• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Sem proibir novos poços de petróleo, as temperaturas subirão 2,7 graus

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

15 Dezembro 2023

"Deixamos viva a esperança da transição energética, mas esse termo está sendo tolerado apenas e somente porque a alternativa seria (é) a revolução energética, que teria assustado muitos. Mas aqui falta visão: nenhum dos poderosos do planeta Terra consegue sequer imaginar um mundo sem combustíveis fósseis e se você não imaginar tal mundo agora, nunca será possível, a menos que se autorrealize por trauma e/ou tomada de consciência". 

O artigo é de Mario Tozzi, geólogo italiano e divulgador científico, em artigo publicado por La Stampa, 14-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Dessa vez quase caímos na conversa, mas a culpa é do mecanismo de comunicação habilmente implementado por aquela boa gente dos Emirados Árabes Unidos: fazer com que o negacionista Sheikh Al Jaber saísse na frente para nos informar que ao abandonar os combustíveis fósseis se retorna às cavernas (não que ele perca dinheiros e privilégios de casta), jogar todos os homens de boa vontade na consternação de um próximo resultado negativo e depois realmente fracassar, nos fatos, mas enfeitados com informações condescendentes que fazem com que todos se sintam um pouco menos culpados. E, em seguida, com tons entusiasmados e “resultados históricos”:

1) não haverá uma phase-out progressiva dos combustíveis fósseis, mas sim uma transition-away (termo que não poderia ser mais ambíguo), mas sempre sem mencionar a palavra “oil”;

2) permaneceremos dentro do aumento de 1,5°C das temperaturas médias atmosféricas, desde que não se olhe para o que as grandes petrolíferas estão fazendo hoje;

3) reduziremos a zero as emissões que alteram o clima em 2050, mesmo sem saber quem irá reduzir quanto e como, nem quem irá controlar, antes dessa data.

E o melhor é que também dessa vez mordemos a isca: festeja-se o resultado positivo, porque pelo menos são citados alguns conceitos (que são os mesmos de sempre, aqueles que não atrapalham muito), como " combustíveis fósseis", por exemplo, esquecendo que a verdadeira obra-prima foi feita pela indústria de petróleo e gás, conseguindo ficar esquecida durante décadas em todas as conferências climáticas anteriores até à de Madrid de 2019 (!), na qual finalmente fez a sua estreia no banco dos réus. E acrescenta-se que um péssimo compromisso ainda assim é melhor do que zero acordos, o que poderia ter sido verdade no tempo da conferência de Quioto em 1997, mas não hoje, depois de anos de notícias e dados cada vez mais graves.

Esquecendo que essa lógica talvez se aplique aos negócios, enquanto aqui está em jogo o estado da saúde da humanidade. E, pensando bem, esse é justamente o principal resultado alcançado: todos nós entendemos que da saúde dos sapiens e do bem-estar dos ecossistemas indispensáveis a essa saúde nada importa aos poderosos do gás, petróleo e carvão do mundo; eles só estão interessados em fazer negócios até o último grama de carvão ou o último metro cúbico de gás. Um conceito que não foi questionado nem por um instante em Dubai.

É claro que conseguimos algo, por exemplo um começo, ainda que impalpável, sobre o "Fundo de Perdas e Danos": entende-se finalmente que se deve compensar aqueles que estão substancialmente perdendo todas as possibilidades de sobrevivência nos seus territórios. É claro, os negacionistas do clima foram silenciados: se todos os países reconhecem que devemos fazer alguma coisa, significa que a crise climática depende de nós e não do Sol (este é um bom resultado, mas indireto). Claro, alguma proposição de princípio foi feita, mas, justamente, sem muitos contornos concretos, aliás, propositalmente nebulosa como não poderia ser mais nebulosa. Mas diante do ano mais quente desde que se fazem medições, diante da avalanche de violentas perturbações meteorológicas, diante do avanço do deserto ou da submersão pela elevação do nível do mar, registramos um substancial “tô nem aí”: aqueles que puderem se adaptarão, enquanto os outros migrarão, possivelmente diminuindo de número ao longo da empreitada. Se eu fosse um ativista da Última Geração, me aparafusaria ao asfalto de uma rodovia, o mero bloqueio de trânsito é pouco.

Mas o golpe de cena mais extraordinário é aquele pelo qual nos regozijamos, satisfeitos pelo fato de a temperatura média atmosférica não aumentará mais de 1,5°C no futuro próximo (?), como já prometido por todos os líderes mundiais há alguns anos: 1,5°C é a fronteira além da qual os especialistas do clima argumentam que não se pode e não se deve ir, sob pena de consequências inimagináveis e imprevisível, mas de toda forma gravíssimas. Pena que esse cenário, duro, mas ainda suportável, já foi superado pelos fatos: comparando os dados relativos aos investimentos no setor de petróleo e gás (e carvão) com os cenários de aumento de temperatura, o que vemos é que já estamos muito além daquele cenário.

