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“O tema da segurança alimentar veio para ficar, como aconteceu com a crise climática”. Entrevista com Mario Lubetkin

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20 Junho 2023

Mario Lubetkin (Montevidéu, 63 anos) tem bem poucas razões para se mostrar otimista, mas após um bom tempo lidando com números pavorosos, que indicam que apesar dos avanços tecnológicos, a fome no mundo só piora, deixa escapar um fio de otimismo. Em suas idas e vindas pelo globo, o subdiretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) detectou que talvez alguma coisa esteja mudando. Se antes era enviado para tratar com o ministro da Agricultura da vez, agora, são os chefes de Estado que recorrem a organizações como a sua.

Lubetkin considera que estão cada vez mais conscientes de que a fome e o seu reverso, a obesidade, são uma fábrica de insatisfação e instabilidade política e de que a solução é transversal e passa irremediavelmente pelos Estados. A tempestade perfeita de desigualdade, crise climática, guerra e inflação requer soluções que transcendam os vaivéns políticos.

A entrevista é de Ana Carbajosa, publicada por El País, 15-06-2023. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Aumenta o número de pessoas que passam fome no mundo, apesar de sermos capazes de produzir mais e melhores alimentos. O que está acontecendo?

Os dados são negativos. Falam de 828 milhões de pessoas que passam fome e cerca de 700 milhões que sofrem obesidade ou sobrepeso. Não é possível pensar em segurança alimentar sem pensar em todo o circuito, que vai do manejo da terra à qualidade das sementes, o uso da água e o apoio aos agricultores familiares que representam mais de 80% dos produtores.

Sabemos o que é necessário fazer, mas não agimos. A política está falhando?

Nos anos 1990, 1 bilhão de pessoas passavam fome. Isso diminuiu para 600 e, agora, voltou a aumentar. Há uma causa clara que são os conflitos militares. No Sudão, na Somália... desde 2004, os conflitos militares aumentaram dramaticamente, mas há mais fatores, como o desperdício de alimentos. Temos capacidade de produzir para 8 bilhões de pessoas do planeta, mas um terço da produção se perde ou não chega ao consumidor.

Não mencionou a guerra na Ucrânia, o bloqueio à exportação de grãos e o alto custo dos fertilizantes russos.

Não se pode analisar como um fato isolado. É uma situação que arrastamos há muitos anos. É preciso levar em conta o cenário anterior à guerra, porque é uma combinação explosiva. Junto às desigualdades, somaram-se a covid e à crise climática, que é a primeira causa. A Ucrânia é só um pedaço dessa história. Os fertilizantes russos continuarão chegando, só que mais caros. Ainda não sabemos quantas terras na Ucrânia continuam férteis, nem quantas estão minadas.

Na América Latina e no Caribe, o aumento da fome é especialmente alto.

Nessa região, existem 26 países que dependem de grãos importados e 85% dos fertilizantes vêm de fora. Os alimentos, aqui, têm uma incidência maior na inflação do que em outros lugares. É inadmissível. Temos capacidade de produzir alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e uma população que não passa de 700 milhões e, no entanto, 7,5% das crianças menores de cinco anos passam fome.

Quais são as consequências políticas da fome? Crescem a insatisfação e a polarização, bem como a possibilidade de explosões sociais.

Existe algo que é novo. Nunca antes vi tantos presidentes preocupados com a alimentação. Antes, o diretor regional da FAO se reunia apenas com os ministros da Agricultura, com institutos especializados, mas, agora, sabem que existe uma relação cada vez maior entre a segurança alimentar e a estabilidade socioeconômica e política. Não é uma questão de partidos políticos. É um tema transversal. O tema da segurança alimentar veio para ficar, como aconteceu com a crise climática. Qualquer Governo que surja terá que lidar com isso. É uma mudança profunda.

Os governantes estão mais conscientes?

A covid ajudou a aumentar a consciência, a grande questão é se os números no futuro refletirão esta nova tomada de consciência. Se não se restringirá apenas a declarações. Nessa região, com a covid, passou-se de 43 milhões para 56 milhões de pessoas que passam fome, ou seja, um aumento de 30%. Mas, há lições aprendidas. O Caribe, por exemplo, vivia do turismo e com as receitas importava alimentos. Com a pandemia, o turismo despencou e agora cogitam produzir um mínimo de 25% dos alimentos, dentro dos países, porque possuem condições perfeitas de terra, de água.

Mais produção interna, menos globalização.

Eu não usaria o termo “menos globalização”. Seria uma globalização diferente.

Nesse novo cenário, qual seria o papel da cooperação internacional?

Acabar com a fome não passa apenas pela ajuda da cooperação internacional de países sensíveis que sempre ajudaram, passa pelos orçamentos dos Estados.

Aí, entram em jogo as leis e os parlamentos nacionais.

Os governos são os principais responsáveis, mas os parlamentos devem legislar e facilitar e o setor privado tem que assumir sua responsabilidade.

As leis tornam mais difícil a reversão das conquistas, quando ocorre uma mudança política.

Os processos não são estáticos. Olhe para o Brasil. Em 2014, tiramos o país do mapa da fome, mas, em 2022, voltou aos números de 2002. São processos dinâmicos e podem retroceder. As leis ajudam a dar maior continuidade. Na América Latina, os parlamentos votaram pelo menos 80 leis que têm a ver com elementos de segurança alimentar e que, sem dúvida, ajudaram milhões e milhões de pessoas.

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