Governo da Ucrânia dá prazo para despejo de ortodoxos do mosteiro de Kiev

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20 Março 2023

O ministro da Cultura da Ucrânia, Oleksandr Tkachenko, deu prazo até o dia 29 de março para os monges da Igreja Ortodoxa do país deixarem o mosteiro de Pechersk Lavra, em Kiev. Autoridades ucranianas não acreditam que os monges romperam as relações, como anunciaram, com a Igreja Ortodoxa Russa depois que o Patriarca Kirill de Moscou apoiou a invasão russa ao país, em 2022. Daí a retaliação.

A informação é de Edelberto Behs, jornalista.

O secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Dr. Jerry Pillay, questionou a decisão ucraniana. Embora o organismo ecumênico internacional tenha condenado a invasão russa na nação soberana da Ucrânia, o CMI também enfatiza a importância de proteger a importância e o testemunho da Igreja onde quer que ela se encontre. “É lamentável que tais ações pareçam ter como alvo a própria Igreja”, disse.

Também o Papa Francisco se reportou ao impasse no mosteiro de Kiev e exortou as partes em conflito na Ucrânia “a respeitarem os locais religiosos”. Ele elogiou as pessoas que se dedicam à oração pela paz “seja qual for a denominação”.

O responsável pelo mosteiro, Pavlo Lebid, assegurou à AFP que os monges não têm a intenção de se mudar. O monge Avel disse que eles não têm para onde ir, “simplesmente não têm outro lugar exceto o Lavra, é a nossa casa”. Mesmo assim, caminhões estão retirando o material mais pesado, mas a maior parte das coisas ficarão no mosteiro, afirmou.

Pechersk, de cúpula dourada com vista para o rio Dnipro, fundado em 1051, é o mosteiro ortodoxo mais importante do país. Ele foi invadido, no ano passado, por guardas do serviço de segurança da Ucrânia depois da divulgação de vídeo mostrando fiéis dentro da igreja, em cerimônia no dia 22 de novembro, entoando uma canção patriótica russa.

O Patriarcado de Moscou não reconhece a Igreja Ortodoxa da Ucrânia. Pillay afiançou que o CMI monitorará essa situação de perto “e responderá de forma apropriada de acordo com os princípios da lei internacional de direitos humanos e proteção da liberdade religiosa”, ao mesmo tempo em que continuará encorajando o diálogo pela paz, inclusive entre suas igrejas membros e parceiros ecumênicos na Rússia, na Ucrânia e ao redor do mundo.

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