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O peso da palavra. Artigo de Massimo Recalcati

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04 Fevereiro 2022

 

“Mattarella é um símbolo cultural e civil a serviço do país e em particular das novas gerações que são órfãs do valor da palavra. Esta é a versão simbólica do pai de que nossos filhos precisam: testemunhar que a palavra tem um peso, ou seja, tem consequências, que não pode ser desossada pela tagarelice irresponsável”, escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pavia e de Verona, analisando a política italiana, em artigo publicado por “La Repubblica”, 31-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Quanto podemos aprender com a conturbada eleição a Presidente da República de Mattarella?

Em primeiro lugar, distinguir o status da palavra daquele da tagarelice que nosso tempo, ao contrário, confunde culposamente. Nessa confusão, é claro que também a política tem suas profundas responsabilidades. Não se trata de uma distinção banal. A filosofia e a psicanálise também a reafirmaram no plano categorial.

A tagarelice não tem peso, é vazia, irresponsável. Pode mudar rapidamente de direção e conteúdo sem que isso cause problemas. Sua roupagem é aleatória, sua disposição camaleônica, sua volubilidade sem consistência a oferece para se tornar instrumento de engano. Por esta razão, a tagarelice pode facilmente ser desprovida de coerência ética e lógica.

A palavra, por outro lado, implica a existência de um peso. Não se assemelha a um vento que segue uma direção incerta, mas a uma lâmina que corta e deixa sua marca. É por isso que "dar a própria palavra" implica a existência de um pacto que não pode ser ignorado mesmo que não tenha sido escrito, que não está enquadrado em um contrato. Dar a própria palavra significa sentir-se empenhados com o próprio ser a seu respeito.

A palavra, nesse sentido, nunca está separada de suas consequências, pois, ao contrário da tagarelice, carrega consigo a responsabilidade da resposta. Não foi isso que nos ensinou o “Sim!” de Mattarella em primeiro lugar? A palavra ainda pode ter um peso, ainda pode se distinguir da tagarelice, pode responder com responsabilidade a um chamado.

Quando justamente se descreve esta última página embaraçosa de história republicana italiana como um manifesto da crise da política, devemos primeiro reconduzir essa crise até a mais profunda crise da palavra. Mas a tática política justamente não exclui a priori o exercício ético da palavra? A concretização dos próprios fins não dobra a palavra ao seu uso mais instrumental?

A figura de Mattarella tornou-se tão popular no país porque encarna o rigor ético da palavra contra os rodeios da tagarelice a que a vida política muitas vezes se degradou. Basta observar as manobras, desprovidos de qualquer escrúpulo institucional, que antecederam a renovação do mandato do presidente italiano. O problema não é apenas o desmantelamento da centro-direita, que sai decididamente derrotada dessas eleições, mas da política como tal. Nesta última legislatura, antes de ser inaugurado o atual governo de unidade nacional tornado necessário pela violência da pandemia, houve dois governos marcados por um sistemático desrespeito da própria palavra pelos partidos que os tornaram possíveis.

Neste contexto, Mattarella é um símbolo cultural e civil a serviço do país e em particular das novas gerações que são órfãs do valor da palavra. Esta é a versão simbólica do pai de que nossos filhos precisam: testemunhar que a palavra tem um peso, ou seja, tem consequências, que não pode ser desossada pela tagarelice irresponsável. Não é por acaso que o mandamento bíblico que afirma honrar o pai traz consigo uma referência explícita ao peso.

A palavra hebraica kavòd que é traduzida por “honra” tem como seu significado original justamente a palavra "peso". É o que dizemos quando reconhecemos que uma pessoa tem um "peso". Esta é a posição que Mattarella encarna atualmente. Ele teve que contradizer sua intenção de não renovar seu mandato não em nome da vaidade pessoal, mas para honrar plenamente sua palavra de servidor do Estado.

Em um tempo em que as instituições foram denunciadas como irreversivelmente corrompidas pela retórica populista, onde os intelectuais assumiram posições de adolescentes irresponsáveis sobre o tema da pandemia e a política se revelou não apenas incapaz de governar o país, mas também de cumprir a tarefa de indicar um sucessor compartilhado à sua presidência, descobrimos que "pelo menos um" provou ser capaz de parar a torrente irresponsável da tagarelice, devolvendo o peso certo à palavra. Chama-se testemunho: encarnar a própria palavra nos próprios atos. Nosso tempo precisa tanto disso, quanto um doente de Covid precisa de oxigênio.

 

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