A Igreja Ortodoxa Russa reagiu às palavras de Macron sobre a “manipulação da elite ortodoxa”

Macron (Foto: Pablo Tupin-Noriega | Wikimedia Commons)

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

28 Outubro 2022

O presidente Macron afirmou que a Igreja Ortodoxa Russa se deixou manipular pelas autoridades de seu país. A dura resposta do Metropolita Antonij de Volokolamsk.

A reportagem é publicada por Il Sismógrafo, 27-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

O presidente do Departamento de Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou (DREE), Metropolita Antonij de Volokolamsk, em entrevista à agência RIA Novosti, desmentiu as palavras do presidente francês Emmanuel Macron segundo o qual "a elite ortodoxa é manipulada pelas autoridades russas". O metropolita Antonij ressaltou que essa afirmação “causou perplexidade” e obviamente “deriva da ignorância sobre o assunto”.

Falando no Fórum organizado pela Comunidade de Santo Egídio "Um grito pela paz. Diálogo entre religiões e culturas", realizado em Roma de 23 a 25 de outubro, o presidente Macron afirmou que "a elite ortodoxa é manipulada pelas autoridades russas para justificar sua política de domínio". Antonij esteve presente no fórum em Roma e liderava a delegação da Igreja Ortodoxa Russa.

"O Sr. Macron proferiu seu discurso na presença de líderes religiosos de todo o mundo, muitos dos quais conhecem bem a Igreja Ortodoxa Russa. Alguns deles estiveram em nosso país. Não apenas eu, mas muitos outros ouvintes também ouviram a sua afirmação que causou perplexidade. Obviamente, suas palavras se explicam por sua ignorância sobre o argumento que tratou", acrescentou o Metropolita Antonij à RIA Novosti.

O presidente do DREE, que prestou serviço em Paris nos últimos anos como Exarca Patriarcal da Europa Ocidental, disse em entrevista à agência russa que tem "uma lembrança viva da minha estada nesse país maravilhoso. Em todos esses três anos, fiz um esforço para conhecer mais a França, sua cultura, a história das relações entre a Igreja e o Estado na França, o papel moderno do fator religioso na vida da sociedade francesa”.

O metropolita expressou o ensejo de que o presidente Macron "com o tempo possa conhecer mais sobre a história da Ortodoxia, em particular a Igreja Ortodoxa Russa, que é a maior Igreja Ortodoxa local do mundo, e também conhecer sua situação atual na Federação Russa". Neste caso, concluiu Antonij de Volokolamsk, "o presidente Macron poderá comentar com mais competência sobre questões que dizem respeito ao papel e lugar da Ortodoxia na vida da sociedade russa".

Leia mais