Papa aos confessores: perdoai sempre, como Deus

Foto: Reprodução | Vatican Media

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

19 Setembro 2023

O perdão, recebido livre e constantemente de Deus, é um “valor fundamental” para os cristãos que deve ser praticado e transmitido aos outros, disse o Papa Francisco.

A reportagem é de Justin McLellan, publicada por National Catholic Reporter, 18-09-2023.

“O perdão é o oxigênio que purifica o ar do ódio; o perdão é o antídoto para os venenos do ressentimento; é o caminho para desarmar a raiva e curar tantas doenças do coração que contaminam a sociedade”, disse o papa antes de rezar o Angelus com cerca de 20 mil pessoas se reuniram na Praça São Pedro em 17 de setembro.

Refletindo sobre a leitura do Evangelho do dia em São Mateus, na qual Jesus diz a São Pedro para perdoar seu irmão não sete vezes, mas 70 vezes 7, Francisco disse que a resposta de Jesus mostra que "quando alguém perdoa, não calcula; perdoar tudo, e sempre".

As pessoas são chamadas a agir “exatamente como Deus faz conosco, e como aqueles que administram a justiça de Deus são obrigados a fazer: perdoar sempre”, disse ele. “Digo muito isso aos padres, aos confessores: perdoem sempre, como Deus perdoa”.

O Papa continuou a sua reflexão olhando para a parábola evangélica em que um servo, isento de dívidas pelo seu senhor, manda um companheiro para a prisão por não lhe pagar uma quantia menor. O servo é posteriormente punido pelo senhor por sua falta de piedade.

Tal como o senhor que cancelou a dívida do seu servo por compaixão, o papa disse: Deus “age por amor e gratuitamente”.

“Deus não é comprado, Deus é livre, ele é todo gratuidade”, disse o papa. “Não podemos retribuir-lhe, mas, quando perdoamos um irmão ou uma irmã, nós o imitamos”.

“Perdoar não é, portanto, uma boa ação que possamos escolher fazer ou não fazer: perdoar é uma condição fundamental para quem é cristão”, disse ele. “Perdoando uns aos outros, podemos dar testemunho (de Deus), semeando uma nova vida ao nosso redor”.

Francisco então convidou a multidão na Praça São Pedro a pensar em alguém que os magoou e a pedir a Deus força para perdoar essa pessoa. “Perdoemos-lhes por amor ao Senhor. Irmãos e irmãs, isto nos fará bem; restaurará a paz aos nossos corações”, disse ele.

Depois de rezar o Angelus, o papa mencionou a sua viagem a Marselha, França, de 22 a 24 de setembro, para um encontro de bispos e líderes governamentais da região do Mediterrâneo, um encontro que, segundo ele, dará “atenção especial ao fenômeno da migração”.

No fim de uma semana em que cerca de 7.000 migrantes chegaram à pequena ilha italiana de Lampedusa, sobrecarregando os centros de acolhimento e os recursos humanitários disponíveis, Francisco disse que a migração “representa um desafio que não é fácil, como também vemos nas notícias dos últimos dias, mas que deve ser enfrentado em conjunto, pois é essencial para o futuro de todos, que só será próspero se for construído sobre a fraternidade, colocando em primeiro lugar a dignidade humana e as pessoas reais, especialmente os mais necessitados”.

Leia mais