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A cláusula de vínculo Deus-Israel. Artigo de Gianfranco Ravasi

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27 Setembro 2023

"Quem segue a história e o significado dessa operação realizada na fase neonatal, puberal ou posterior, é Roland Tomb, franco-libanês, decano de medicina da Universidade Saint-Joseph de Beirute e membro do Comitê de Bioética da UNESCO. O seu texto é quase narrativo, capaz de conquistar o leitor pelo verdadeiro arco-íris de dados, símbolos, acontecimentos que enriquecem a diacronia histórica e o mapa geográfico descrito, a partir justamente daquele túmulo de Saqqara. Assim, acumulam-se enigmas e decifrações, controvérsias e celebrações, críticas e justificativas dessa prática", escreve Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 10-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Circuncisão: os inícios, as práticas, as justificações, a atualidade. O livro de Roland Tomb sobre esse procedimento cirúrgico arcaico é um arco-íris de dados, símbolos, eventos que enriquecem a história e a geografia.

Com um grupo de cultores de arqueologia, muitos anos atrás cheguei a cerca de trinta quilômetros do Cairo em Memphis, capital do Antigo Reino Faraônico (2650-2200 a.C.). O destino era a imponente necrópole, que foi alcançada depois de deixar para trás a colossal estátua de Ramsés II, uma Esfinge de Alabastro e as ruínas do Templo de Ptah. À nossa frente erguia-se a famosa pirâmide em degraus de Saqqara, localidade pertencente à grande necrópole menfita. Durante aquela visita, o arqueólogo-guia decidiu mostrar uma curiosidade ao grupo. Cruzamos a soleira da tumba do vizir e arquiteto do faraó Teti, 6ª dinastia, 2345 a.C. aproximadamente, cujo nome era Ankhmahor.

La circoncisione: gli inizi, le pratiche, le giustificazioni, l'attualità, livro de Roland Tomb, Editora Queriniana, 164 páginas. (Foto: Divulgação)

A lanterna iluminou uma cena nada fácil de decifrar que incluía uma operação no pênis de um garoto, uma provável circuncisão realizada por um sacerdote, enquanto uma faixa hieroglífica continha indicações cirúrgico-sacras para a operação denominada seb. Anos mais tarde eu encontraria novamente aquela representação prototípica num texto dedicado precisamente à circuncisão, que ainda hoje é praticada em nosso planeta em pelo menos um homem em cada quatro. Aquela de Saqqara é a mais antiga atestação, mas a história da humanidade tem praticado incessantemente essa surpreendente "correção" anatômica que inclui - pelo menos na tipologia mais comum – a ablação total ou parcial do prepúcio deixando a glande exposta.

Quem segue a história e o significado dessa operação realizada na fase neonatal, puberal ou posterior, é Roland Tomb, franco-libanês, decano de medicina da Universidade Saint-Joseph de Beirute e membro do Comitê de Bioética da UNESCO. O seu texto é quase narrativo, capaz de conquistar o leitor pelo verdadeiro arco-íris de dados, símbolos, acontecimentos que enriquecem a diacronia histórica e o mapa geográfico descrito, a partir justamente daquele túmulo de Saqqara. Assim, acumulam-se enigmas e decifrações, controvérsias e celebrações, críticas e justificativas dessa prática.

O procedimento cirúrgico arcaico – que chegou também ao atual mundo anglo-saxão secularizado como intervenção medicalizada com finalidades higiênicas e profiláticas - por quais motivações é sustentada? O leque de respostas alarga-se com as mais diversas interpretações: rito de passagem, castração simbólica, ato pré-nupcial, substituto de um sacrifício humano, brasão ideal de pertença étnico-tribal, ritual de fertilidade ou de iniciação e até de comunhão (leia-se a impressionante práxis "gastronômica" em uso entre os Poro da Libéria que Tomb descreve no capítulo dedicado às interpretações).

Nós, no entanto, dada a perspectiva específica da nossa abordagem, centramo-nos apenas na concepção bíblica que, aliás, é a mais conhecida também pelos nossos leitores. A cláusula do vínculo entre Deus e Israel é clara e reiterada no imperativo divino dirigido ao patriarca Abraão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será sinal da aliança entre mim e vós. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações” (Gênesis 17,10-12). Até mesmo Jesus, filho de Israel, “E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus” (Lucas 2,21).

Na realidade, este ato tornou-se objeto de controvérsia teológico-pastoral quando a primeira comunidade judaico-cristã (que mais tarde foi chamada também de "Igreja da circuncisão") quis que fosse praticado também por pagãos convertidos, chocando-se com a firme oposição do apóstolo Paulo.

Ele, sem hesitação, afirmava que “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus" (1 Coríntios 7,19). Nisso alinhava-se com a própria tradição bíblica que estigmatizava o mero rito sacro, desprovido do consequente compromisso ético e existencial, introduzindo uma “circuncisão do coração”, alma autêntica daquela do prepúcio.

Aqui estão dois testemunhos "paralelos" explícitos: "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz.... Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração" (Deuteronômio 10,16; Jeremias 4,4). Além disso, é curioso notar que a própria Bíblia evocava a prática árabe que então exigia a puberdade masculina, ou seja, os 13 anos (como para o seu antepassado Ismael em Gênesis 17,25).

E introduzia numa passagem obscura do livro do Êxodo (4,24-26) uma circuncisão do filho de Moisés em que é a mãe Zípora que realiza o rito, mas com uma referência surpreendente ao marido sobre cujos genitais (literalmente “pés ") coloca o prepúcio decepado recitando a fórmula: "Você é para mim um marido de sangue". Não é à toa que em árabe permanece um nexo etimológico entre hatan, “marido”, e hatanâ, “circuncisão”.

Pode ser surpreendente, mas não tanto, que, em época helenística, os judeus "secularizados", que frequentavam os "ginásios" gregos, onde as pessoas ficavam nuas para as atividades desportivas, se submetessem a uma cirurgia plástica (epispasmós) para recompor o prepúcio e assim esconder sua identidade judaica.

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