20 Junho 2022
O bispo de Münster, D. Felix Genn, admitiu erros pessoais ao lidar com casos de abusos sexuais.
Durante a conferência de imprensa de hoje, o prelado admitiu, à luz da apresentação, na passada segunda-feira 13, do estudo sobre os abusos na diocese de Münster, que já nos tempos do seu episcopado em Essen não examinou os casos de forma suficientemente crítica e repressiva.
A informação é publicada por SIR, 17-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Genn não vai renunciar, mas disse que deveria ter agido de forma diferente em algumas situações: “Pelo que posso julgar sozinho, não acredito ter encoberto os abusos sexuais e ter colocado os interesses da instituição acima da preocupação pelas pessoas atingidas", afirmou, especificando que deseja usar o restante mandato episcopal "com o máximo empenho, para continuar a escutar mais atentamente os atingidos, para tentar implementar o que os órgãos independentes me recomendam para enfrentar os abusos sexuais na diocese de Münster".
O bispo expressou sua gratidão aos pesquisadores da Universidade de Münster, que conduziram o estudo independente que lança "uma luz assustadora sobre os fatores institucionais e sistêmicos do abuso sexual, sobre os efeitos devastadores de uma moral sexual rígida, uma imagem do padre completamente inflada, um sistema fechado que foi essencialmente moldado e determinado pelos homens, uma irmandade completamente incompreendida e uma consciente falta de transparência que se cria quando se trata de casos de abusos sexuais”.
Para Genn, abuso é sempre abuso de poder. Portanto, porá em vigor uma jurisdição administrativa eclesiástica temporária, com a qual verificar os atos administrativos da Igreja.
Genn se manifestou a favor de um maior envolvimento do Estado no tratamento dos abusos sexuais no futuro. Apoiá-lo-á no projeto do trabalho de elaboração em nível da Conferência Episcopal Alemã.
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Alemanha: Münster - “Estudo sobre os abusos na diocese lança uma luz assustadora sobre os fatores institucionais e sistêmicos do abuso sexual” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU