sabe que pode ganhar muito com essa fraqueza, como fez com os refugiados sírios. No fundo Erdogan foi criado pela Europa e pelos Estados Unidos em busca de um líder que unisse Islã e democracia. Quem melhor do que ele? Mas, em vez disso, provou ser o contrário. Eles o usaram nas primaveras árabes, um fracasso. E agora ele tenta se redimir daquele fracasso com a retórica a favor da Palestina.

Como escritora, nascida num país muçulmano, como foi a sua experiência com a censura da Feira de Frankfurt contra a autora palestina Adania Shibli?

Assinei uma petição em sua defesa. Também para a Alemanha, fomos além. E agora, até o mesmo tratamento do júri do prêmio Annah Arendt à escritora Masha Gessen, neta de uma vítima do Holocausto. Estamos no paradoxo. É desanimador, para todos os escritores, os artistas que vivem aqui. Você sabe, na Alemanha a cultura é financiada pelo Estado. Temos que encontrar outros caminhos para sobreviver.

Ainda há espaço para convivência entre culturas diferentes?

Eu escolho que sim. Minha própria vida é uma escolha nesse sentido. E há exemplos. Microcosmos, especialmente nas grandes cidades cosmopolitas, onde vivem e prosperam diferentes culturas. Eu não estarei mais aqui, mas daqui a cem anos julgaremos se foi a escolha vencedora.

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