Papa Francisco enfaticamente afirma: “Diante dos abusos cometidos por membros da Igreja, não basta pedir perdão”

Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

03 Março 2023

  • "Rezemos por aqueles que sofrem por causa do mal recebido pelos membros da comunidade eclesial: para que encontrem na própria Igreja uma resposta concreta à sua dor e ao seu sofrimento".

  • "Pedir perdão é necessário, mas não basta. Pedir perdão é bom para as vítimas, mas são elas que devem estar no centro de tudo".

  • O que fazer para colocar as vítimas no centro? "Suas dores, seus danos psicológicos podem começar a cicatrizar se encontrarem respostas; ações concretas para reparar os horrores que sofreram e evitar que se repitam".

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 03-02-2023.

Redondo, direto. Colocar as vítimas "no centro de tudo". O Papa Francisco enviou uma mensagem clara às vítimas da pedofilia eclesiástica, para quem quiser (e deve) ouvir: “Diante dos abusos, especialmente os cometidos por membros da Igreja, não basta pedir perdão”.

"Pedir perdão é necessário, mas não é suficiente. Pedir perdão é bom para as vítimas, mas são elas que devem estar no centro de tudo" , aponta Francisco no 'Vídeo do Papa' para neste mês de março.

Ações concretas para reparar os horrores sofridos

O que fazer para colocar as vítimas no centro? “Suas dores, seus danos psicológicos podem começar a cicatrizar se encontrarem respostas; ações concretas para reparar os horrores que sofreram e evitar que se repitam”, observa Francisco.

“A Igreja não pode tentar esconder a tragédia do abuso, seja qual for o tipo”, afirma enfaticamente, apontando que “nem quando o abuso ocorre em famílias, em clubes, em outros tipos de instituições”. Mas com uma ressalva: “A Igreja tem que ser um exemplo para ajudar a resolvê-los, trazê-los à tona na sociedade e nas famílias”.

“É a Igreja que deve oferecer espaços seguros para ouvir as vítimas, acompanhá-las psicologicamente e protegê-las”, conclui Bergoglio, que pede orações “por aqueles que sofrem por causa do mal recebido pelos membros da comunidade eclesial: Que eles encontrem na própria Igreja uma resposta concreta à sua dor e ao seu sofrimento”.

O vídeo que acompanha suas palavras, feito pela Rede Mundial de Oração do Papa, é uma história de forte conteúdo simbólico, que brinca com a comparação entre a luz e as trevas, que narra a singularidade de cada vida e o profundo sofrimento causado pela violência sofrida.

Leia mais