Atualmente o corpo dos investimentos em combustíveis fósseis levará, se for mantido constante, a um aumento de 2,7°C, trazendo um dos terríveis cenários temido pelos cientistas (production gap). Uma boa notícia teria sido uma diminuição dos investimentos na área, revertendo-os, sei lá, para as fontes renováveis, mas há algo disso na resolução de Dubai? Um sucesso teria sido o fim dos financiamentos públicos, sempre mascarados, no setor, enquanto só no ano passado esses subsídios chegaram a sete trilhões de dólares (FMI). Houve algum sinal disso? Não parece. Outro resultado teria sido o fim do novas pesquisas, explorações e perfurações de combustíveis fósseis, porque se você os extrai, depois os queima: temos alguma notícia? Não, obviamente. Sobre fatos concretos o vácuo absoluto.

Deixamos viva a esperança da transição energética, mas esse termo está sendo tolerado apenas e somente porque a alternativa seria (é) a revolução energética, que teria assustado muitos. Mas aqui falta visão: nenhum dos poderosos do planeta Terra consegue sequer imaginar um mundo sem combustíveis fósseis e se você não imaginar tal mundo agora, nunca será possível, a menos que se autorrealize por trauma e/ou tomada de consciência. Como se, no entanto, a transição dependesse de nós e se pudesse, talvez no último minuto, escapar do desastre graças a uma inexistente (por enquanto) engenhoca tecnológica.

Não é esse o caso, porque essa transição é como o destino do velho conto: para o senhor que o havia enviado ao mercado de Bagdá, o servo conta que fugiu e voltou mais cedo, porque havia encontrado a morte que o ameaçara. O senhor o tranquiliza e lhe dá o seu melhor cavalo para fazê-lo fugir, de forma que ele toma a estrada para Basra a galope. Intrigado o senhor vai procurar a morte no mercado e, ao encontrá-la, pergunta por que ameaçou o seu servo. Mas a morte lhe responde que não o ameaçou de jeito nenhum, apenas tinha ficado surpresa por tê-lo visto ali: estava esperando por ele em Basra, e é para lá que está indo. Pois bem, podemos fingir que nada acontece mesmo diante dos fatos, mas mais cedo ou mais tarde eles nos desencovam e nos colocam diante das nossas inadimplências.

Leia mais

  • COP28 não aborda as causas da crise. Artigo de Mario Tozzi
  • COP28 traz texto inédito contra combustíveis fósseis e inclui proposta do Brasil contra o desmatamento
  • Documento final da COP28 alivia termos, mas inclui substituição de combustíveis fósseis
  • COP28: não foi ruim, mas também não foi bom. Artigo de Kelly Lima
  • “Dormindo com o inimigo”: OPEP na COP28 faz ofensiva publicitária em prol de combustíveis fósseis
  • COP28 fecha um acordo histórico que abre caminho para deixar os combustíveis fósseis para trás
  • Quase 130 organizações lançam manifesto na COP28 contra o “Leilão do Fim do Mundo” no Brasil
  • COP28. O rascunho sem a “eliminação” dos combustíveis fósseis faz explodir de raiva a UE e os países pobres. Artigo de Lucia Capuzzi
  • COP28 chega ao fim da primeira semana como um “velho vagão sobre trilhos frágeis”
  • Reta final da COP28 vai da esperança sobre abandono de fósseis ao balde de água fria
  • “Fraca”, “frustrante”, “obscura”, “quebra as expectativas”: entidades reagem a novo rascunho de texto da COP28
  • Al-Jaber diz que reduzir o consumo combustíveis fósseis é inevitável, mas faz ressalvas
  • Na COP, Brasil defende “phase out” dos combustíveis fósseis; aqui, promove o Leilão do Fim do Mundo
  • Déjà vu? COP29 acontecerá no Azerbaijão, berço da indústria moderna dos combustíveis fósseis
  • Marina Silva: precisamos abandonar os combustíveis fósseis, mas países ricos devem liderar esforço
  • “A meta é um aumento de 1,5 graus, se cedermos, traímos o mundo”
  • Fóssil do Dia”. Opep+ e declarações de Silveira rendem antiprêmio ao Brasil na COP28
  • COP28. Aumento da produção de petróleo no Brasil pode anular ganhos com desmatamento zero
  • “Petrobras não vai parar de prospectar petróleo”, diz Lula na Cúpula do Clima
  • Movimentos entregam carta a Lula com proposta de Cúpula dos Povos na COP30
  • Ações atuais não são suficientes para manter o aquecimento sob 1,5°C
  • Compromissos atuais do Acordo de Paris levam a aquecimento até 2,9°C
  • Emergência climática: “Os povos indígenas são ponto central nas discussões sobre as mudanças”

Notícias relacionadas

  • No sólo extraen commodities

    LER MAIS
  • O poder das finanças, a transição energética, a luta contra a poluição química de terras aráveis e uma renda decente para todos. Entrevista especial com Yann Moulier Boutang

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • A indústria petrolífera e a morte dos recifes de corais em todo o mundo

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados