Nova Zelândia declara “emergência climática”

Jacinda Ardern (Foto: NATO - North Atlantic Treaty Organization | Flickr CC)

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03 Dezembro 2020

Premiê Jacinda Ardern saúda aprovação no Parlamento de moção, que é simbólica. Oposição vê muito slogan e pouco conteúdo, e ambientalistas dizem que ações do governo são insuficientes.

A reportagem é publicada por Deutsche Welle, 02-12-2020.

Mapa da Nova Zelândia (Foto: InfoEscola)

A Nova Zelândia declarou nesta quarta-feira (02/11) "situação de emergência climática", um passo sobretudo simbólico já dado por mais de 30 países.

"Estamos no meio de uma crise climática que vai ter impacto em todos os aspectos das nossas vidas e no tipo de planeta que os nossos filhos vão herdar", disse o ministro das Mudanças Climáticas, James Shaw.

A moção aprovada pelo Parlamento, por 76 votos a favor e 43 contra, é simbólica, mas vem acompanhada de medidas para tornar os órgãos públicos neutros em emissões de carbono até 2025.

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que se trata de um importante passo para alcançar a meta de neutralidade de carbono no país até 2050. Segundo ela, a declaração é um reconhecimento do ônus que as próximas gerações enfrentam. "É sobre qual país elas vão herdar", afirmou.

Com a declaração, a Nova Zelândia se une a um grupo de outros 32 países que declararam "emergência climática", entre eles a França, o Canadá e o Reino Unido, que, em maio de 2019, foi o primeiro, logo seguido pela Irlanda.

Críticas ao governo

A oposição, que votou contra, disse que a moção carece de conteúdo. "A ação do governo foi um triunfo da política sobre as soluções práticas, e dos slogans sobre o conteúdo", disse o parlamentar oposicionista David Seymour.

No ano passado, o governo conseguiu aprovar uma legislação para tornar o país neutro em emissões de carbono até 2050, apesar de excluir as emissões de gás metano dos planos, para proteger o lucrativo setor agrícola.

O metano, produzido sobretudo na pecuária, por ovelhas e bovinos, responde por quase metade das emissões de gases do efeito estufa da Nova Zelândia. Por isso, organizações ambientalistas, como o Greenpeace, dizem que Ardern fez muito pouco pelo meio ambiente desde que chegou ao poder, em 2017, apesar de a campanha dela ter focado em questões ambientais.

"Quando a casa está em chamas, não adianta acionar o alarme sem também combater o fogo", afirmou a ativista Kate Simcock sobre a declaração de emergência climática. "E, na Nova Zelândia, combater o fogo significa abordar as emissões da agricultura", disse.

O Climate Action Tracker, um grupo científico que mede os esforços contra o aquecimento global de governos de todo o mundo, afirma que as ações da Nova Zelândia são insuficientes para alcançar as metas do país no Acordo de Paris.

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